domingo, 15 de junho de 2014


“Fora de contexto” – ateus e seu raciocínio.

Recentemente li em algum lugar a crítica de certo ateu à explicação que um cristão lhe deu sobre certa passagem da Bíblia. O ateu não conformado com a expressão “fora de contexto” descreve esse ato como uma desculpa esfarrapada do cristão para quando é confrontado no texto bíblico e não encontra respostas para essa argumentação. Gostaria de tecer algumas linhas sobre isso.

Apenas para termos a noção do tamanho da falta de senso deste dito ateu, vou utilizar uma declaração retirada de outro lugar para demonstrar meu pensamento. “Perdi o dia”, por exemplo – uma expressão usada hoje por todos os que de alguma maneira perdem dinheiro, tempo, trabalho ou se sentem emocionalmente prejudicados pelas ações de outros, no decorrer de um dia – é ótima para nossa conversa.

Podemos escrevê-la em qualquer texto hoje ou dizê-la diante de pessoas e esta frese terá sempre o mesmo significado para a imensa maioria das pessoas no Ocidente. Porém, ao levarmos em consideração o contexto no qual ela foi falada pela primeira vez – e imagina-se que foi assim – essa frase terá um novo e profundo significado para nós hoje.

Suetônio (c.70-140 d.C.), biógrafo de imperadores romanos, nos conta que o imperador Tito (39-81 d.C.) vivia sob o lema de fazer uma boa ação a cada dia e que se esforçava para que ninguém necessitasse retornar a ele em outra audiência para lhe falar sobre o mesmo assunto, porque procurava resolvê-lo sempre com essa ideia em mente. Conta o biógrafo que Tito, numa noite na qual não tinha prestado nenhum benefício a alguém, se dirigiu à mesa e disse:

“Amici, diem perdidi” (Amigos, perdi o dia).

Vejam, o contexto no qual está inserido esta frase é bem diferente dos de hoje, certo? A ideia de hoje é a da perda de algo ou um sentimento negativo em si mesmo e a ideia original é a de um sentimento negativo por não ter feito algo de bom ou algum beneficio por alguém. A pergunta é: o contexto altera ou não a interpretação do texto? A resposta é óbvia: um retumbante, sim! Portanto, o contexto PRECISA ser levado em conta.

Contexto se refere à regra básica de interpretação de qualquer que seja o texto. É preciso fazer ao texto as perguntas mais simples, como quem escreveu? Para quem foi escrito? Em que época? Qual era o sentido mais próximo que a expressão possuía? E assim por diante. Somente ao se compreender corretamente o contexto é que teremos uma ideia clara daquilo que o texto ou o seu autor desejaram nos comunicar.

Mas o que esperar de pessoas que sequer compreendem essas coisas mais simples e básicas? E o pior, desdenham animalescamente daqueles que sabem tratar corretamente os textos. Mais uma vez pergunto: o que seria de uma sociedade governada por gente assim?


C. K. Carvalho
Pesquisador autônomo


Referência:


MORANZA, Ciro. Dicionário de máximas e expressões em latim / Christa Pöppelmann; tradução e adaptação Ciro Moranza. – São Paulo: Editora Escala, 2010. p. 39.

segunda-feira, 9 de junho de 2014


Michel Foucault (1926-1984) – os dois lados da moeda ateísta

O lado conhecido

Filho de médicos, não seguiu a carreira do pai, intessou-se por história e filosofia. Apoiado pela mãe, Anna Malapert, mudou-se para Paris em 1945 foi aluno do filósofo Jean Hyppolite, que lhe apresentou à obra de Hegel.
Em 1946 conseguiu entrar na École Normale. Seu temperamento fechado o fez uma pessoa solitária, agressiva e irônica. Em 1948, após uma tentativa de suicídio, iniciou um tratamento psiquiátrico. Em contato com a psicologia, a psiquiatria e a psicanálise, leu Platão, Hegel, Marx, Nietzsche, Husserl, Heidegger, Freud, Bachelard, Lacan e outros, aprofundando-se em Kant, embora criticasse a noção do sujeito enquanto mediador e referência de todas as coisas, já que, para ele, o homem é produto das práticas discursivas.
Dois anos depois, Foucault se licenciou em Filosofia na Sorbone e no ano seguinte formou-se em psicologia. Em 1950 entrou para o Partido Comunista Francês, mas afastou-se devido a divergências doutrinárias.
No ano de 1952 cursou o Instituto de Psychologie e obteve diploma de Psicologia Patológica. No mesmo ano tornou-se assistente na Universidade de Lille. Foucault lecionou psicologia e filosofia em diversas universidades, na Alemanha, na Suécia, na Tunísia, nos Estados Unidos e em outras. Escreveu para diversos jornais e trabalhou durante muito tempo como psicólogo em hospitais psiquiátricos e prisões.
Viajou o mundo fazendo conferências Várias vezes esteve no Brasil, onde realizou conferências e firmou amizades. Foi no Brasil que pronunciou as importantes conferências sobre "A Verdade e as Formas Jurídicas", na PUC do Rio de Janeiro.
Os Estados Unidos atraíram Foucault em função do apoio à liberdade intelectual e em função de São Francisco, cidade onde Foucault pode vivenciar algumas experiências marcantes em sua vida pessoal no que diz respeito à sua homossexualidade. Berkeley tornou-se um pólo de contato entre Foucault e os Estados Unidos.

O outro lado da moeda

Foucault, em 1975 sentou-se à beira de um precipício. Com dois jovens americanos ao seu lado e com a música Kontakte, de Karlheinz Stockhausen, ao fundo, ele deliberadamente decidiu perder contato com a realidade e entregar-se a sua imaginação, induzida pelo LSD.

