quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


ACUSADOS DE “APELO À AUTORIDADE”

Constantemente somos acusados por ateus de “apelo à autoridade” quando nos utilizamos de eminentes figuras científicas teístas ou cristãs para referenciar nossas crenças ou declarações. Mencionar nomes de homens e mulheres que creem em Deus e na Bíblia, que são importantes, estão nas universidades mais prestigiadas do mundo ou suas publicações figuram nas revistas mais proeminentes do planeta é considerado como uma “artimanha” nossa para defender a fé ou o relato bíblico.

Isso para não nos referir a certas declarações de Einstein, Pascal, Newton e centenas de vultos do passado que desposavam crença inabalável em Deus e em Jesus Cristo, além de uma quantidade considerável de atuais cientistas e pensadores reconhecidos em suas áreas de atuação que não hesitam em se declarar cristãos ou teístas. Ao fazermos isso estamos sendo desonestos intelectualmente ou usando argumentos “ad hominem”.

Essa maneira destes tipos referirem-se a nós é altamente falaciosa e reflete uma realidade bem diferente da que almejam passar. Falaciosa, porque, na tentativa de desqualificar nossas declarações ou teses, estão se utilizando de argumentos equivocados e continuamente repetitivos para fazer coro e alarido de vozes no intuito de calar aquilo que lhes é contrário em seus conceitos e cosmovisão. E isto tem outro fator a ser também apresentado e considerado.

Estas acusações demonstram um fato ainda mais complicado: a maioria dos ateus brasileiros não tem curso superior. E porque digo isto? Pelo simples fato de que na Academia somos constantemente ensinados pelos mestres a não escrevermos sem referenciar nossa escrita, ou seja, não podemos escrever artigos, defender teses ou teorias, propor um TCC, mestrado ou doutorado sem que façamos menção de nossa bibliografia. Isso porque na Academia aprendemos que os pensamentos que fluem de nós não são totalmente nossos ou originais.

Necessitamos mencionar quais autoridades, pensadores, pesquisadores ou artigos e livros foram utilizados por nós para compor aquela tese ou defesa e etc., na Academia não somos acusados de “apelo à autoridade”, porque lá somos ensinados exatamente a apelar para as autoridades que vieram antes de nós ou ainda estão entre nós para produzirmos textos que tenham alguma validade ou aceitação. Portanto, isso atesta contra os ateus que nos acusam de apelar.

“Apelar” a autoridades é ser humilde suficiente para creditar a outros a gratidão e o reconhecimento por seus esforços e trabalho que nos ajudaram a chegar às nossas conclusões e defesas. É reconhecer que não pensamos tão sozinhos sobre aquele assunto o quanto imaginávamos e saber que outros também têm a contribuir para o crescimento de nosso conhecimento. Então, diante do exposto, rejeito esta acusação.


Carlos Carvalho
12 de fevereiro de 2014

Nota.[i]



[i] Qualquer estudante de nível superior sabe das exigências para a apresentação de textos que necessitam ter, sem exceção, a bibliografia ou referência consultada pelas normas da ABNT.

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