terça-feira, 23 de dezembro de 2014


MAIS UMA “PROVA” QUE FALHOU: A HIBRIDIZAÇÃO ENTRE SERES HUMANOS E SÍMIOS

Ilya Ivanov (1870-1932) Foi um eminente biólogo que conseguiu considerável sucesso no campo da inseminação artificial de cavalos e outros animais. Considerado como “uma das maiores autoridades em fecundação artificial”, graduou-se na Universidade de Kharkov em 1896 e passou a lecionar Zoologia em 1907.

Suas técnicas de inseminação artificial tiveram tanto sucesso que ele foi capaz de fertilizar cerca de 500 éguas com o sêmen deum só garanhão (1). Ivanov foi também pioneiro na utilização de inseminação artificial para a produção de vários híbridos, inclusive o de uma zebra com um burro, um rato com um camundongo, um camundongo com um porco-da-índia, e um antílope com uma vaca. Entretanto, o seu experimento mais radical foi a tentativa de produzir um híbrido símio-humano.(2)

Ele sentiu que esse feito era claramente possível, tendo em vista o seu sucesso com os experimentos que havia feito com outros animais –e como tão próximos então os biólogos evolucionistas consideravam os símios e o homem. Esses experimentos foram apoiados por alguns dos mais respeitáveis biólogos da época, incluindo o Professor Hermann Klaatsch (3)e o Dr. F. G. Crookshank (4). A maior oposição foi a de “duas ou três publicações religiosas” (5).

Início do seu Projeto

Em meados da década de 1920, o Professor Ilya Ivanov iniciou o seu projeto, com fundos do Governo Soviético, para a hibridização de seres humanos e símios, por inseminação artificial (6). Os recursos financeiros alocados para o projeto totalizaram, em moeda de hoje, cerca de um milhão de dólares. Ivanov apresentou a sua ideia do experimento de hibridização símio-humana ao Congresso Mundial de Zoólogos em Graz, e em 1924 completou o seu primeiro experimento na então Guiné Francesa. Sua primeira tentativa de produzir um híbrido de macho humano com fêmea de chimpanzé falhou. Ivanov também tentou hibridizar símios machos com fêmeas humanas, mas foi incapaz de completar o experimento porque pelo menos cinco mulheres morreram.

Por ser então um cientista respeitado internacionalmente, Ivanov conseguiu obter eminentes patrocinadores para o seu projeto, incluindo Otto Schmidt, editor da “Grande Enciclopédia Soviética”, e Nicolai Gorbunov, engenheiro químico e amigo pessoal de Lenine (7).

Após o Professor Ivanov ter detalhado as razões que sustentavam a sua ideia, o Governo Britânico (terra natal de Darwin) prometeu arrecadar dinheiro para o projeto. O Governo Russo contribuiu com os primeiros 10.000 dólares e numerosos eminentes americanos patrocinadores da ciência também apoiaram o projeto.

Esforços para Apoiar a Evolução

Charles Lee Smith afirmou que o objetivo dos experimentos de Ivanov foi concluir que “a inseminação artificial entre humanos e espécies antropóides apoiava a doutrina da evolução, por estabelecer parentesco próximo entre o homem e os símios superiores” (5). O projeto foi apoiado pela Associação Americana para o Progresso do Ateísmo, porque foi visto como “comprovação da evolução humana, e, portanto do ateísmo”. Ao apresentar ao Governo Soviético sua solicitação de fundos, Ivanov enfatizou a importância de sua pesquisa para a propaganda anti-religiosa (7).

O advogado Howell S. England manifestou-se no sentido de que os cientistas envolvidos na assessoria ao projeto “estão confiantes de que podem ser produzidos os híbridos, e no caso em que tivermos sucesso, a questão da evolução do homem estará confirmada, a ponto de satisfazer os mais dogmáticos anti-evolucionistas”, e concluindo que “a ideia original era que somente híbridos de gorilas seriam férteis” (5).

Não obstante, os cientistas assessores queriam que os pesquisadores em seus experimentos usassem além de gorilas, chimpanzés, orangotangos e possivelmente gibões. Os pesquisadores aceitavam a teoria poligenética da evolução humana, concluindo que os orangotangos podiam cruzar-se com seres humanos da “raça amarela”, os gorilas com seres humanos da “raça negra”, e os gibões com “os povos mais braquicéfalos da Europa” (provavelmente significando os judeus). O propósito era “tentar demonstrar a relação íntima existente entre seres humanos e ramificações dos símios”

Os cientistas concluíam que esses acasalamentos assegurariam que os híbridos seriam férteis, porque se acreditava que a “raça amarela” teria evoluído a partir dos orangotangos, a “raça negra” a partir dos gorilas, a “raça branca” a partir dos chimpanzés, e os “povos braquicéfalos” dos gibões.