Deitado de costas para o chão jogou as mãos para o ar e gritou: “As estrelas estão chovendo sobre mim. O céu explodiu. Eu sei que não é de verdade. Mas é a Verdade”. Foucault cunhou o credo – “É proibido proibir” – na mente de seus alunos.

Rolando abaixo pela ladeira escorregadia do prazer, sem cercas que o protegessem nem o ônus da convicção moral que lhe desacelerasse a queda, ele aos poucos associava até mesmo morte com prazer. “Eu gostaria de morrer, e espero que isso ocorra, de overdose de qualquer tipo de prazer”, dizia.

Ele apostou a vida no jogo da luxúria que jogava: “Morrer pelo amor de garotos [...] o que pode ser mais belo”. Seu estilo de vida de inconsequente despreocupação terminou de modo lamentável, com a degeneração de todas as células de seu ser. Devastado pela AIDS ele se autodestruiu.


C. K. Carvalho
Pesquisador autônomo


Referências

Paul-Michel Foucault. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/paul-michel-foucault.jhtm

ZACHARIAS, Ravi. A morte da razão: uma resposta aos neoateus / Ravi Zacharias; tradução Lenita Ananias do Nascimento. – Editora Vida, 2011. p. 37-38.


terça-feira, 3 de junho de 2014


Jean-Paul Sartre – Declarações comprometedoras para um ateu

Sartre, como as elites intelectuais ateístas sabem, mas ficam constrangidos de reconhecer, acusou em seu leito de morte o ateísmo de ser impossível de ser vivido filosoficamente. Josh McDowell, escritor cristão reconhecido, cita um pouco mais de suas declarações:

‘É suficiente aqui mencionar só uma frase do que Sartre disse na ocasião para avaliar o seu grau de reconhecimento da graça de Deus e da condição de criatura do homem: “Eu não acho que sou produto do acaso, uma partícula de poeira no Universo, mas alguém que foi esperado, preparado e anunciado. Em suma, um ser que somente um Criador poderia ter posto aqui; e essa ideia de uma mão criadora remete a Deus” ‘.

Ravi Zacharias
Carlos Carvalho

Referência:
ZACHARIAS. Ravi. A morte da razão: uma resposta aos neoateus / Ravi Zacharias; tradução Lenita Ananias do Nascimento. – São Paulo: Editora Vida, 2011. p.36.


terça-feira, 20 de maio de 2014



Dr. Marcos Eberlin, Professor da UNICAMP defende o Desing Inteligente

A Unicamp atualmente é a terceira melhor Universidade da América Látina, perdendo apenas para a USP e para o Pontíficia Universidade Católica do Chile, isso é graças ao número de pesquisas científicas que são públicadas a cada ano em conjunto com os intercâmbios criados com outras faculdades.
O Dr. Marcos Eberlin é presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas e membro da Academia Brasileira de Ciências. Professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e autor de mais de 300 artigos científicos com mais de três mil citações. Realizou pós-doutorado na Purdue University, Estados Unidos, e orientou diversos mestres, doutores e pós-doutores. Nesta entrevista concedida ao jornalista Michelson Borges, o Dr. Eberlin procura desfazer alguns mal-entendidos sobre a Teoria do Design Inteligente, que ele defende:

O que é exatamente a teoria do design inteligente (TDI)?

A TDI é uma teoria científica, defendida por uma comunidade crescente de cientistas gabaritados do mundo todo e de várias áreas, e que procura estabelecer metodologia científica robusta capaz de detectar sinais de inteligência na vida e no universo. Através desses métodos, a TDI reinterpreta todo o arsenal de dados riquíssimos e com detalhamento altíssimo disponíveis hoje sobre o funcionamento da vida e do universo. E a partir dessa análise cuidadosa, sem pré-conceitos, desapaixonada e racional, feita dentro de todo o rigor da metodologia científica que rege as ciências históricas, a TDI conclui, procurando seguir os dados aonde quer que eles levem, que esses dados apontam com muita segurança para uma mente inteligente e consciente como a única causa conhecida, necessária e suficiente para a vida e o universo. Ou seja, o design detectado no universo e na vida não é aparente ou ilusório, mas real e inteligente. 

Alguns dizem que a TDI é um tipo de criacionismo. O que o senhor diz?
O criacionismo tem várias vertentes, mas a principal é aquela que assume que um Ser todo-poderoso projetou e criou o universo e a vida. O criacionismo bíblico vai muito mais longe e dá nome e endereço ao Criador; descreve Sua intenção e Seus métodos, e faz muitas outras afirmações que estão muito além da capacidade da Ciência de investigá-las, devido às muitas limitações da metodologia científica. Ou seja, o criacionismo parte de pressuposições filosóficas e teológicas, fecha com essas pressuposições e confere a elas racionalidade quando encontra na natureza e, eventualmente, na Ciência suporte às suas teses.
A TDI, porém, não tem absolutamente nada a ver com teses criacionistas, de qualquer vertente. Nelas não se inspira e não se apoia. A TDI busca, pura e simplesmente, da forma mais honesta possível, escrutinar os dados científicos brutos e interpretá-los corretamente, sem absolutamente nenhum pressuposto, nenhuma predefinição de como ou qual seria a nossa conclusão. Concluímos por uma mente inteligente como causa primeira da vida e do universo pela obrigação que todos os cientistas têm de seguir sempre as evidencias, as informações fornecidas pelas caixas-pretas da vida e do universo, deixando ao máximo nossa subjetividade, naturalista ou teísta, de lado. “Escutamos” o que as moléculas que sustentam a vida têm a nos dizer, o que os “ecos moleculares” ecoam, e nada mais! Os dados, as evidências, as interpretações desapaixonadas, esses são os líderes da TDI, sua regra de prática, sem fé! 
Os dados, felizmente para os criacionistas e infelizmente para os naturalistas, aqueles obtidos de forma independente e despreconceituosa, coincidem com o cerne da visão criacionista. Isso é inquestionável. Por causa dessa coincidência, casual, alguns desinformados e outros mal-intencionados, por não gostarem da consequência da conclusão da TDI, tentam “colar” na TDI o rótulo de religião, para assim poder classificá-la (e não refutá-la) como pseudociência, tentando tirar o mérito da TDI não pela força dos argumentos, mas pela semântica subjetiva e efêmera de uma pseudoclassificação. Mas contra fatos não há pseudoargumentação ou gosto que resista! E o reconhecimento da TDI como teoria científica sólida é hoje crescente e inevitável. 

