Os atletas olímpicos são um caso que sempre
fascinou não só os admiradores dos esportes e das conquistas, mas também os
médicos e psicólogos, tanto por sua capacidade de vencer a dor e o cansaço,
quanto por levar o corpo a limites cada vez maiores, e assim alcançar o ouro
olímpico.
Daniel Gould, da Universidade do Estado de
Michigan, EUA, revela para nós alguns pontos-chave que ajudam os atletas a
alcançarem a vitória, pontos que podem ajudar você a conseguir os seus
objetivos também. Vamos então aos sete segredos que ajudam os medalhistas
olímpicos:
1 – Saber até onde se esforçar
A maioria dos atletas olímpicos vem de lares onde o
trabalho duro para obter resultados é bastante valorizado, então é de se
esperar que o esforço e a dedicação faça parte do dia-a-dia deles. Porém,
esforço demais pode ter efeitos contrários.
Os atletas que treinam demais acabam falhando, por
se machucar, não ter uma boa coordenação com a equipe ou simplesmente por
apresentar uma performance inferior, devido ao cansaço. Saber priorizar o
descanso junto com a preparação é um dos segredos do sucesso.
2 – Otimismo
Existem duas formas de ver o mundo, uma é otimista
e a outra é pessimista. A avaliação inicial de uma situação geralmente é bem
realista para ambas as formas de ver o mundo, só que o valor do otimismo é que
os otimistas são mais propensos a procurar soluções para os problemas do que os
pessimistas, por que esses basicamente acreditam que os esforços são inúteis. O
otimismo funciona como uma fonte de motivação para melhorar.
3 – Autoconhecimento
Para que o otimismo seja benéfico, ele tem que ser
balanceado com o autoconhecimento. Quando vocẽ tem um bom autoconhecimento,
isto te ajuda a trabalhar seus erros, conhecer as oportunidades de sucesso e de
falha, e evitar armadilhas comuns, como excesso de treino, perder a
concentração e queimar as energias. Além disso, ajuda a manter o ego não
inflado, sabendo que ninguém é tão bom que não possa errar.
4 – Motivação interna
Existem basicamente dois tipos de motivação, a
interna, que vem do interesse natural da pessoa, por exemplo, e a externa, que
geralmente é a expectativa de um elogio ou compensação financeira. O sucesso
está muito mais ligado a motivações internas do que externas. De fato, quando
você começa a ser pago para fazer o que gosta, então o hobby se torna trabalho,
e quando aquele livro sobre viagens espaciais vira leitura obrigatória, ele
para de nos acompanhar até a cama. Mais ainda, as motivações externas podem
virar uma grande distração.
5 – O tipo saudável de
perfeccionismo
Os psicólogos agora sabem que o perfeccionismo vem
em dois sabores: mal-adaptativo e adaptativo. O adaptativo é considerado um
fator de sucesso, e o perfeccionismo mal-adaptativo é considerado uma
deficiência significativa.
Os perfeccionistas adaptativos são pessoas
conscientes com padrões elevados para si mesmos e, frequentemente, para outros
também. Mas estes padrões não os impedem de levar golpes da vida. Eles tendem a
ter excelentes habilidades de planejamento e organização, o que os ajuda a
lidar com o inesperado.
Os perfeccionistas mal-adaptativos, por outro lado,
estão preocupados com o controle e são assombrados tanto pelos erros passados
como os futuros, e colocam um peso enorme em atender e ultrapassar as
expectativas dos outros. Com esta mentalidade frágil, eles não têm a
flexibilidade necessária para lidar com os imprevistos da vida.
6 – Planos para lidar com as
distrações
Um dos grandes desafios para os atletas olímpicos
são as distrações. Recebem produtos promocionais, solicitações de agentes e da
mídia, pressões da família, tudo isto quando mais precisam se concentrar.
Decidir previamente quais os planos para lidar com
as distrações e percalços e aderir a eles é uma atitude que está bastante
ligada ao sucesso em jogos, e pode ajudar quem está tentando alcançar um
objetivo significativo.
7 – Rotina
Talvez a estratégia mais importante para o sucesso,
especialmente quando se trata de conseguir um objetivo de longo prazo, é ter
uma rotina, e aderir a esta rotina mesmo quando tem que enfrentar um caos.
Uma rotina pode acalmar um atleta no meio do
barulho, distrações e ansiedades inerentes aos jogos, e ajudá-lo a dar o melhor
de si. E isto tanto é verdade, que muitos medalhistas relatam que se sentiram como
se estivessem no modo “automático” durante suas vitórias.
As rotinas podem variar dramaticamente entre tipos
de equipes e personalidades. A consistência pode ser mais importante que os
próprios atos em si.
Mais que qualquer outra coisa, os atletas precisam
ter uma rotina estabelecida e aderir a ela, se refugiar nela, por que os nos
jogos, tudo o mais muda.
Cesar Grossmann Formado em Engenharia Elétrica é funcionário
público, gosta de xadrez e fotografia. Já foi vendedor de picolé, fez
artesanato, foi professor de nformática, e aprendeu a dirigir depois dos 30.
Artigo encontrado no portal Hype Science
Nenhum comentário:
Postar um comentário