Eles até mesmo concluíam que “seria possível produzir a cadeia completa de espécimes, desde o perfeito antropoide até o perfeito homem” (7). Howell S. England escreveu que o Dr. Crookshank, de Londres, que “tinha feito minucioso estudo anatômico dos três maiores antropoides”, está convencido, pelas suas pesquisas, que, se o orangotango pode ser “hibridizado com sucesso com a raça amarela, o gorila com a raça negra, e o chimpanzé com a raça branca, todos os três híbridos poderão cruzar-se entre si”.

Em sua opinião, cada espécie de antropoide está mais proximamente relacionada com o tipo humano correspondente, do que com quaisquer outros antropoides. Em outras palavras ... os chimpanzés mantêm relação mais próxima com a raça branca do que com os gorilas ou os orangotangos. O gibão ... tem o seu tipo humano correspondente nos povos mais braquicéfalos da Europa” (10).

England observou que a equipe de pesquisa teria de prosseguir ao longo dessas linhas porque os cientistas envolvidos estavam todos em completo acordo com os pontos de vista do Dr. Crookshank. Para atingir seus objetivos, os cientistas lançaram mão de meios enganosos. Por exemplo, Ivanov tentou “inseminar mulheres com esperma de símios sem o seu consentimento prévio, sob o pretexto de exame médico no hospital local

O Governo francês, entretanto, proibiu-o de levar a cabo parte de seu projeto. Ivanov, porém, não via nenhum problema moral no projeto. Acremente reportou-se aos seus patrocinadores no Kremlin, queixando-se dos temores primitivos dos pretos e do preconceito burguês dos franceses. (7)

A revista Time opinou que, se o experimento falhasse, a Evolução ainda não seria invalidada, porque esse “teste da Evolução somente seria decisivo no caso em que a gestação fosse induzida, com ou sem a geração de prole saudável”. Se o experimento fosse bem sucedido, “nova e final evidência teria estabelecido que seres humanos e antropoides pertencem a um gênero comum de vida animal”. Ainda mais, para estabelecer a evolução humana a partir dos símios como um fato mais confiável, a “fertilização híbrida teria de ser tentada com fêmeas de ambas as espécies – a humana e a símia.

Suposta árvore evolutiva dos seres humanos

Se resultasse descendência saudável, plenamente formada, ela não seria considerada como “elos perdidos”, mas como comprovação viva de que seres humanos e símios são espécies tão próximas entre si como cavalos e jumentos, que podem hibridizar-se para produzir mulos ou mulas. Se um macaco-homem ou homem-macaco híbrido fosse fértil, ficaria comprovada a relação das duas espécies ancestrais de modo mais próximo ainda do que suposto atualmente. Se não resultasse descendência, a Evolução não cairia, de maneira nenhuma; a distância de símios e seres humanos relativamente a um ancestral comum seria demonstrada meramente como que hoje ela é estimada. (10)

Finalmente, o experimento falhou, e nunca mais foi tentado, pelo menos abertamente. Sabemos hoje que ele não será bem sucedido, por muitas razões, e por essas razões as tentativas do Professor Ivanov constituíram um grande embaraço para a Ciência.

Um dos problemas existentes é que os seres humanos têm 46 cromossomos e os símios 48, e por essa razão os cromossomos não se emparelham de maneira adequada mesmo que um zigoto seja formado.


Outro problema é a diferença estimada conservadoramente em 40 milhões de pares de bases entre os seres humanos e nossos pretensos parentes evolucionários mais próximos, os chimpanzés. Experimentos como esses são o resultado do pensamento evolucionista, e falharam porque sua premissa básica é falha (11).

Dr. Jerry Bergman - Adjunct Associate Professor at the University of Toledo Medical School in Ohio (USA);

Obs: As referências constam no artigo do próprio boletim por não ter sido possível colocá-las aqui.

Fonte:                                                                
BOLETIM SCB Nº 23 Maio/2014. p. 3-7. disponível em: www.scb.org.br.