O biólogo Henrique Paprocki disse recentemente que “o principal problema do Design Inteligente é montar sua teoria em cima de falhas na Teoria da Evolução”. O que você acha dessa declaração?

O Henrique, eu sei, conhece pouco sobre as teses e fundamentos da TDI, e por isso fez essa afirmação equivocada. Mas estou certo de que o que ele viu e ouviu durante o 3º Simpósio Darwinismo Hoje, no Mackenzie, o fará rever sua afirmação. A TDI se baseia em argumentos que, independentemente da existência de teorias concorrentes, apontam para uma mente inteligente como a única causa conhecida, necessária e suficiente da vida e do universo. Ou seja, é pelo nosso conhecimento, hoje muitíssimo amplo, de como a vida e o universo funcionam, que concluímos que a TDI é a melhor teoria sobre nossas origens. Porém, como há uma teoria alternativa, a teoria da evolução, temos por obrigação, e não opção, de examinar a fundo suas teses. E quando essa análise obrigatória é feita, sem o filtro naturalista, vemos claramente não somente falhas, mas sim a absoluta impossibilidade de que a vida e o universo possam ter sido fruto de processos naturais não guiados. Não são lacunas, falhas, mas sim, na realidade, verdadeiros “abismos” nos quais não há explicação convincente. É como dizer que chegamos à Lua pedalando, que lançamos o primeiro astronauta dentro de um barril (e que ele sobreviveu para contar os problemas enfrentados). 
Na evolução química, por exemplo, elo fundamental do modelo evolucionista, percebemos a absoluta impossibilidade, chance zero mesmo, do acaso, da pré-destinação, da pseudo-seleção natural pré-biótica, ou da necessidade, ou qualquer combinação desses fatores, de ter criado o L.U.C.A., a primeira forma de vida, com todos os requisitos necessários para a manutenção e reprodução desse “ser nada rudimentar”. Ou seja, na comparação de duas alternativas, vemos uma coleção enorme de dados seguros e inquestionáveis apontando para a ação de uma mente inteligente e consciente. Por outro lado, vemos uma coleção enorme e crescente de “abismos” de impossibilidades e de uma fé cega na geração espontânea e na elaboração de explicações futuras que simplesmente teimam em não aparecer, enquanto os abismos se avolumam e se expandem. 

Há quem argumente que a seleção natural favorece certos organismos, pois, na presença de antibióticos, as bactérias resistentes tendem a ser favorecidas. O que dizer disso? Isso prova a evolução?

A resistência de bactérias e vírus às drogas tem sido propagada com muito alarde pelos evolucionistas como prova da evolução. “Evolution in action”, dizem, em alta voz! Mas será que o discurso tem correspondido aos fatos? Será que é mais propaganda do que produto? Gato por lebre? A vida tem, sim, a capacidade de se diversificar, ninguém nega isso, este é o ponto que nos une. Mas tudo indica que essa capacidade de diversificação já está programada em nossos genes e outros registros de informação. E quando isso acontece, informação é gasta, diminui. Ou seja, na vida também “não há lanche grátis”! Vírus ou bactérias, quando adquirem resistência às drogas, o fazem à custa de informação, à custa de perda de informação genética. Geralmente desativam proteínas ou os mecanismos pelos quais as drogas os estavam atacando. Estratégia de guerra, e guerra de trincheira! Nenhuma nova proteína, nenhuma síntese “de novo” é produzida. Nenhum novo ciclo, nenhuma nova máquina molecular. A vida é, sim, flexível, adaptável, mas como sabemos, há sempre um preço a ser pago, e a moeda da vida é a informação.

Paprocki também disse que “Design Inteligente é ter fé, é crer. Ciência é evidência”. É assim mesmo?

A TDI é racionalidade pura, e emana do conhecimento e de fatos, de argumentos lógicos, suportados pela matemática, pela física, química, bioquímica e biologia, pela cosmologia, pela Ciência como um todo. Conheço muito bem a TDI, e nunca encontrei na teoria sequer um único vestígio de fé. Nenhum postulado que assuma qualquer princípio que não sejam aqueles sustentados no que conhecemos, em causas necessárias e suficientes para a complexidade irredutível, para a informação aperiódica funcional e para a antevidência genial que observamos em milhares e milhares de exemplos fornecidos pela vida e pelo universo.
A Ciência é evidência, sim, e a TDI é Ciência em sua essência. Mas a ciência naturalista que apoia e defende a evolução cega e não guiada, produto do tempo e mutações refinadas pela seleção natural, e que defende essa tese dentro das amarras do naturalismo filosófico, e com seus pré-conceitos que dizem quais as conclusões a que devemos chegar, esta, sim, precisa ter fé, e muita. Fé no tempo, fé na geração espontânea do L.U.C.A., fé em “lanche grátis”; fé na infusão extraordinária e “repentina” de informação na Explosão Cambriana; fé em que um dia os elos perdidos serão encontrados; fé no “mundo do RNA”; fé que as suas próprias equações matemáticas que mostram a inviabilidade de seus processos estejam elas mesmas erradas; fé que um dia explicações possam surgir, mesmo quando elas simplesmente parecem não existir. Fé, e um tipo de fé muito ruim, do tipo que eu me nego a ter! Fé sem fundamentos firmes; fé sem provas nas explicações que estão por vir.

