segunda-feira, 29 de abril de 2013




Erasmo de Rotterdam (1466-1536). Nasceu em Rotterdam, Holanda e filho de um padre que trabalhou em Roma como tradutor. Ele foi o mais eminente filósofo da Renascença (século XV) e escreveu brilhantemente sobre a educação dos jovens e crianças de sua época. Erasmo antecipou em séculos as discussões do ambiente educacional que vemos eclodir com vigor nos dias atuais.
Tenho convicções que o caminho da educação cristã, e porque não dizer da educação ocidental, tem extensa colaboração dos pensamentos deste cristão considerado o mais erudito homem de seu tempo. Pensador brilhante, equilibrado e crítico, profícuo escritor com bases sólidas na filosofia e na teologia, contribuiu decisivamente para que a humanidade desfrutasse de uma educação comum e elevada.
Destaco abaixo algumas de suas frases e pensamentos que me fizeram argumentar a seu favor como uma espécie de pai da educação moderna.
·       Erasmo cria que nunca é cedo demais para iniciar o processo educacional.
·       A aprendizagem, escreveu ele, não é um veneno.
·       Escreveu que a educação aperfeiçoa a natureza.
·       Dizia que riquezas não dispensa instrução.
·       É dele a frase: “o homem, um ser inacabado e por fazer-se”.
·       Ele disse que: “desprovido de educação, o homem não passa de uma pedra”.
·       “Falhar na educação é fazer do ser humano um monstro”.
·       Cria que o direito à educação nasce no berço, ou seja, é direito fundamental do ser humano. Algo parecido só veio a ser dito na Declaração dos Direitos Humanos em 1948 (artigo XXVI) em nível universal.
·       Para ele o pior castigo é negar a educação.
·       Ele escreveu que “deseducação é crime nefando”.
·       Que o futuro depende dos antecedentes educacionais.
·       Que a educação falha condiciona para o vício.
·       Ele descreveu os agentes da educação, como os pais, os amigos, os professores e etc.
·       Que educação pré-escolar não afeta a saúde.
·       Discorreu sobre o perfil do educador e sobre os programas de ensino. E muito mais.

Portanto, acredito que Erasmo de Rotterdam é um dos mais excelentes proponentes da teoria da educação moderna, quase que na plenitude dos moldes de hoje, exceto pelas nuances culturais que dizem respeito somente à época em que vivia. Porém, se tomarmos as discussões deste século no qual vivemos, mormente no Ocidente, e mais particularmente no Brasil, veremos que ele faz jus ao título de pai da educação moderna.
A atualidade de seus escritos é incrível, e isto escrevendo do século XV. Distante de nós por mais de cinco séculos, sua mente alcançou não apenas o seu tempo, como o extrapolou, e podemos com certeza dizer que suas declarações encontram eco em nosso clamor atual por uma educação de qualidade, tanto no ensino público, como no ensino teológico/cristão.

Carlos Carvalho
Pesquisador

Referência:
Feracine, Luiz. Coleção pensamento & vida: Erasmo de Rotterdam: o mais eminente filósofo da renascença / Luiz Feracine, -- São Paulo: Editora Escala, 2011. – (Coleção pensamento & vida: vol. 7)

