domingo, 22 de outubro de 2017

DEUS e os ateus



DEUS e os que não creem

O escritor da carta aos hebreus declarou:

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreus 11:6 (NVI)

Quando esta passagem foi escrita não existiam ateus como os conhecemos hoje, e os cristãos é que eram chamados de ateus por serem monoteístas e acreditarem num único Senhor, a saber, Jesus Cristo. Neste texto reside a grande questão da existência e da convicção sobre a sua pessoa. Nesta sentença está o ponto chave para toda a compreensão sobre o Eterno e a relação dos ateus ou incrédulos com Ele.

A Escritura não possui a palavra “ateu”, mas palavras cognatas, como “infiel” e “incrédulo”, possuindo o mesmo significado de ateu: aquele que não tem fé ou o que não acredita. O texto acima nos fornece as bases para nosso entendimento do porquê Deus não se apresenta aos homens e não dá provas contundentes de sua existência, como tanto ouvimos alguns ateus bravejarem contra nós.

Se é fato que Deus só se apresenta àqueles e aquelas que demonstram fé em sua existência, Deus, em sua liberdade, encerrou questão sobre sua existência, circunscrevendo os limites para a “prova final” através do elemento fé. A fé, neste caso, deixa de ser uma mera aceitação daquilo que a inteligência rejeita, mas torna-se a lógica e a razão próprias que subjazem no cerne da “prova”. Não é sem razão que a fé é definida como sendo a “prova” no versículo primeiro do mesmo capítulo do texto acima.

Portanto, assim como Deus não é um ser visível, pois não é dessa classe de existência a qual pertencemos, tampouco um item da matéria que pode ser analisado em laboratório, torna-se um ser inobservável, restando somente que as evidência de sua existência a serem aceitas pelos seres humanos, serão mediante os dois aspectos do pensamento: a observação da natureza criada (Salmo 19:1-4), e pela fé (Hebreus 11:1) que é dada como presente aos que a aceitam.

Os ateus ou os incrédulos jamais verão a Deus, jamais terão provas ou verão as evidências de sua existência, e nem Deus se revelará a eles pelo simples fato que rejeitaram a possibilidade de acreditar. Nenhum ateu, homem ou mulher, terão a condição de verificar as evidências que demonstram a obra de Deus no mundo, a não ser que abandonem a incredulidade. A racionalidade da fé é o único caminho, pois Deus não se vê ou se prova, Deus se relaciona e se experimenta. Ele escolheu e determinou que as coisas fossem assim, não cabe a nós e a nenhum ateu ou incrédulo questionar seu modus operandi. Este é o seu modus tollendo ponens[1].

Carlos Carvalho
12 de outubro de 2017



[1] Modus tollendo ponens. Um silogismo disjuntivo que se caracteriza por uma forma de argumento simples, válido e consiste de uma afirmação lógica e verdadeira.

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