A química, sua área de estudos, revela o design inteligente?

Muitos usam comparações morfológicas, comparam bicos de passarinhos, ossos, embriões, cores de asas de mariposas. Mas é através da química, em nível molecular, que entendemos mesmo como a vida e o universo funcionam. É através da Química que aprendemos a “língua” das moléculas e podemos assim traduzir corretamente os ecos moleculares, os quais transmitem os segredos de nossa existência. É através da Química que percebemos que a vida não é coisa de amador, não! Vida é coisa de profissional! E profissional gabaritado, especializado! Que orquestrou os diversos códigos e a informação zipada, encriptada e compartimentalizada do DNA, tipo hard-disk. A arquitetura top-down algorítmica da vida, sua lógica estonteante e hiperotimizada. E elaborou o código de especialização celular das histonas, baseado em reações químicas ultrassincronizadas e ajustadas. E elaborou os planos corporais que nem sequer sabemos onde e como estão armazenados.
Li uma vez que a “evolução espera que não saibamos química”. Mas por quê? Porque as moléculas falam e não mentem! E as moléculas da vida transmitem uma informação clara que derruba qualquer discurso fundamentado em oratória ou comparações superficiais, em sínteses alfabéticas de letras mitológicas tipo C → B → A catalisadas por cat1 e cat2. É quando perguntamos quem seriam A e B e os tais cat1 e cat2, que a explicação se desvanece. Porque em nível molecular a evolução simplesmente não fecha as contas, se mostra inviável, e é ao nível molecular que observamos, ainda mais claramente, as assinaturas da mente inteligente e consciente que, como causa primeira, orquestrou a vida e o universo.


fonte: Criacionismo Científico

terça-feira, 13 de maio de 2014


CIÊNCIA

Algumas pessoas, entre aquelas que se declaram ateus, por não conhecerem a semântica e significado da palavra “ciência”, acreditam que este termo apenas se refere a matérias como Biologia, Física, Química, Astronomia e etc., não imaginam que a palavra é muito mais ampla que isso. Vejamos os significados mais comuns para esta palavra:

Conhecimento atento e aprofundado de algo.

Esse conhecimento como informação, noção precisa; consciência.

Conhecimento amplo adquirido via reflexão ou experiência.

Corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.

Atividade, disciplina ou estudo voltado para um ramo do conhecimento.

Conhecimento que, em constante interrogação de seu método, suas origens e seus fins, obedece a princípios válidos e rigorosos, almejando coerência interna e sistematicidade.

Cada um dos inúmeros ramos particulares e específicos do conhecimento, caracterizados por sua natureza empírica, lógica e sistemática, baseada em provas, princípios, argumentações ou demonstrações que garantam ou legitimem a sua validade.

Portanto, todas as áreas do conhecimento são “ciência” e todas desfrutam de importância por serem a coletânea de conhecimentos produzidos pela humanidade. Há basicamente hoje três divisões da ciência: biológicas, humanas e naturais, todas são “ciência”. Nesta classe de ciência inclui-se Teologia, Arqueologia, História, Sociologia,  Psicologia e outras.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo



Referência:
Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 3.0. CD.

segunda-feira, 21 de abril de 2014


VIDA ALÉM DA TERRA

Histórico da busca

A busca de vida inteligente em qualquer lugar do universo começou em 1959. Giuseppi Cocconi e Phillip Morrison, da Universidade de Cornel, propuseram em um artigo publicado que a região microondas do espectro eletromagnético era a melhor forma de comunicação interestelar, pois os sinais nesse espectro podem viajar longas distâncias. Eles presumiram que, provavelmente, os alienígenas usariam a freqüência “universal” para suas transmissões – sua freqüência sugerida de 1420 MHz é ainda hoje a freqüência mais popularmente usada nos projetos do programa SETI. Nessa mesma época, o jovem astrônomo Frank Drake usou a antena West Virginia de 25,90m para a primeira busca de sinais extraterrestres em um projeto chamado “Projeto Ozma”.

1420 MHz é a frequência que corresponde ao comprimento de onda de 21 cm, que é semelhante ao comprimento de onda usada pelos átomos de hidrogênio na emissão periódica de um fóton – Drake argumentou que qualquer extraterrestre que quisesse chamar a atenção se associaria ao átomo mais abundante no universo. O “Projeto Ozma” começou em 8 de abril de 1960. Ele buscou sinais durante um mês nas duas estrelas mais próximas parecidas com o Sol, a Epsilon Eridane e a Tau Ceti.

Mesmo sem resultados, o “Projeto Ozma” se transformou em um modelo para a maioria dos projetos do SETI. Drake posteriormente desenvolveria sua famosa Equação Drake, que tenta fazer um estimado do número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as que poderíamos entrar em contato. Ele também permitiu aos cientistas quantificar a existência de fatores que determinassem o número de civilizações extraterrestres.

Em 1970, a NASA ficou interessada no SETI. Bernard Oliver, um especialista em eletrônica da empresa Hewlett Packard e líder defensor do SETI, que posteriormente se tornaria o chefe do programa da NASA na década de 80, co-desenvolveu o ambicioso “Projeto Cyclops”. O plano precisava de uma floresta de aproximadamente mil antenas de 100 metros, ocupando uma área aproximada de 10 quilômetros de diâmetro, para varrer os céus em busca de sinais extraterrestres. Mas o projeto nunca foi aprovado.