sexta-feira, 26 de abril de 2013


Alguns fatos sobre as libélulas

Elas calculam a velocidade para matar presas
A dinâmica de capturar um objeto no ar é espantosamente complexa, tanto que normalmente apenas animais com sistemas nervosos complexos, como gaivotas ou seres humanos, conseguem fazer isso. Para interceptar algo se movendo a uma velocidade própria, você tem que ser capaz de prever onde esse “algo” estará no futuro. Quando os pesquisadores começaram a estudar libélulas em 1999, eles descobriram que, em vez de “rastrear” sua presa, elas a seguiam no ar até que se encontravam com a pobre coitada, interceptando-a. Em outras palavras, libélulas garantem uma caça voando para onde a presa também está voando. Isso indica que elas calculam três coisas durante uma caçada: a distância de suas presas, a direção que elas estão se movendo, e a velocidade com que estão voando. No espaço de milissegundos, a libélula calcula o ângulo de abordagem e, como um monstro de filme de terror, já está esperando quando a presa infeliz passa por ela.
Seus olhos são incrivelmente avançados
A maioria dos insetos tem olhos multifacetados. Moscas domésticas, por exemplo, têm cerca de 6.000 facetas que lhes dão uma vista panorâmica de seus arredores. É a razão pela qual os seus olhos parecem favos de perto. Mas, com 30.000 facetas individuais, libélulas ganham de qualquer outro inseto. Cada faceta, ou omatídeo, cria a sua própria imagem, e o cérebro da libélula tem oito pares de neurônios visuais para compilar essas milhares de imagens em uma figura. Libélulas têm sentidos visuais que seriam considerados superpotências para qualquer ser humano normal. Os olhos humanos têm três proteínas (opsinas) que sentem a luz e nos dão uma gama de cores de vermelho, verde e azul. Libélulas podem ter quatro ou cinco opsinas, o que lhes permite perceber o espectro de cor normal, juntamente com a luz UV e o plano de polarização da luz (efeito obtido com óculos polarizados). Isso provavelmente as ajuda a navegar e reduzir o brilho do sol em um corpo de água.
Elas podem ver em todas as direções
Os grandes olhos protuberantes da libélula também lhes dão uma visão de 360 graus do mundo. Obviamente, esta é uma ferramenta valiosa para escapar de predadores. O vídeo acima mostra uma libélula escapando das garras de um sapo que a ataca por trás e por baixo, o que, na maioria dos insetos, é o seu ponto cego. Libélulas tiram proveito disso quando interceptam suas próprias presas. Mas como não têm pontos cegos, são notoriamente difíceis de capturar.
Quando caçam, os olhos compostos de uma libélula lhes permite classificar “seções” de seu campo visual. Manter a sua presa na mesma seção a ajuda com essa incrível precisão quando ela intercepta algo no ar. Para entender essa habilidade, confira esse exemplo: um ser humano desenha uma grade no para-brisa de seu carro e escolhe um alvo, por exemplo, uma cabra. Se apontar o carro de forma que a cabra esteja em um quadrado da grade e dirigir em direção ao animal mantendo-o dentro do mesmo quadrado, o animal vai ficar maior conforme a distância diminui, mas o ângulo da pessoa em relação a ele não vai mudar, mesmo que esteja se movendo. Resultado: o ser humano vai acertar a cabra 100% das vezes.
Elas são eficientes
Libélulas são extremamente eficientes no que fazem, capturando cerca de 95% das presas que caçam. Para efeito de comparação, os tubarões, um dos mais ferozes predadores da natureza, só conseguem pegar cerca de metade das presas que caçam. Leões, os tubarões da terra, têm a sorte de obter suas garras em apenas um quarto de seus alvos. Até mesmo os leões não calculam a interceptação de presas: apenas a perseguem, ziguezagueando pela savana em resposta aos seus movimentos. Se libélulas fossem grandes o suficiente para comer gazelas, leões morreriam de fome e se extinguiriam.
Elas podem isolar suas presas dentro de um enxame
O pesquisador R. M. Olberg, curioso sobre a forma como libélulas caçam, colocou um nano-eletrodo dentro do neurônio de processamento visual de um desses insetos. Ele então o posicionou na frente de um monitor de TV com dois objetos em movimento. Em sistemas nervosos simples, quando vários objetos tendem a aparecer, o inseto não consegue lidar com a multitarefa de atenção. Mas libélulas têm a capacidade de mudar sua atenção entre objetos. Sob observação, a libélula focou primeiro em um objeto, em seguida, deslocou-se para observar o segundo, depois voltou para o primeiro, nunca perdendo a noção de onde ambos estavam. Esta capacidade de atenção seletiva permite que a libélula destaque um alvo em um enxame e o cace exclusivamente, mantendo-se consciente do resto do enxame para evitar uma colisão.
Elas nunca param de comer
Que bom que libélulas são tão bem adaptadas à caça, porque são comedoras vorazes. Stacey Combes, pesquisadora de Harvard (EUA) que usa câmeras de alta velocidade para estudar os mecanismos de voo desses insetos, afirmou que uma libélula que ela estava estudando comeu trinta moscas em uma rápida sucessão e teria continuado a comer se tivesse encontrado mais. Libélulas também variam o que comem, o que combina com seu estilo predatório. Normalmente, elas comem pequenas moscas ou mosquitos, presas fáceis, embora também comam borboletas se puderem derrubá-las. Libélulas menores são mais uma boa opção.
Elas podem manobrar suas asas independentemente
Uma das características mais marcantes das libélulas é a maneira como suas asas funcionam. Suas quatro asas trabalham independentemente umas das outras, permitindo-lhes manobrar no ar como um helicóptero: elas podem pairar, voar para a frente, para trás, para os lados, mudar de direção instantaneamente e até voar de cabeça para baixo, se precisarem. Com a exceção de libelinhas (que pertencem à mesma ordem), libélulas são os únicos insetos com essa quantidade de controle sobre suas asas. Delicada e poderosa, cada asa está ligada ao tórax e a um grupo muscular separado. O vídeo acima capta perfeitamente o movimento aparentemente caótico das asas de uma libélula, uma vez que ela embosca uma mosca de fruta. Usando mudanças minúsculas e ajustes em cada asa, a libélula pode mirar perfeitamente, colocando-se diretamente no caminho da presa. 


