O escritor da carta aos hebreus declarou:
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se
aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreus 11:6
(NVI)
Quando esta passagem foi escrita
não existiam ateus como os conhecemos hoje, e os cristãos é que eram chamados
de ateus por serem monoteístas e acreditarem num único Senhor, a saber, Jesus
Cristo. Neste texto reside a grande questão da existência e da convicção sobre a
sua pessoa. Nesta sentença está o ponto chave para toda a compreensão sobre o
Eterno e a relação dos ateus ou incrédulos com Ele.
A Escritura não possui a palavra
“ateu”, mas palavras cognatas, como “infiel” e “incrédulo”, possuindo o mesmo significado
de ateu: aquele que não tem fé ou o que não acredita. O texto acima nos fornece
as bases para nosso entendimento do porquê Deus não se apresenta aos homens e
não dá provas contundentes de sua existência, como tanto ouvimos alguns ateus
bravejarem contra nós.
Se é fato que Deus só se
apresenta àqueles e aquelas que demonstram fé em sua existência, Deus, em sua
liberdade, encerrou questão sobre sua existência, circunscrevendo os limites
para a “prova final” através do elemento fé. A fé, neste caso, deixa de ser uma
mera aceitação daquilo que a inteligência rejeita, mas torna-se a lógica e a
razão próprias que subjazem no cerne da “prova”. Não é sem razão que a fé é
definida como sendo a “prova” no versículo primeiro do mesmo capítulo do texto
acima.
Portanto, assim como Deus não é
um ser visível, pois não é dessa classe de existência a qual pertencemos,
tampouco um item da matéria que pode ser analisado em laboratório, torna-se um
ser inobservável, restando somente que as evidência de sua existência a serem
aceitas pelos seres humanos, serão mediante os dois aspectos do pensamento: a
observação da natureza criada (Salmo 19:1-4), e pela fé (Hebreus 11:1) que é
dada como presente aos que a aceitam.
Os ateus ou os incrédulos jamais
verão a Deus, jamais terão provas ou verão as evidências de sua existência, e
nem Deus se revelará a eles pelo simples fato que rejeitaram a possibilidade de
acreditar. Nenhum ateu, homem ou mulher, terão a condição de verificar as
evidências que demonstram a obra de Deus no mundo, a não ser que abandonem a
incredulidade. A racionalidade da fé é o único caminho, pois Deus não se vê ou
se prova, Deus se relaciona e se experimenta. Ele escolheu e determinou que as
coisas fossem assim, não cabe a nós e a nenhum ateu ou incrédulo questionar seu
modus operandi. Este é o seu modus tollendo ponens[1].
Carlos Carvalho
12 de outubro de 2017
[1] Modus tollendo ponens. Um
silogismo disjuntivo que se caracteriza por uma forma de argumento simples,
válido e consiste de uma afirmação lógica e verdadeira.
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