Nos anos posteriores, Oliver também agregou outra frequência de busca – 1.662 kHz, que é a frequência de emissão de outra molécula muito comum, OH ou hidroxilo. O hidrogênio e o hidroxilo se juntam para formar H2O – ou água – o componente básico da vida. Oliver acreditou que a faixa entre 1.662 kHz e 1,420 kHz é capaz de poder detectar sinais extraterrestres. Ele designou essa faixa ao redor da frequência de emissão de hidrogênio como “buraco d’água” (Water Hole) e daí em diante as buscas do SETI se concentraram nesse pequeno grupo de frequências.

Os russos também desenvolveram seu próprio programa SETI, que foi inicialmente moldado do trabalho de Cocconi, Morison e Drake. Contudo, Nicolai Kardashev, do Instituto Sternberg de Moscou, criou uma estrutura para o SETI demonstrando ter mais imaginação que os americanos. Ele propôs a classificação das civilizações em três categorias. As civilizações do tipo I – da qual a Terra faz parte – têm níveis de tecnologia que dominaram a energia vinda da estrela incidente no seu planeta. As do tipo II são capazes de usar toda a energia da sua estrela, e as do tipo III utilizam toda a energia dentro de suas próprias galáxias. Kardashev argumentou que era muito mais prático identificar as civilizações do tipo II e III, ao contrário da proposta dos americanos de buscar somente as do tipo I.

Enquanto as pesquisas do SETI têm sido apenas modestos incidentes, em 1992 a NASA iniciou o maior projeto SETI já realizado. A NASA abraçou um novo caminho: seu Centro de Pesquisa Ames observaria 1.000 estrelas como o Sol, enquanto o Laboratório de Propulsão a Jato conduziria uma busca no céu completo.  O congresso dos Estados Unidos acabou com os fundos destinados para o projeto em pouco mais de um ano, após não ter resultados concretos.

Nova “Descoberta”

Nestes últimos dias mais uma “descoberta” tem alvoroçado o mundo da astronomia, a NASA descobre o primeiro exoplaneta do tamanho da Terra. O Kepler-186f tem o tamanho da Terra e está em órbita ao redor de uma estrela classificada como anã, menor e menos quente do que o sol. É o primeiro planeta fora do Sistema Solar e onde pode existir água em estado líquido, o que o torna habitável. Essa descoberta reforça a possibilidade de encontrar planetas similares à Terra na nossa galáxia, a Via Láctea, segundo uma equipe internacional de astrônomos liderada por um profissional da Nasa.

O exoplaneta, denominado Kepler-186f, foi identificado por pesquisadores da Nasa usando o telescópio Kepler, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica "Science". "A intensidade e o espectro da radiação do Kepler-186f o colocam na zona estelar habitável, implicando que, se ele tiver uma atmosfera como a da Terra, então uma parte de sua água provavelmente está em forma líquida", diz o estudo. O telescópio Kepler permite identificar planetas em sistemas distantes medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam quando passam na frente das estrelas que orbitam, ou seja, o equipamento não "enxerga" o planeta diretamente.

O Kepler-186f, que orbita a estrela anã Kepler-186, fica na constelação do Cisne, a cerca de 500 anos-luz da Terra. Ele é o quinto e mais afastado de um sistema de cinco planetas, todos com tamanho parecido com o da Terra. "É extremamente difícil detectar e confirmar planetas do tamanho da Terra, e agora que encontramos um, queremos encontrar mais", disse em uma teleconferência Elisa Quintana, pesquisadora do Instituto para a Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI).

Excitações e imaginações à parte, mais uma vez estamos na mesma posição de sempre. Usando a mágica das “possibilidades” e das “probabilidades matemáticas”, nossos pesquisadores sonham com suas utopias enquanto descartam a fé e as declarações de verdade das Escrituras bíblicas. Alguns questionam vorazmente nossas crenças como contos de fadas, enquanto usam a ciência como disfarce para seus próprios contos infantis. Uma realidade esmagadora se apresenta até aqui com todos os bilhões de dólares gastos há décadas: não foi encontrada vida como a conhecemos fora da Terra. Isso reforça a verdade bíblica que o planeta e a vida têm propósitos determinados pela criação especial.


Carlos Carvalho


Referências:

A NASA e o programa SETI. Discovery Brasil. Disponível em: http://discoverybrasil.uol.com.br/alienplanet/alternate/alternate_2/index.shtml

Descoberto o 1º exoplaneta do tamanho da Terra em zona habitável.  G1. Em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/04/cientistas-descobrem-1-exoplaneta-habitavel-do-tamanho-da-terra.html
           
"Faremos contato". Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2803201008.htm

Imagem. Ilustração mostra como seria o planeta Kepler-186f (Foto: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech).


domingo, 23 de março de 2014


Médico cristão + ensinamentos bíblicos = muitas vidas salvas

Joseph Lister, (1827-1912), foi um cirurgião e pesquisador inglês. Ele iniciou uma nova era no campo da cirurgia quando demonstrou, em 1865, que o ácido carbólico (fenol) era um efetivo agente antisséptico, o que reduziu o número de mortes por infecções pós-operatórias.

Lister foi o 2º de três filhos de Joseph Jackson Lister, um sucedido enólogo e um cientista amador. Seu pai desenvolveu lentes de microscópio que não distorciam as cores, abrindo caminho para que esse equipamento fosse usado como uma importante ferramenta científica. Com essa contribuição para a ciência, foi conduzido a Membro da Royal Society.