[CC] Observações:
Elas não possuem fósseis que podem ser demonstrados como espécies que se transformaram na forma da libélula que conhecemos.
Elas sempre foram libélulas, desde o seu “aparecimento”.
Evidências da criação.

Carlos Carvalho
Pesquisador

Fontes:
HypeScience
Wikipedia
Google

quinta-feira, 25 de abril de 2013


Magnetosfera, a “bolha magnética” que protege a Terra.



Enquanto nosso planeta avança pelo espaço, é constantemente bombardeado por partículas solares energizadas. Para nos proteger disso, a Terra conta com a proteção da magnetosfera, uma espécie de “bolha” na qual boa parte dessas partículas bate e é desviada. 

Na parte “dianteira” do planeta se forma uma região em que o conflito com as partículas solares é especialmente forte, chamada “bow shock” (que pode ser traduzido como “choque de proa” e é parecido com o que se forma na proa de um navio que se desloca pelo mar). 

Analisando dados coletados pela espaçonave da NASA WIND (que já viajou 17 vezes até os limites da magnetosfera entre 1998 e 2002), cientistas não só conseguiram criar uma representação consistente do fenômeno, como também puderam começar a entender melhor esse cenário. 

“A frente da magnetosfera fica bem na linha entre o Sol e a Terra, por isso é um lugar crucial para entendermos coisas pequenas que podem ter consequências grandes”, destaca o pesquisador David Sibeck, do Centro de Voo Espacial Goddard em Greenbelt (EUA). “O que acontece no campo magnético da Terra depende do que está acontecendo na frente, no choque de proa”. 

De acordo com Sibeck, a maneira como as partículas e também ondas de energia atingem a magnetosfera interfere na quantidade delas que consegue atravessá-la. “Uma vez dentro da magnetosfera, podem criar poderosas tempestades solares e impactar comunicações e satélites de GPS do qual dependemos diariamente”.[Daily Mail UK, NASA]. 

[CC] É igualmente incrível que tudo isso nos mostra evidências da criação.

“Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro.”
Isaías 45:18

“Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra.
Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas.
Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada.
Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo.
Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo;
Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo,
Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra.
Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;
Regozijando-me no seu mundo habitável e enchendo-me de prazer com os filhos dos homens.”
Provérbios 8:23-31

