quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A obediência garante os resultados divinos

Por Carlos Carvalho

Deuteronômio 8.20
“Como as nações que o SENHOR destruiu diante de vós, assim vós perecereis, porquanto não queríeis obedecer à voz do SENHOR vosso Deus.”
            Assim iniciamos nossa web desta semana. Com um chamado à obediência ao Senhor Deus e aos seus mandamento e estatutos. Veremos abaixo alguns textos que nos reportam a essa exigência de Deus para seu povo e seus filhos nas Escrituras e a sua atual importância para os nossos dias.


Esse foi o tema da nossa mensagem de domingo(07/08/2011). Obedecer a Deus é a garantia de que os resultados que Deus promete em sua Palavra torna-se-ão reais e se cumprirão cabalmente neste plano de existência no qual estamos. Obedecer dá-nos a chance que estar alinhados com a vontade de Deus e de maneira inexplicável, atrair suas bênçãos espirituais a nós.
            Quando dizemos: “garantir os resultados divinos”, não estamos garantindo todos os resultados humanos, de acordo com todas as vontades humanas ou caprichos pessoais de alguns. Se assim fosse, Deus não passaria de um empregado de alto nível (por sua condição superior) dos desejos dos humanos. Também, esse “Deus”, não deixaria de ser apenas um produto de nossa vontade ou pensamento, criado à nossa imagem e semelhança, dotado de poderes extraordinários, como o gênio da lâmpada de Aladim, pronto a cumprir os nossos pedidos.
            Os resultados esperados não são aqueles aos quais estamos acostumandos no nível administrativo, corporativo ou empresarial, que nos pedem excelência e empenho contínuo na execução perfeita de nossas atividades, embora possamos lançar mão desses princípios e aplicá-los em nossa vida com fins ao aprimoramento pessoal. Se esses fossem os esperados, o Reino de Deus não passaria de uma grande corporação global, com filiais no mundo inteiro, exigindo de seus “colaboradores” compromisso e feedback.
            Tampouco os resultados esperados são o aumento dos números financeiros, do crescimento dos investimentos nacionais e internacionais, da alta lucratividade, do custo-benefício, de cargos e salários ou das elevadas comissões executivas. E ao mesmo tempo, não diz respeito à construção de um “império” particular ou “denominacional”. Desta forma, a Igreja de Jesus seria nada menos que uma agência lucrativa ou uma embaixada corrompida em suas bases por seus embaixadores no poder. Donos de “mini-impérios” que fingem representar um “senhor”, não o Senhor.
            Os resultados garantidos são os desejos de Deus e de seu Cristo. Isto muitas vezes vai contrário à nossa natureza caída, desesperada por prazeres ilícitos e destituída de caráter divino. Os resultados de Deus estão expressos no Livro da Verdade que seu Espírito inspirou e estão disponíveis a todos os seres humanos que decidirem crer no que o próprio Deus estabeleceu como revelação a nós de si mesmo e de sua expressa vontade.
            Textos como os abaixo selecionados nos indicam quais os resultados que podem ser esperados por aqueles que obedecem a Deus e sua Palavra.
Deuteronômio 11.13-15 (a provisão divina).
1 Samuel 15.22,23 (o prazer de Deus).
Isaías 1.19,20 (o bem oferecido por Deus).
Atos 5.27-29 e 40,41 (a alegria em qualquer situação)
Hebreus 11.8-16 (vida futura).
            É claro que existem uma enorme variedade de textos com grandíssimas promessas de livramentos, de milagres, de respostas de orações e ações sobrenaturais de Deus, mas são balanceados com textos de sofrimento, de dores, de derrotas e de silêncio divino. Isso nos indica que as Escrituras foram projetadas para trazer equilíbrio ao ser humano. Para dar aos homens, tanto as vitórias de Deus (quando precisamos de sua intervenção miraculosa), como os consolos de Deus (quando passarmos por situações difíceis e tragédias da vida, onde não vemos a ação de Deus). Esse é o maior de todoas os resultados: uma pessoa espiritualmente madura e equilibrada em Cristo.
            Por fim, a obediência aos mandamentos é a chave-mestra para termos a garantia daquilo que Deus nos prometeu. O maior seguro de todos é a obediência. Obedecer a Deus e sua Palavra não nos decepcionará. Quem se decepciona são aqueles que não compreendem os processos de crescimento espiritual e de ação divina na Bíblia. Quem se frustra são aqueles que esperam resultados que Deus não prometeu e enganam-se dia após dia com esperanças vâs. Os que decidiram por obedecer a Deus, sabem da dificuldade da tarefa, mas conhecem seus benefícios.
Pensen nisso!


¢upakoh - (hupakoe) – Obediência
 
            Na construção desta palavra, encontramos hupo = “debaixo de”, e akouo = “ouvir”. Tem basicamente quatro significados:
  • Escutar – ouvir é simplesmente discernir os sons, mas escutar significa compreender o que se está ouvindo.
  • Atender – é estar pronto a responder de imediato a uma convocação ou chamado.
  • Submeter – é dar espaço ao outro. É colocar-se conscientemente debaixo das palavras de outra pessoa.
  • Ser persuadido – deixar-se ser convencido por outro ou por um argumento.