Durante a década de 1860, usando a teoria dos germes de Louis Pasteur, introduziu a antissepsia que viria transformar a prática cirúrgica pela redução da infecção pós-operatória. Em reconhecimento, foi conduzido a Membro da Royal Society (a mesma honra concedida a seu pai) e mais tarde, de 1895 a 1900, foi seu presidente.

Em 1860 utilizou desinfetante para roupas cirúrgicas e em 1867 realizou a primeira cirurgia asséptica. Lister foi presidente da Royal Society entre 1895 e 1900. O Instituto de Medicina Preventiva do Reino Unido, antes conhecido por Edward Jenner teve seu nome trocado em 1899 em homenagem a Lister. Desde então é chamado de The Lister Institute of Preventive Medicine.

Lister é um dos dois cirurgiões do Reino Unido que têm um monumento público em Londres (o outro cirurgião é John Hunter), localizado em Portland Place, Marylebone. Há também uma estátua de Lister em Kelvingrove Park, Glasgow, celebrando sua ligação com a cidade. Porém isso não é tudo. Há uma tendência por parte de alguns acadêmicos de esconder as partes que não lhe agradam da vida de cientistas de renome.

O dr. Lister era uma quacker (nome dado a vários grupos cristãos britânicos) e crente sério das Escrituras bíblicas. Este médico cristão resolveu aplicar aquilo que aprendera de suas leituras bíblicas sobre o lavar as mãos e começou a implementar em seu departamento hospitalar onde trabalhava e introduziu em sua equipe a prática de lavar as mãos entre cada um dos procedimentos médicos. O resultado disso foi uma dramática redução da taxa de mortalidade em seu departamento.

Em muitos hospitais da Europa, no começo do século XX, os médicos saiam de uma sala de autópsia, por exemplo, e iam fazer um parto. A taxa de mortalidade entre as mães parturientes e os recém-nascidos era elevadíssima enquanto essa prática perdurou. Tudo isso mudou depois que esse cristão que cria nos ensinos higiênicos da Bíblia colocou em uso estas simples orientações.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo

Fontes;

Importância do controle de infecção hospitalar em um bloco cirúrgico. UFPB. Pdf. http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/Area6/6CCSDEMCAMT08.pdf

LALONDE, PETER. 301 provas & profecias surpreendentes mostrando que Deus existe / Peter & Paul Lalonde. Porto Alegre: Actual, 1999. p.98.


Imagem. Encontrada em: http://www.consumerreports.org/cro/news/2013/08/6-steps-to-safer-surgery/index.htm

quarta-feira, 19 de março de 2014

ÁGUAS NAS PROFUNDEZAS DO PLANETA

No dia 17 de março (2014), o site da HypeScience reproduziu uma matéria da LiveScience onde o título era exatamente esse: “Há um oceano de água no interior da Terra, conclui estudo com diamante brasileiro”. O título se justifica por causa de um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, onde um diamante encontrado no Brasil confirmou uma antiga teoria: o manto da Terra tem água equivalente aos oceanos da sua superfície. “É a confirmação de que há uma grande quantidade de água presa em uma camada muito distinta no interior do planeta”, disse Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico daquela Universidade.

O diamante contém um pequeno pedaço de um mineral de olivina chamado ringwoodite. Ele se forma apenas sob pressão extrema, como a cerca de 515 km de profundidade no manto da Terra. A maior parte do volume da Terra é manto, a camada de rocha quente entre a crosta e o núcleo. Muito profundo para perfurar, a composição do manto é um mistério fermentado por duas pistas: meteoritos e pedaços de rocha que chegaram a superfície por vulcões. Os cientistas pensam que a composição do manto da Terra é semelhante ao de meteoritos chamados condritos, que são principalmente feitos de olivina. Lava expelida por vulcões às vezes passa pelo manto, trazendo pedaços de minerais que fazem alusão ao calor intenso e a olivina nas entranhas da Terra, assim descreve o artigo.

O ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson sem querer, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial na cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso. O diamante confirmou que os modelos estavam corretos: olivina é ringwoodite a essa profundidade. Além disso, resolveu um longo debate sobre a água na zona de transição do manto. O ringwoodite é feito de 1,5% de água, presente não como líquido, mas como hidróxido de íons (moléculas de oxigênio e hidrogênio ligadas).

Isto significa que os resultados do estudo sugerem que poderia haver um vasto estoque de água na zona de transição do manto, que se estende de 410 a 660 km de profundidade. “Isso se traduz em uma massa muito, muito grande de água, aproximando-se do tipo de massa de água que está presente em todos os oceanos do mundo”, fala Pearson. É excitante ler e descobrir coisas como essas, principalmente quando estamos continuamente procurando provas de muitas das declarações bíblicas. Essa pesquisa provê prova cabal a uma declaração do livro de Gênesis acerca do dilúvio:

No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
Gênesis 7.11

As fontes do grande abismo se referem tanto aos depósitos subterrâneos de água, como a água encontrada nas profundezas do planeta como o estudo sugere. É incrível como que um pouco de pesquisa séria, centrada e imparcial podem nos dar conhecimentos e percepções plenas da verdade sobre a História. Investimentos e patrocínios bem feitos em pesquisas desta natureza são vitais não somente para estabelecer fatos bíblicos, mas também eliminar preconceitos insensatos contra narrativas que, por mais que não possamos ainda saber de todos os fatos minuciosos sobre o evento ou a época, não deixam de ser reais e verdadeiros.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo

Referências:

HypeSience. Há um oceano de água no interior da Terra, conclui estudo com diamante brasileiro. Disponível em:
http://hypescience.com/ha-um-oceano-de-agua-no-interior-da-terra-conclui-estudo-com-diamante-brasileiro/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

CHAMPLIN, Russell Norman, O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo, volume 1 / Russell Norman Champlin. – 2.ed. – São Paulo: Hagnos, 2001.