Fontes:
HypeScience
Bíblia Online

quarta-feira, 24 de abril de 2013



Os Juízes de Israel

Historicamente este período se estende por cerca de 350 anos após a morte de Josué (1398-1043 a.C.) e descreve um tempo de apostasia contínua do povo e repetidos processos de opressão, arrependimento temporário e livramento por um libertador. Isso é cíclico no livro de Juízes. 13 libertadores ou “salvadores” são mencionados ali, de Otniel até Sansão.
Ao olhar de forma geral, cinco deles se destacam: Otniel, Débora, Gideão, Jefté e Sansão. Quero me ater agora ao caso de Otniel e suas particularidades descritas no capítulo 3. O texto inicia dando uma explicação do porque que Israel está sofrendo ainda nas questões do seu estabelecimento na terra da promessa: eles não cumpriram as ordens do Senhor de destruir as nações que ali habitavam e por isso, elas servem como pedra de tropeço para a nação de diversas formas, ora por causa das guerras, ora por causa da idolatria.
Em linhas gerais aponto quatro princípios espirituais que não apenas permeiam o livro dos Juízes, mas que também podem servir de norteamento para nossas vidas no sentido de compreender como Deus vê e age de acordo com nossas atitudes.
Primeiro – Podemos alterar os planos e propósitos de Deus por um tempo.
O que quero dizer com isso? Deus havia determinado que as nações de Canaã fossem eliminadas por Israel à medida que iam entrando e possuindo a terra, mas isto não ocorreu. O povo, por várias razões, não obedeceu e deixou lá aquelas nações, e o pior, até fizeram alianças com as mesmas.
Por isto digo que podemos, por causa de nosso livre arbítrio, alterar ou atrasar os propósitos do Senhor em nossa vida, mesmo que seja por um curto período de tempo. Óbvio que o próprio Deus sabe disso e espera por um momento oportuno para fazer com que seus planos venham a cabo. Lembre-se de Jonas e verá como isso é real.
Segundo – Deus nunca é pego de surpresa e adapta as circunstâncias aos seus planos.
Quando o povo não cumpriu o ordenado, então Deus utilizou as circunstâncias a seu favor. O capítulo 3 inicia dizendo que as nações que ficaram serviriam agora aos propósitos do Senhor, para ensinar a guerra aos que não a conheciam e para pôr Israel à prova. A prova era para que eles mesmos vissem se obedeceriam ou não a Deus, porque Deus sabia quem eles eram e como se comportavam.
Todas as vezes que insistimos em ir por um caminho não proposto por Deus em sua palavra para nós, Ele não nos mata e nos destrói, ao contrário, Ele permite e deixa a história continuar seguindo o seu curso. Lá adiante, Ele toma as rédeas novamente e utiliza as próprias circunstâncias que criamos com nossa desobediência a favor de Seus objetivos. Esse é pior trajeto que fazemos, mais longo, mais cansativo e mais custoso, todavia o Senhor jamais deixará de cumprir seus planos na História e em nossas vidas por causa de nós.
Terceiro – nossas alianças na vida determinam nossas atitudes.
Israel cometeu dois grandes erros: casaram seus filhos e filhas com os povos que ficaram e idolatraram seus deuses. Sobre a idolatria não é necessário dizer muito aqui, pois sabemos os malefícios que ela traz em uma nação que rejeita a Deus e seu Cristo como Senhor. Mesmo que seja difícil para algumas pessoas entenderem ou aceitarem, a idolatria gera pobreza, maldiçoes e opressão nacional. Mas sobre os casamentos tenho algo a mais para dizer.