Carlos de Carvalho
servo de Deus em Cristo Jesus

Ato de Fé

Por Carlos Carvalho

2 Coríntios 5:7

Temos falado e ensinado nestes últimos domingos sobre a fé. Não a “simploriedade” da palavra, destituída de seu significado e descaracterizada por aqueles que nem ao menos se esforçaram para compreendê-la um pouco mais amplamente. Mas fé no seu contexto original – original, não apenas em termos de grego ou “academicismo” fraco, e sim no contexto bíblico no qual essa palavra tem sua importância.
            A fé que nos referimos, no grego pistis, tem a idéia de que a mesma foi construída sobre bases bem claras e, sem elas, não se pode compreender corretamente de que tipo de fé o texto bíblico fala. A fé foi forjada ou gerada em fundamentos tão fortes e poderosos que necessitamos conhecê-los para defini-la com precisão. A fé bíblica não é simples, no sentido de simplório e nem sofisticada, no sentido de que alguns poucos “privilegiados” apenas a podem entender e possuí-la.
            Durante todos esses dias temos demonstrado esses fundamentos, os quais são ao menos os vistos até hoje, cinco:
1.      A fé bíblica fala de um relacionamento correto com a aliança de Deus. Vimos que Deus fez aliança com os homens, ela pode ser rejeitada, porém não pode ser anulada e cabe a cada ser humano se corresponder de forma esperada por Deus em sua aliança oferecida em Cristo. Percebemos que na vida de José que ele possuía um chamado para a aliança por meio dos sonhos que tivera, mas que ele não compreendeu essa responsabilidade e demorou cerca de treze anos até que se cumprissem seus sonhos, que nada mais eram do que os “sonhos de Deus” para ele.
2.      A fé é firmar-se sem hesitação na Palavra de Deus. Vimos como Pedro foi testado na fé quando quis andar sobre as águas e desafiou o Senhor para poder ir em sua direção. Chamado a andar sobre as águas, passou a perceber o que estava ao seu redor, o vento, e logo começou a submergir. Quando dizemos que temos fé pode ser que sejamos provados ao ponto de descobrirmos que de fato não estamos firmados nela e iniciarmos uma descida que, sem a intervenção divina, pereceremos.
3.      A fé é um ato vivo de confiança em Deus. Quando Sadraque e seus irmãos foram colocados diante do rei e questionados acerca do porque não adoravam à imagem que ele tinha mandado construir, os irmãos disseram que não iriam dar nenhuma resposta sobre aquilo e confiavam em Deus que os livraria, mas também disseram que se Deus não os livrasse, mesmo assim não se prostrariam à uma imagem. Todos nós conhecemos o resultado.

4.      Fé significa abrir-se às possibilidades que Deus apresenta. Também ouvimos que Deus nos apresenta possibilidades. Deus é um Deus de possibilidades. Para Ele nada é impossível e tudo é possível ao que crê nele. Esse é o único dos elementos geradores da fé que aponta para os milagres, para o sobrenatural agindo em nós, ao nosso redor e através de nós. Deus fez, faz e fará milagres, independente do tempo, época ou circunstâncias. Mas “possibilidades” não diz respeito apenas a milagres, mas também e tão importante quanto, à situações inesperadas que podem surgir afim de nos fazer crescer em graça e de expressarmos a imagem de Jesus em nossa vida. Abrir-se às possibilidades significa que podemos passar, por vontade de Deus, por circunstâncias não muito agradáveis, mas com objetivos terapêuticos e espirituais em vista.
5.      Fé é ato de viver dirigido para a realidade. Parece-nos um contra-senso essa declaração, mas é plena de verdade. A fé não é uma fuga da realidade, mas o enfrentamento da mesma. Temos visto um número cada vez maior de “pseudo-cristãos” usando uma definição incorreta de fé para fugir à realidade de seus problemas e buscando uma saída “mágica” ou “mística” que os resolvam. Não é pequeno o número dos que, em nome de falsas idéias cristãs, travestidas de “espiritualidade” e palavras escolhidas do vocabulário “evangélico”, engrossam as fileiras daqueles que querem Deus e seu Cristo, mas sem real compromisso aos princípios fundamentais da fé bíblica e cristã. Foi até este ponto que chegamos no caminho sobre a origem da fé. Fé fala de um futuro glorioso que aguardamos em Cristo, mas também fala de realidades que necessitam ser mudadas pelo poder da Palavra de Deus. Nosso grande desafio é viver reconhecendo as realidades que nos cercam, tomando as atitudes necessárias para mudá-las sem um falso “suporte” espiritual que nos engane e nos paralise nas ações, também olhar para o futuro que Deus preparou para nós – o novo céu e a nova Terra – e ao mesmo tempo para o nosso presente, e não esquecermos as realidades ao redor de cada um de nós. Abaixo providencio textos bem práticos e “realistas” da Bíblia que nos mostram a necessidade de observarmos a realidade e de fazer algo para mudá-la ou não.

Provérbios
11.22 / 14.1 / 16.8,25 / 20.4,13 / 22.1 / 23.20,21 / 24.3,4 / 26.27 e 28.19,20
Eclesiastes
3.20,22 / 5.10-15 / 6.3,4 / 7.2-4
Mateus
5.17  / 6.19-24
Marcos 7.34-37
Lucas 9.23-26
João 16.33