ACUSADOS DE “APELO À
AUTORIDADE”
Constantemente
somos acusados por ateus de “apelo à autoridade” quando nos utilizamos de
eminentes figuras científicas teístas ou cristãs para referenciar nossas
crenças ou declarações. Mencionar nomes de homens e mulheres que creem em Deus
e na Bíblia, que são importantes, estão nas universidades mais prestigiadas do
mundo ou suas publicações figuram nas revistas mais proeminentes do planeta é
considerado como uma “artimanha” nossa para defender a fé ou o relato bíblico.
Isso para não
nos referir a certas declarações de Einstein, Pascal, Newton e centenas de
vultos do passado que desposavam crença inabalável em Deus e em Jesus Cristo,
além de uma quantidade considerável de atuais cientistas e pensadores
reconhecidos em suas áreas de atuação que não hesitam em se declarar cristãos
ou teístas. Ao fazermos isso estamos sendo desonestos intelectualmente ou
usando argumentos “ad hominem”.
Essa maneira
destes tipos referirem-se a nós é altamente falaciosa e reflete uma realidade
bem diferente da que almejam passar. Falaciosa, porque, na tentativa de
desqualificar nossas declarações ou teses, estão se utilizando de argumentos
equivocados e continuamente repetitivos para fazer coro e alarido de vozes no
intuito de calar aquilo que lhes é contrário em seus conceitos e cosmovisão. E
isto tem outro fator a ser também apresentado e considerado.
Estas
acusações demonstram um fato ainda mais complicado: a maioria dos ateus
brasileiros não tem curso superior. E porque digo isto? Pelo simples fato de que
na Academia somos constantemente ensinados pelos mestres a não escrevermos sem
referenciar nossa escrita, ou seja, não podemos escrever artigos, defender
teses ou teorias, propor um TCC, mestrado ou doutorado sem que façamos menção
de nossa bibliografia. Isso porque na Academia aprendemos que os pensamentos
que fluem de nós não são totalmente nossos ou originais.
Necessitamos
mencionar quais autoridades, pensadores, pesquisadores ou artigos e livros
foram utilizados por nós para compor aquela tese ou defesa e etc., na Academia
não somos acusados de “apelo à autoridade”, porque lá somos ensinados
exatamente a apelar para as autoridades que vieram antes de nós ou ainda estão
entre nós para produzirmos textos que tenham alguma validade ou aceitação.
Portanto, isso atesta contra os ateus que nos acusam de apelar.
“Apelar” a
autoridades é ser humilde suficiente para creditar a outros a gratidão e o
reconhecimento por seus esforços e trabalho que nos ajudaram a chegar às nossas
conclusões e defesas. É reconhecer que não pensamos tão sozinhos sobre aquele
assunto o quanto imaginávamos e saber que outros também têm a contribuir para o
crescimento de nosso conhecimento. Então, diante do exposto, rejeito esta
acusação.
Carlos Carvalho
12 de fevereiro de 2014
Qualquer
estudante de nível superior sabe das exigências para a apresentação de textos
que necessitam ter, sem exceção, a bibliografia ou referência consultada pelas normas
da ABNT.