A maioria de nós, incluindo os cristãos, não se atém à seriedade do que é o casamento. Paulo exorta a realizarmos casamentos no Senhor (1 Coríntios 7) e não percebemos uma realidade espiritual nele: quando casamos, fazemos aliança com a outra família e com seus deuses. O que quero dizer com isso? As nossas alianças determinam nossa adoração. Quando casamos com pessoas que não servem a Deus e a Jesus como nós, sempre cederemos aos desejos do outro e o lado de Deus sempre sai perdendo por causa das concessões que fazemos.
Não que Deus seja fraco ou coisa parecida, mas que nós somos tentados a nunca nos posicionar como deveríamos como servos(as) de Deus no casamento. Se as pessoas já vieram para o reino de Deus desta forma (casaram no mundo e um apenas se converteu) tudo bem, mas se escolheram se casar com pessoas não-cristãs depois de pertencerem a Cristo, a coisa muda de figura.
Apenas observe o texto. No livro inteiro de Juízes é assim. Com Salomão foi assim (1 Reis 11), porque que conosco haveria de ser diferente. Somos melhores? Não acho! Por isso o casamento é levado a sério nas Escrituras, porque não é coisa de “se não der certo separa e casa de novo”, não é coisa de “morar junto pra ver se dá certo, depois casar”. Casamento é uma aliança, e com ela, vem toda a bagagem espiritual da outra família sobre nova que está sendo gerada.
Alguns podem dizer: “Eu não me casei com a família dele ou dela, com seus pais ou com seus irmãos”, mas isso não altera nada no mundo espiritual. De fato você se casou restritamente e fisicamente apenas com a pessoa amada, mas espiritualmente e geneticamente, tanto no seu casamento ou nos seus filhos, haverá heranças que ultrapassarão os limites de suas palavras. Dê uma olhadinha em sua família e talvez em você mesmo(a) e verá que a realidade é outra. Por isso o casamento é tratado com o devido respeito e seriedade na Bíblia.
Quarto – nossas características pessoais são determinantes para as nossas conquistas na vida.
Otniel foi desde o nascimento preparado para o seu momento na História. Porque falo isto? De cara, o seu nome. Livremente o seu nome é traduzido como “leão de Deus”, isto significa que desde criança quando a mãe ou as pessoas chamavam o seu nome, estavam chamando-o de leão, imprimindo nele características poderosas. Leão de Deus dito milhares de vezes a uma criança ou a um jovem, pode alterar definitivamente sua personalidade e seu interior.
Também esse cidadão era sobrinho de Calebe. Ele ouvira as façanhas de seu tio legítimo, seu próprio sangue corria em suas veias. Calebe foi um conquistador até depois dos oitenta anos de idade; lutou com filhos dos gigantes e destruiu cidades muradas, portanto, estas histórias permeavam a mente de Otniel. Ele estava pronto para o Espírito de Deus vir sobre ele e fazê-lo o herói do povo na hora certa.
Não somos diferentes. As nossas características pessoais nos levarão à vitória ou a constantes derrotas na nossa existência. Mas tenha ânimo, essas características não precisam vir com o nascimento. Podem ser implantadas em nós por um programa de estímulos constantes, boa leitura, boas influências, excelentes amizades, pais com visão de futuro, e, se tudo isso faltar por qualquer motivo, ainda contamos com Deus e seu Espírito para colocar em nós seu poder e capacidade a fim vencermos como Ele fez e faz até hoje com quem nele crê.
            Estes são os princípios espirituais que encontrei na leitura do texto e do livro dos Juízes de Israel. Certamente existem muitos outros; só quero deixar esses como reflexão inicial e estímulo para que você encontre mais nas suas leituras pessoais.

