segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Vida sem valor último


Vida sem Valor Último

Se a vida termina no túmulo, então não faz a menor diferença se você vive como um Stalin ou como madre Teresa de Calcutá. Uma vez que seu destino não tem qualquer relação final com seu comportamento, você pode perfeitamente viver como bem entender. Como disse certa vez Dostoievski:

“Se a imortalidade não existe [...] então tudo e permitido.”

Os torturadores oficiais nas prisões russas entendiam bem essa colocação. Veja o relato de Richard Wurmbrand, um pastor que foi torturado por sua fé:

E difícil acreditar na crueldade do ateísmo quando não se crê na recompensa do bem ou na punição do mal. Não há motivo para ser humano. Não ha limites para as insondáveis profundezas do mal que se encontram dentro do homem. Os torturadores comunistas costumavam dizer: “Não ha Deus, não ha outra vida, não ha punição para o mal. Podemos fazer o que bem quisermos." Ouvi ate mesmo um torturador dizer: “Agradeço a Deus, em quem não acredito, por ter vivido para colocar para fora todo o mal que trago em meu coração.” Ele disse essas palavras em meio a uma inacreditável brutalidade, enquanto torturava prisioneiros.

Willam Lane Craig

Em Guarda

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Registros Cronológicos Antigos - parte 5


REGISTROS CRONOLÓGICOS ANTIGOS (Parte 5)

David C. C. Watson
ICR Midwest Center, 207 North Washington. Wheaton. Illinois 60187. USA.

Mostra-se neste artigo que não só as Escrituras, mas também as obras dos escritores pagãos da antiguidade, apontam para um mundo recente, originado há não mais de poucos milhares de anos. Muitas citações são aduzidas para comprovar essa afirmação. Os antigos também não criam em evolução ao acaso, mas sim, em sua maior parte, na fixidez das espécies, e, em praticamente em sua totalidade, no resultado de um planejamento inteligente no mundo ao nosso redor.

O Enígma de Sírius

Um dos mais misteriosos problemas para um evolucionista que defende a evolução “das moléculas ao homem” relaciona-se com o brilho da estrela Sírius. Isso é discutido com abrangência por Kenneth Brecher, Professor Associado de Física no MIT (Massachusetts Institute of Technology) no livro “Astronomy of the Ancients” (8). Sírius é hoje classificada como “anã branca”, porém os registros feitos na antiguidade -Babilônia (700 a.C.), Grécia (270 a.C. e 150 A.D.), Roma (50 a.C. e 10 a.C.) -todos a descrevem como cor-de-cobre ou avermelhada. Ora, a teoria da evolução estelar supõe que leva milhões de anos para uma “gigante vermelha” transformar-se em “anã branca”. Como, então, Sírius parece ter sofrido essa transformação em somente dois milênios? O problema não foi resolvido, e talvez nunca o seja. Entretanto, ele ilustra um princípio muito importante: teorias científicas elaboradas no papel, com suas extrapolações na pré-história, devem ser postas à prova através de observações reais feitas por autores antigos. A atual teoria da evolução estelar não pode estar correta, pelo menos com relação ao tempo, se ela falha na explicação da mudança de cor de Sírius de vermelho para branco.

Da mesma maneira, sugiro, a teoria da origem do homem não pode estar correta se não encontra nenhum apoio sequer das observações, lendas, e registros históricos do mundo antigo. Basta olhar para Roma, o Egito, os Incas, os Astecas e Maias, para ver que a civilização pode regredir, bem como progredir. Porém, os materialistas da era vitoriana “inebriados pelo poder”, e pelo orgulho próprio resultantes dos notáveis progressos tecnológicos do décimo-nono século, decidiram que o homem deveria ter sempre estado a progredir, traçaram um gráfico e extrapolaram até a curva atingir o zero, isto é, a ameba. Somente mais tarde descobriram que essa teoria contradiz praticamente tudo que as grandes inteligências da antiguidade haviam escrito sobre o origem do homem Desta forma, no que escolheremos acreditar -na teoria moderna ou na história antiga? A conclusão de Kenneth Brecher é instigadora:

Preferiria muito mais aprender da evolução estelar (isto é, da história real das estrelas) a partir dos antigos mitos da humanidade, a ter de aprendê-la dos modernos mitos do computador! (8)

Conclusão

Em toda a literatura antiga não há sugestão alguma de que a história da humanidade vá além de centenas de milhares, ou mesmo de dezenas de milhares de anos. As evidências apontam para a emergência do “Homo sapiens” somente há poucos milênios, com a lembrança de uma idade de ouro e um desastre que afetou toda a raça humana; o repovoamento da Europa e do Norte da África a partir de algum ponto no Oriente Médio; e a coexistência do “homem da caverna” e do “homem civil” por séculos antes e depois de Cristo. Se Juvenal ou Cícero tivessem sabido que um dia um britânico viria a elaborar uma teoria da descendência do homem a partir de um símio, sem dúvida teriam considerado isso como a última palavra em termos de involução e falta de bom senso, e até mesmo uma demonstração de inferioridade inerente à raça britânica.

II – A CRONOLOGIA BÍBLICA

Consideraremos agora a questão: O Velho Testamento provê uma cronologia a partir da Criação? A resposta dada hoje por muitos eruditos evangélicos é decididamente NÃO! É típica a afirmação contida em um dicionário bíblico bastante conhecido:

À luz dos fatos arqueológicos incontestáveis é insustentável a cronologia comprimida do Arcebispo Ussher, que supõe uma sucessão contínua na relação de pai para filho nos capítulos 5 e 11 do livro de Gênesis”.

A “New Scofield Bible” (1967) concorda:

As Escrituras não revelam a data exata da criação de Adão ...” “As Escrituras não provêm dados pelos, quais se possa descobrir a data do dilúvio ...

Ousaríamos desafiar esse consenso de opiniões mantido por tantos estudiosos ilustres e devotos? Penso que deveríamos, pelas razões seguintes: Até 1860 todo comentarista da Bíblia cria que o Velho Testamento dava uma cronologia precisa, chegando até a data da Criação.

I. Antes de 1860 todo cronologista da Bíblia punha a data da Criação entre 3900 e 5500 a.C.

II. Antes de 1860 nenhum comentarista ou cronologista sugeria a existência de hiatos nas genealogias dos capítulos 5 e 11 do livro de Gênesis.

III. A Arqueologia moderna está baseada em pressupostos evolucionistas.

IV. Os pressupostos evolucionistas têm sido desacreditados.

Logo, não temos boas razões para duvidar de que estavam certos os antigos cronologistas!

Proposição I

Verifiquemos, então, primeiramente, alguns comentaristas antigos:

Continua...

Carlos Carvalho

Não Sou Ateu, Brasil