quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

OArgumento de Leibniz 3


O Argumento de Leibniz 3



Segunda Premissa

Se o universo tem uma explicação para existir essa explicação é Deus.

Os defensores do ateísmo concordam com a segunda premissa E quanto à segunda premissa, que afirma que se explicação para existir essa explicação é Deus? Em termos plausíveis, ela é mais verdadeira ou falsa?

O que mais causa estranheza para os defensores do ateísmo a essa altura é que a segunda premissa é logicamente equivalente à típica resposta ateísta ao argumento de Leibniz. Dois enunciados são logicamente equivalentes se for impossível um deles ser verdadeiro e o outro falso. Ou ambos se sustentam ou ambos caem por terra. Então, o que um ateísta quase sempre diz em resposta ao argumento de Leibniz? Como acabamos de ver, ele tipicamente afirma o seguinte

  1. Se o ateísmo é verdadeiro, o universo não tem uma explicação para existir.

Essa é precisamente a resposta dos ateístas à primeira premissa. Para eles o universo apenas existe de forma inexplicável. Mas isso equivale logicamente a dizer:



  1. Se o universo tem uma explicação para existir, então o ateísmo não é verdadeiro.

Portanto, não se pode afirmar A e negar B.  Mas B é praticamente um sinônimo da segunda premissa! (Compare os dois enunciados). Assim, ao dizer em resposta à primeira premissa que, dado o ateísmo, o universo não tem explicação, os ateístas estão implicitamente admitindo a segunda premissa, ou seja, se o universo tem uma explicação para existir, então Deus existe.

Outro argumento em favor da segunda premissa: “A causa do universo: um objeto abstrato ou uma mente sem corpo físico?”

Além disso, a segunda premissa é muito plausível em seus próprios termos. Pense no que é o universo: toda realidade tempo-espaço, inclusive toda matéria e energia. Segue-se que se o universo tem uma causa de existência, essa causa deve ser um ser não físico, imaterial.

Ora, existem somente duas coisas que se encaixam nessa descrição: um objeto abstrato, como um número, ou uma mente sem corpo físico. Porém, objetos abstratos não podem ser causa de nada. Isso faz parte do que significa ser abstrato. O número 7, por exemplo, não pode causar nenhum efeito. Logo, a causa da existência do universo deve ser uma mente transcendente, e é isso que os cristãos e n t e n d e m por Deus.

Espero que esteja começando a captar a força do argumento de Leibniz. Se bem-sucedido, este argumento prova a existência de um Criador pessoal do universo, um Criador necessário, não causado acima do tempo e do espaço e imaterial. Não estou me referindo a alguma entidade mal concebida, como um ser extraterrestre, mas de um ser ultramundano e que possui as muitas propriedades tradicionais de Deus. Isso é verdadeiramente fascinante!


Alternativa ateísta: “O universo existe necessariamente!”

(Continua...)

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