Bp. Carlos Carvalho
Teólogo, Escritor e Pr. Sênior da Comunidade Batista Bíblica Internacional

quarta-feira, 17 de abril de 2013




Um Projeto chamado Terra
Parte 1


Existem muitos fatores conhecidos que precisam se encaixar adequadamente para a vida existir na Terra. Qualquer ligeira variação, em qualquer destes fatores, iria deflagrar o desastre.
A velocidade de rotação da Terra, por exemplo, é ideal. Se ela fosse desacelerada em 10 % do seu valor atual, a vida como nós a conhecemos não poderia existir. As plantas iriam se queimar durante o dia e congelar durante a noite.
Por outro lado, se a rotação fosse muito acelerada, os ventos poderiam aumentar até níveis incríveis. Júpiter gira em torno do seu eixo uma vez a cada dez horas e os ventos lá chegam a exceder 1600 km/h!
Há uma imensa precisão neste projeto ao qual chamamos de Terra, e é isso que permite que ela sustente a vida. Jamais poderia ter sido obra de fatores indeterminados, ocasionais, fortuitos e não direcionados.

Carlos Carvalho
Pesquisador

segunda-feira, 15 de abril de 2013


O Desafio da Mostarda


"Se tiverdes fé como um grão de mostarda..."
Lucas 17.6


Este negócio do grão de mostarda que Jesus ensinou é uma espada de dois fios para nós. De um lado, a fé não é uma coisa mística ocultista, mas algo pequeno que se desenvolve. Por outro lado, a fé é algo tão pequeno que se não a possuímos no tamanho mínimo, de fato não a temos.
A comparação com o grão de mostarda nos indica que a fé não é algo inalcançável ou de elevada espiritualidade, mas sim uma semente. A semente da mostarda, como qualquer outra, é um mecanismo de desenvolvimento e invólucro orgânico no qual estão contidas todas as características de uma planta ou árvore na forma embrionária.
A semente nas condições adequadas e no ambiente correto irá romper-se e uma planta com toda a vitalidade irá se desenvolver, crescer e frutificar. Assim é com a fé. A fé é uma semente poderosa que foi implantada em nós, pelo Espírito Santo, quando ouvimos a Palavra de Deus e nos convertemos a Cristo como Salvador e Senhor de nossas vidas.
Como a semente de qualquer planta, a fé tem nela todas as características e qualidades necessárias para se desenvolver, crescer e frutificar em nossa vida as coisas que Deus projetou e intentou que ela fizesse. Em seu DNA, a fé já vem com todo potencial divino para realizar seus objetivos dentro e fora de cada cristão.
Por outro lado a fé é pequena como um grão de mostarda e aqui reside o desafio. Jesus nos conta que se tivermos fé apenas do tamanho desta pequeníssima semente poderemos fazer com que algo impossível, como por exemplo, uma árvore sair de seu local e ser plantada no mar com uma palavra nossa.
Não acredito sinceramente que a intenção de Jesus era que fizéssemos algo desta natureza de fato, mas que a fé tem em si mesma a potencialidade divina de realizar coisas que jamais poderíamos imaginar. Creio que quando ele usou esta expressão era isso que queria dizer, a fé pode realizar o impossível, não o utópico, mas o impossível para as nossas capacidades naturais.
Todavia, se não podemos fazer o mínimo exigido nas características demonstradas por Jesus com nossa fé, ou seja, se coisas impossíveis ou milagrosas nunca aconteceram em nossa vida, então devemos questionar a nossa fé. Isto é um enorme desafio. Reconhecer que talvez não temos a fé que Jesus descreve. É possível que tenhamos apenas um assentimento mental, quer dizer, somente uma concordância na mente de que algo possa acontecer, mas sem ter certeza de fato.
A carta aos Hebreus nos diz que a fé é uma certeza e uma convicção (Hebreus 11.1). Não é algo místico-espiritualista para iniciados nos mistérios ocultos, mas certeza e convicção. Isto nos remete às faculdades mentais, ao raciocínio, ao pensamento e a uma razão. A fé é espiritual, mas também é racional, ela é divina, mas foi criada para habitar no ser humano.
Portanto, temos duas coisas a considerar neste quesito: saber o que é a fé (uma semente poderosa que se desenvolve) e saber se temos essa fé (não um pensamento positivo incerto de possibilidade). Também precisamos saber que toda semente necessita de condições adequadas para seu desenvolvimento, ou seja, devemos produzir o ambiente para a fé crescer em nós.
A oração diária, a leitura constante da Bíblia, meditar no que os textos lidos significam, ouvir a boa pregação e o bom ensino da Palavra em uma igreja cristã genuína, por em prática os ensinos bíblicos no viver diário (praticar a Palavra é praticar a fé) e estar em uma comunidade de fé que lhe inspire e alimente é um excelente ambiente para a semente da fé.