Imagem. Cena do filme Noé. Trailer oficial - Dublado em português. Paramount Pictures International Paramount Pictures International.  https://www.youtube.com/watch?v=VG34gXdqR-4


sexta-feira, 14 de março de 2014


CINCO GRANDES PERGUNTAS AINDA NÃO RESPONDIDAS

A minha ideia primordial com este texto que foi baseado em outros, como da HypeScience ou da Science Magazine, não é o de criticar ou fomentar a inserção de um “Deus das lacunas” como alguns acusam os religiosos, mormente os cristãos de fazê-lo nestes assuntos. Não creio em um Deus de lacunas, mas em um Deus Criador capaz de sustentar todas as coisas criadas, mesmo que ainda não tenhamos o conhecimento científico adequado para teorizar sobre isso, como em todas as áreas das ciências temos nossas deficiências.
Eis aqui cinco de todas as questões científicas que até o momento não temos respostas adequadas para elas (porque as perguntas são muitas!):

1.      Qual é a natureza da matéria e da energia escuras?

96% do universo é feito de coisas que não sabemos muito bem o que são: aproximadamente 70% é constituído de energia negra, enquanto 26% corresponde à matéria negra (restando somente 4% para  a formação das estrelas, planetas, seres humanos e tudo mais). A matéria e a energia escuras são, de uma maneira geral, soluções propostas para explicar alguns fenômenos gravitacionais e, até onde se sabe, são coisas distintas. O enigma vem do fato de que só sabemos de sua existência por meios indiretos, ao observar seus efeitos sobre o universo e ao tentar deduzir suas propriedades a partir deles.

2.      Estamos sozinhos no universo?

Mais do que entender do que nosso universo é formado, somos obcecados por saber se existe vida além do nosso planeta. Recentemente, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, identificou dois sistemas planetários que podem abrigar vida fora do sistema solar. Dos cinco corpos que orbitam a estrela Kepler-62, que fica a 1.200 anos-luz de distância da Terra, há chances de dois deles terem água líquida na superfície. Mas essa é a só a ponta do iceberg. Dos 1.235 planetas suspeitos até agora, cerca de um terço estão em sistemas multiplanetários solares como o nosso. Mas com toda a tecnologia que dispomos ainda não foi possível confirmar a existência de vida inteligente em outro planeta até aqui.

3.      O que é o tempo?

Estamos tão acostumados com ele, que raramente paramos para refletir sobre o tempo. Afinal, a passagem do tempo é muito clara: ontem foi passado, hoje é o presente e amanhã será futuro. Será tão simples assim? A ideia de que o tempo é uma linha ligando o passado, o presente e o futuro traz um questionamento: seria o tempo uma “direção”? Afinal, nós parecemos estar nos movendo para frente no tempo, mas só podemos ver eventos que já ocorreram. O que acontece é que medimos a passagem do tempo com base no movimento. Temos a impressão de que o tempo está indo para frente, mas podemos muito bem estar andando em círculos. O que é o tempo é uma pergunta ainda longe de ser respondida.

4.      Quais mudanças genéticas nos fizeram diferentes dos outros animais?

Cada geração de antropólogos se propõe a explorar a questão e tentar respondê-la: “O que nos torna humanos?”. O famoso paleontólogo Louis Leakey acreditava que fosse a capacidade de construir ferramentas que nos tornava únicos. Por isso, quando ele descobriu ossos de hominídeos perto de ferramentas de pedra na Tanzânia, em 1960, ele batizou o suposto grupo responsável pelas ferramentas de Homo habilis, o mais antigo membro do gênero humano. No entanto, pouco tempo depois, a primatologista Jane Goodall demonstrou que chimpanzés também usam tipos de ferramentas, e hoje a discussão entre os pesquisadores é se os Homo habilis realmente pertencem ao gênero Homo. E a coisa não para por aí.
As diferenças genéticas reveladas entre humanos e chimpanzés podem ser profundas, apesar de as estatísticas apontarem que apenas cerca de 1,2% do nosso DNA é diferente. Isso porque uma simples mudança de 1% pode afetar milhares de genes – e a diferença percentual se torna muito maior se você contar as inserções e deleções de cada um. Apenas metade dos genes que nos diferenciam dos macacos é que pode definir um chimpanzé, em vez de um ser humano. Como é que podemos saber quais são eles?

5.      É possível unificar as leis da física?

Para Charles Seife, da revista especializada “Science”, o Modelo Padrão da física de partículas é um poema inacabado. “A maioria das peças está lá e, mesmo inacabada, é sem dúvida a obra mais brilhante na literatura da física. Com grande precisão, descreve toda a matéria conhecida, incluindo todas as partículas subatômicas, como quarks e léptons, bem como as forças por meio das quais as partículas interagem umas com as outras”, diz. As forças a que se refere são o eletromagnetismo, que descreve como objetos carregados sentem a influência de outros; a força fraca, que explica como as partículas podem mudar suas identidades; e a força forte, que descreve como quarks se unem para formar prótons e outras partículas compostas.
O problema é que algumas dessas peças que fazem parte do grande quebra-cabeça da física estão faltando – e algumas presentes não se encaixam muito bem. É o caso da gravidade, por exemplo. Essas diferenças, entretanto, podem ser superficiais. O eletromagnetismo e a força fraca parecem muito diferentes entre si. Entretanto, ainda na década de 1960, os físicos mostraram que, em altas temperaturas, essas duas forças se “unificam”.
Torna-se evidente que o eletromagnetismo e a força fraca são realmente a mesma coisa, assim como fica óbvio que o gelo e água em estado líquido são a mesma substância se você aquecê-los juntos. Essa conexão deu aos físicos a esperança de que a força forte também pudesse ser unificada com as outras duas forças, produzindo uma grande teoria – um dos grandes mistérios da física atualmente.
Mantive muitas palavras e explicações como as encontrei em minha leitura por considerar não ser necessário reescreve-las com receio de ser acusado de plágio literário. Mas um texto tão bem claro e límpido não precisa ser reformulado, mas sim reproduzido e passado adiante.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo

