terça-feira, 7 de maio de 2013





Sem Conhecimento de Deus

1 Coríntios 15.33,34

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.”

Neste pequeno trecho do penúltimo capítulo da primeira carta de Paulo aos coríntios, ele encerra esta parte dizendo que alguns cristãos daquela comunidade ainda não possuem o conhecimento adequado sobre Deus e isto se tornaria uma vergonha para eles.

Se fizermos o caminho inverso no pequeno texto que escolhi, veremos que essa vergonha se dá por alguns básicos motivos que facilmente podem ser vistos e percebidos na vida e no comportamento daqueles que estão sendo apontados por Paulo como os que carregam essa marca.

Não se iludam, o Cristianismo gerado por Jesus, pregado pelos apóstolos e por Paulo é uma fé que molda e transforma o comportamento dos homens. O Cristianismo é uma religião (não gosto de me referir a ele assim) de conversão (metanóia = mudança de mente, de rota, de atitudes) muito mais que de palavras.

Em nossa fé não há espaços para discursos vãos e palavras ocas de sentido, mas é uma fé de compromisso sério com uma radical mudança na vida porque compreendemos que éramos pecadores em rota direta para o inferno e com comportamentos desagradáveis e reprovados por Deus e, ao nos converter, mudamos nossa rota e comportamento. No texto, então, encontramos os motivos da vergonha:

Primeiro – as más conversações corrompem os bons costumes

Isto é próprio de quando não entendemos a nossa fé em Cristo. Achamos que não há problemas em se manter amizades ímpias com aqueles que afrontam a Deus e a fé em Jesus. Aqui preciso dizer duas coisas: 1) claro que não podemos deixar de nos relacionar com as pessoas, mas essa relação é orientada agora por motivos de evangelização, porque desejamos que eles sejam salvos como nós fomos. 2) igualmente, o amor que temos pelo próximo nos mantém conectados a eles, mas isso não significa que seremos influenciados por eles afim de mudar as regras da santidade de Deus, para nos adaptar a um estilo de vida que abandonamos por conhecer a Deus.

Segundo – falta de sobriedade na vida

O pecado se estabeleceu em nós justamente porque nos faltaram o bom senso e o senso crítico para reconhecer o certo e o errado. Uma pessoa sóbria é exatamente isso, alguém que não está embriagado. Todos sabem os efeitos da embriaguez, falta de direção, sem discernimento do perigo ao qual se expõe e sujeito a todo o tipo de violência de oportunistas, sem controle dos movimentos e a lista aumenta. Paulo nos diz então, que uma pessoa que possui o conhecimento de Deus não anda embriagada na vida como se fosse um bêbado que cambaleia pela rua, mas anda em sobriedade, ou seja, com equilíbrio, com discernimento, com controle de si e, por causa disto, o pecado se torna nulo em sua vida.

Vivemos em constante tensão com o mundo. Ele mudou, mudou seus conceitos, mudou suas relações, mudou seus modelos de família e de comportamentos aceitáveis, mudou e muda constantemente suas regras de conduta como um mutante em contínua transformação, mas sem, contudo, encontrar uma forma adequada para si mesmo. Esta é nossa maior luta espiritual: saber até onde podemos ir em nosso contato com o mundo e seu sistema.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.”
1 Coríntios 10:23

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.”
1 Coríntios 6:12

Carlos Carvalho
Teólogo, Escritor e Pastor Sênior da Comunidade Batista Bíblica Internacional

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