Carlos Carvalho


quarta-feira, 3 de abril de 2013



Pecados Secretos ou de Foro Íntimo que criam Maldições

Deuteronômio 27.11-26

Antes de entrar no texto propriamente dito, preciso dar algumas explicações para que eu não seja mal compreendido em minhas palavras. Este é um texto que tem destinatário certo (Israel ante a terra de Canaã), um período detectável (pouco antes da morte de Moisés cerca de 1405 a.C.) e um contexto histórico definido (após quarenta anos de peregrinação no deserto). Com isso quero dizer que reconheço a historicidade e as especificações do que o texto fala e para quem fala.
Mas outra coisa é: para além do texto, há uma revelação de intenções divinas, uma revelação de princípios (que chamo de leis imutáveis de Deus) e uma demonstração da eterna ética e moral do Senhor em relação aos pecados dos homens e com a execução dos castigos ou punições merecidas por esses atos, que em qualquer sociedade, “moderna” ou “primitiva”, são normas essenciais de conduta e de limites impostos para o bem comum.
Também se faz necessário traduzir para os nossos dias a palavra “maldição” ou “maldito” que no texto aparece. O “maldito” é o adjetivo daquele que é alvo de uma maldição. Não sou adepto dos ensinos freqüentes sobre maldições, mas é preciso dizer que a quantidade de palavras tanto no Novo como no Velho Testamento para “maldição” e suas respectivas variantes é enorme. Isso não se dá meramente, há um objetivo nisto.
Para resumir o que quero dizer, vou simplificar o significado. Toda a forma de maldição que aparece principalmente no Antigo Testamento nada mais é do que uma conseqüência pelos atos vis, pecaminosos ou criminais que alguém pode cometer contra Deus, contra sua Lei ou contra o próximo. Uma maldição é, portanto, uma execução efetiva da justiça esperada pelos erros graves cometidos. Quando lemos textos como o de nossa referência, percebemos claramente que a maldição é simplesmente a punição por alguma infração grave prescrita na Lei de Deus para o povo.
Tornar-se “maldito” ou estar debaixo de uma “maldição” é tornar-se passivo de ser punido pelas leis prescritas, pela justiça de Deus ou pela própria sociedade por atos malignos cometidos contra outrem ou contra Deus. Assim fica mais fácil de compreender a ética por trás das maldições, não meramente como algo subjetivo ou apenas sobrenatural, mas de caráter físico, natural e efetivo. Não há, então, maldições ou punições sem haver cometido alguma infração, pecado grave ou crime. Aqui entra o nosso texto.
Moisés descreve doze tipos de comportamentos que são passivos de punição. Porque esses tipos foram escolhidos e não outros? Pelo simples fato desses descritos serem pecados ou crimes cometidos ocultamente e de difícil flagrante. Chamamo-los de pecados ocultos ou de foro íntimo, mas que não poderiam deixar de ser punidos. São situações que, se não houver um denunciante, dificilmente saberíamos do acontecido. Perceba que desde a antiguidade bíblica, crimes dolosos ocultos e intenções malignas de violência e afins eram inaceitáveis.
Esses doze comportamentos inapropriados e desprezíveis podem ser fundidos em seis blocos:
Bloco 1 – Pecados da Idolatria (v.15) – a idolatria tem muitos “filhos” e se apresenta de diversas maneiras criativas. Não me estenderei, apenas digo o grande objetivo da idolatria: desviar o olhar do ser humano da pessoa de Deus. Fazer o ser humano olhar para o lado, para outra coisa, para as criaturas ao invés de direcionar sua vida para Deus somente. Idolatria é desvio de foco, desvio de propósito, desvio da honra e da adoração que a Deus apenas pertence.
Bloco 2 – Pecados familiares (v.16) – esta é a base fundamental de toda a sociedade, a família padrão. Aqui está a base e o fundamento de todos os problemas sociais mais graves que enfrentamos hoje: a destruição das relações de família. Filhos que desprezam, abandonam e violentam seus pais. Pais que abandonam, violentam e abusam de seus filhos. Alguns imaturos espiritualmente ainda acreditam que mudar o modelo base de família irá resolver esses problemas. Coitados!
Bloco 3 – Pecados sociais (v.17 ao 19) -  interessantes estes. Mudar “os marcos” do seu próximo era roubar o direito que ele tinha ao seu pedaço de chão, ou seja, remover os limites que o outro tinha demarcado como sua propriedade. Fazer o “cego errar seu caminho” era cometer crime contra pessoas incapazes e deficientes. “Perverter” o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva era crime contra os direitos humanos.
Bloco 4 – Pecados sexuais (v.20 ao 23) – esses eram bem definidos. Ter relações sexuais com a madrasta, com animais, com irmãos (incesto) ou com sogros também era passivo de punição. Por quê? Por causa da quebra da confiança e da valorização da pessoa humana. Sexo com animais tornaria o homem igual em instintos e irracionalidade e os outros era a destruição da confiança e proteção familiar esperada em qualquer contexto de família.
Bloco 5 – Pecados de violência (v.24 e 25) – esses parece que são os únicos que em nossos dias ganham alguma evidência de preocupação e ação de nossa parte enquanto sociedade. Provocar ferimentos em quem quer que seja sem que ninguém saiba é crime grave. Aqui podemos incluir até a pedofilia, os abusos aos idosos, às crianças e a violência matrimonial. Contratar ou aceitar dinheiro para matar o outro é igualmente inaceitável e punível com rigor e efetividade.
Bloco 6 – Pecados de desobediência (v.26) – quando uma pessoa não “confirma” (não aceita ou rejeita) deliberadamente os termos da justiça, da ética, da moral e das leis divinas, ela também, da mesma maneira e sem temor, desrespeitará qualquer padrão de comportamento ético e moral que exista na sociedade onde vive. Não precisamos ir longe nas descrições. É necessário somente olhar a mudança de comportamento das pessoas de hoje e como se alterou para pior, não para melhor.
Encerro fazendo uma pequena consideração. Teólogos, Mestres e Líderes cristãos podem fazer uma grande objeção ao que escrevi dizendo que em Cristo essas “maldições” não fazem mais efeito sobre nós porque “Ele nos resgatou da maldição da lei” (Gálatas 3.13), mas quero ainda nos fazer pensar de duas formas sobre isso:
Primeiro – sinceramente acredito que Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição em nosso lugar e por isso, os efeitos da maldição da lei não podem realmente trazer danos na vida de todo aquele que crê e vive em Cristo. Isto é ponto pacífico entre nós.
Segundo – tenho apenas uma pergunta: se nós agora que estamos em Cristo, livre do poder da maldição, agirmos de acordo com esses pecados e crimes não receberemos nenhuma punição por essas práticas? Quer dizer que em Cristo, mesmo que cometamos esses pecados ou crimes estamos livres de um julgamento? Não creio que algum cristão sincero responderia positivamente a isso!
O Novo Testamento é taxativo quanto a isso:
“Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários.
Havendo alguém rejeitado a lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas;
de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça?
Pois conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”
Hebreus 10:26-31

E isto para não citar Pedro, Tiago, João e Paulo.