Fontes:
HypeScience

Science Magazine

sábado, 8 de março de 2014


A “Evolução” da Criação

Lendo um artigo publicado na Cardiovascular Science Forum, uma das revistas especializadas em publicações de Congressos Científicos, Fóruns e pesquisas da área cirúrgica cardiovascular brasileira, do Prof. Dr. Otoni M. Gomes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), chamou-me a atenção algumas de suas declarações acerca da criação e sua relação com a ciência.

Depois de definir os conceitos de ontogenia e filogenia, ele descreve em breve relato uma parte do estudo do desenvolvimento da circulação sanguínea humana, dando ênfase ao tubo cardíaco e suas semelhanças em outros seres. Encerra essa parte declarando que não seria possível o coração de uma espécie evoluir para outra. O Dr. Otoni assevera que há uma grande contradição científica nas teorias das espécies de transição e as extinções. Ele diz:

“Como afirmar a existência do que nunca pode ser provado, ou seja, das formas de transição, simplesmente alegando que foram extintas, sendo que pela própria teoria das espécies transicionais seriam mais capazes para sobreviverem do que as formas originais?”

Ele também crê que a evolução da criação é absolutamente diferente da evolução da adaptação, pois nenhum animal novo surgiu depois do homem. O doutor afirma que no próprio título do “Origem das Espécies” está constatado um erro básico na evolução como proposta por Darwin, porque as espécies que nos “antecederam” na filogênese estão praticamente todas sobrevivendo e multiplicando-se, desde algas marinhas, o anfioxo, os tubarões, os sapos, répteis, aves, mamíferos, sem falar que existem mais formigas e invertebrados na Terra do que homens. Nossos “ancestrais” estão sobrevivendo igual a quando foram criados e reproduzindo-se mais que nós, humanos.

O Prof. Otoni também faz referência ao primeiro capítulo do livro de Gênesis e crê firmemente que ali está descrito a sequência cientifica de eventos que nos trouxeram até aqui. Ele descreve 12 sequências de eventos que são narradas nos seis dias da criação. Óbvio que para ele os dias não são literais[1], mas apresenta magistralmente os eventos como segue:

1 – A criação do universo físico (espaço, tempo, matéria, energia, galáxias, estrelas, planetas, etc.).
2 – Criação da Via-Láctea.
3 – Criação da atmosfera terrestre de opaca e translúcida.
4 – Formação de um ciclo estável de águas.
5 – Separação entre oceanos e continentes.
6 – Produção de plantas no continente.
7 – Transformação da atmosfera translúcida para transparente, com o sol, a lua e as estrelas ficando visíveis pela primeira vez.
8 – Produção dos animais marinhos pequenos.
9 – Criação dos mamíferos marinhos.
10 – Criação dos pássaros.
11 – Formação dos animais terrestres (selvagens, domésticos e roedores).
12 – Criação da espécie humana (Adão).

O Dr. Otoni exemplifica essas afirmações dizendo que todos os estudos científicos, mais avançados hoje, atestam que na fase de sua formação a poeira cósmica impedia a passagem de qualquer luz para a superfície da terra (em Gênesis “as trevas cobriam o abismo”). Que também se afirma que no princípio, toda a superfície do planeta era coberta pelas águas e larvas vulcânicas (“E o Espírito de Deus pairava sobre as águas”). Num momento seguinte toda a superfície da terra ficou dividida em apenas duas partes: um oceano e um só continente gigantesco – a essa continente a Geologia o chama de Pangea (em Gênesis “Reúnam-se as águas em um só lugar e apareça a terra”). Esse continente persistiu por um tempo único e foi-se dividindo e separando-se até a forma que conhecemos hoje.

O Professor declara que Moisés escreveu com precisão científica todas as fases da vida sobre a Terra e todas as fases da sequência da criação do Universo e da Terra, e muito desse conhecimento só nos foi possível de comprovação nas últimas décadas com poderosos telescópios espaciais. Ele assevera que se não houvesse a interferência da revelação de Deus, seria impossível a Moisés fazer a descrição desses eventos.

Portanto, há muito que pensar, há muito que aprender e não podemos depender de alguns acadêmicos preconceituosos e de mídias vendidas a uma visão equivocada e única do universo e da vida, porque simplesmente rejeitam, sem argumentos sérios, a cosmovisão bíblica.


Carlos Carvalho
Pesquisador

Referência:
A Evolução da Criação. Otoni M. Gomes. Publicado na Cardiovascular Sceince Forum. Jan./Mar. 2009 – vol. 4 – number 1. p.15ss.




[1] Mesmo que alguns estudiosos e teólogos aceitem os dias de Gênesis 1 como dias literais em virtude da palavra  hebraica “yon” referir-se a um dia de 24 horas, é evidente que o tempo estava se organizando em nos primeiros versos de Gênesis e Moisés estava distante dos eventos inicias, conhecendo somente a palavra “yon” para se referir ao tempo naquele momento em que escrevia. O tempo de 24 horas como conhecemos está relacionado ao Sol, à Lua e à rotação da Terra, coisas que ainda estavam em forma embrionária ali.