REGISTROS CRONOLÓGICOS ANTIGOS (Parte
5)
David C. C. Watson
ICR Midwest
Center, 207 North Washington. Wheaton. Illinois 60187. USA.
Mostra-se neste artigo que não só as Escrituras, mas
também as obras dos escritores pagãos da antiguidade, apontam para um mundo
recente, originado há não mais de poucos milhares de anos. Muitas citações são
aduzidas para comprovar essa afirmação. Os antigos também não criam em evolução
ao acaso, mas sim, em sua maior parte, na fixidez das espécies, e, em
praticamente em sua totalidade, no resultado de um planejamento inteligente no
mundo ao nosso redor.
O Enígma de Sírius
Um dos mais misteriosos problemas para um evolucionista que defende a
evolução “das moléculas ao homem” relaciona-se com o brilho da estrela
Sírius. Isso é discutido com abrangência por Kenneth Brecher, Professor
Associado de Física no MIT (Massachusetts Institute of Technology) no livro
“Astronomy of the Ancients” (8). Sírius é hoje classificada como “anã
branca”, porém os registros feitos na antiguidade -Babilônia (700 a.C.), Grécia
(270 a.C. e 150 A.D.), Roma (50 a.C. e 10 a.C.) -todos a descrevem como
cor-de-cobre ou avermelhada. Ora, a teoria da evolução estelar supõe que leva
milhões de anos para uma “gigante vermelha” transformar-se em “anã
branca”. Como, então, Sírius parece ter sofrido essa transformação em
somente dois milênios? O problema não foi resolvido, e talvez nunca o seja.
Entretanto, ele ilustra um princípio muito importante: teorias científicas
elaboradas no papel, com suas extrapolações na pré-história, devem ser postas à
prova através de observações reais feitas por autores antigos. A atual teoria
da evolução estelar não pode estar correta, pelo menos com relação ao tempo, se
ela falha na explicação da mudança de cor de Sírius de vermelho para branco.
Da mesma maneira, sugiro, a teoria da origem do homem não pode estar
correta se não encontra nenhum apoio sequer das observações, lendas, e
registros históricos do mundo antigo. Basta olhar para Roma, o Egito, os Incas,
os Astecas e Maias, para ver que a civilização pode regredir, bem como
progredir. Porém, os materialistas da era vitoriana “inebriados pelo poder”,
e pelo orgulho próprio resultantes dos notáveis progressos tecnológicos do
décimo-nono século, decidiram que o homem deveria ter sempre estado a
progredir, traçaram um gráfico e extrapolaram até a curva atingir o zero, isto
é, a ameba. Somente mais tarde descobriram que essa teoria contradiz
praticamente tudo que as grandes inteligências da antiguidade haviam escrito
sobre o origem do homem Desta forma, no que escolheremos acreditar -na teoria
moderna ou na história antiga? A conclusão de Kenneth Brecher é instigadora:
Preferiria muito mais aprender da evolução estelar (isto é, da história
real das estrelas) a partir dos antigos mitos da humanidade, a ter de
aprendê-la dos modernos mitos do computador! (8)
Conclusão
Em toda a literatura antiga não há sugestão alguma de que a história da
humanidade vá além de centenas de milhares, ou mesmo de dezenas de milhares de
anos. As evidências apontam para a emergência do “Homo sapiens” somente há
poucos milênios, com a lembrança de uma idade de ouro e um desastre que afetou
toda a raça humana; o repovoamento da Europa e do Norte da África a partir de
algum ponto no Oriente Médio; e a coexistência do “homem da caverna” e do
“homem civil” por séculos antes e depois de Cristo. Se Juvenal ou Cícero
tivessem sabido que um dia um britânico viria a elaborar uma teoria da
descendência do homem a partir de um símio, sem dúvida teriam considerado isso
como a última palavra em termos de involução e falta de bom senso, e até mesmo
uma demonstração de inferioridade inerente à raça britânica.
II – A CRONOLOGIA BÍBLICA
Consideraremos agora a questão: O Velho Testamento provê uma cronologia a
partir da Criação? A resposta dada hoje por muitos eruditos evangélicos é
decididamente NÃO! É típica a afirmação contida em um dicionário bíblico
bastante conhecido:
“À luz dos fatos arqueológicos incontestáveis é insustentável a
cronologia comprimida do Arcebispo Ussher, que supõe uma sucessão contínua na
relação de pai para filho nos capítulos 5 e 11 do livro de Gênesis”.
A “New Scofield Bible” (1967) concorda:
“As Escrituras não revelam a data exata da criação de Adão ...” “As
Escrituras não provêm dados pelos, quais se possa descobrir a data do dilúvio
...”
Ousaríamos desafiar esse consenso de opiniões mantido por tantos
estudiosos ilustres e devotos? Penso que deveríamos, pelas razões seguintes: Até
1860 todo comentarista da Bíblia cria que o Velho Testamento dava uma
cronologia precisa, chegando até a data da Criação.
I. Antes de 1860
todo cronologista da Bíblia punha a data da Criação entre 3900 e 5500 a.C.
II. Antes de 1860
nenhum comentarista ou cronologista sugeria a existência de hiatos nas
genealogias dos capítulos 5 e 11 do livro de Gênesis.
III. A Arqueologia
moderna está baseada em pressupostos evolucionistas.
IV. Os pressupostos
evolucionistas têm sido desacreditados.
Logo, não temos boas razões para duvidar de que estavam certos os antigos
cronologistas!
Proposição I
Verifiquemos, então,
primeiramente, alguns comentaristas antigos:
Continua...
Carlos Carvalho
Não Sou Ateu, Brasil