Carlos Kleber Carvalho
Teólogo

terça-feira, 2 de abril de 2013



O Projeto Inteligente da Origem da Vida no Universo

      Um dos elementos mais importantes na discussão sobre um Criador é, obviamente, o começo da vida em sua origem. Se voltarmos no tempo até o momento do surgimento da vida primitiva no cosmo, nos surpreenderíamos como essa vida, foi um resultado de um processo complexo, que requereu incontáveis combinações de elementos, todos acontecendo simultaneamente de uma forma bem precisa.
      Átomos de vários graus de tamanho precisaram ser formados, antes disso, necessitou-se de um equilíbrio perfeito de várias constantes do mundo físico, como gravidade, forças nucleares, taxa de expansão apropriada do universo, e relação correta de elétrons e prótons, só para começar. Em muitas dessas inumeráveis variações nesta complexa equação, uma mudança tão pequena como um décimo de um por cento já tornaria a vida insustentável.
      Tamanha precisão necessitou de um cuidado especial para fazer do universo um lugar capaz de ter vida. Aqui replico algumas palavras neste sentido de dois acadêmicos inquestionáveis em seu espírito científico.

“A origem da vida parece ser quase um milagre, tantas são as condições que teriam de ser satisfeitas para que ela pudesse aparecer.”
Sir Francis Crick, Scientific American (fevereiro de 1991).

“Seria muito difícil explicar por que o universo teria começado exatamente dessa maneira, a não ser como um ato de um Deus que tencionou criar seres como nós.”
Stephen Hawking, “Uma Breve História do Tempo”. p. 127

      Por mais que multipliquemos os argumentos em favor de uma evolução e do ateísmo, não são poucas as dúvidas, a falta de respostas para milhares de perguntas em cada nível e etapa da formação da vida, a falta das “provas” necessárias, isso não é somente uma questão de crença ou de fé, acima de tudo isto, são verdadeiras questões científicas sem respostas, que só seriam satisfatoriamente respondidas na pessoa de um Criador.
      Simplificariam todo o processo, cessariam as dúvidas desnecessárias, investiríamos todos os recursos no foco correto, nossa mente trabalharia com mais liberdade e encontraríamos muito mais conhecimento disponível sem lutas ideológicas e de fato, construiríamos um mundo melhor.

Carlos Carvalho
Pesquisador


segunda-feira, 1 de abril de 2013



O Trilobita

Porque essa criaturinha é especial? Ao menos por três motivos:

Em primeiro lugar, por se tratar de uma criatura e, como tal, ter sido dotado de tremenda complexidade. Os trilobitas, como todos os seres vivos, dependiam de uma quantidade absurda de informação complexa e específica (e não se conhecem mecanismos capazes de originar esse tipo de informação a partir do nada). Cada uma das muitas células de que os trilobitas eram constituídos possuía todas as complexidades reveladas pelos modernos microscópios e instrumentos de pesquisa: DNA enovelado num glóbulo fractal, membrana seletiva, nanomáquinas moleculares e muitos outros constituintes que fazem da célula uma verdadeira fábrica repleta de “setores” e funções.

Em segundo lugar, porque o trilobita esta na base da coluna geológica, no período conhecido como Cambriano (onde ocorre o chamado “big bang da vida”). Abaixo desse estrato geológico não existem seres complexos que pudessem ser considerados ancestrais (ou elos transicionais) do trilobita. Por isso mesmo – por causa desse “surgimento súbito” de um animal tão complexo –, o trilobita se constitui num enigma de complexidade, sob a ótica evolucionista.

E, em terceiro lugar, porque os trilobitas são animais extintos conhecidos apenas por sua forma fóssil. Ou seja, algum evento catastrófico no passado sepultou os trilobitas (e milhões de outros seres vivos) sob toneladas de lama, preservando-os na forma de rocha.

Não se podem desconsiderar as evidências da criação e de um Criador.

Carlos Carvalho
Pesquisador

Fonte: Criacionismo