quinta-feira, 20 de junho de 2013


Inteligência & Ateísmo – novos dados

A maioria (que fique bem claro isto) dos que se dizem ateus no Brasil são bem jovens, na faixa etária entre 14 e 35 anos de idade e, por isso, muitos ainda não possuem experiência de vida e não completaram seus estudos. Apenas para ter uma ideia dos números, o Censo do IBGE 2010[1] nos mostra uma realidade interessante.
Pouco mais de 615 mil pessoas se declaram como ateus, num universo de 190 milhões de habitantes, isto representa 3,09% do total. A pesquisa do instituto mostra algo mais claro: entre as pessoas menos alfabetizadas e que não completaram seus estudos, estão os católicos em sua maioria (principalmente os de idade mais avançadas) e os que se declaram ateus e sem religião.
Entre os mais estudados e alfabetizados estão os evangélicos, protestantes e espíritas, um verdadeiro contrassenso pelo fato de que os religiosos são considerados como pessoas exatamente opostas pelos defensores do ateísmo militante. Para esses, os religiosos são ignorantes, sem conhecimento e destituídos de senso crítico.
Que estranho fato o Censo nos mostra, não? Os religiosos que são o alvo dos ateus são mais inteligentes e mais bem formados do que eles. Para certo ateu e evolucionista, esta “Mas a massa sem educação precisa de um Deus para mantê-la fora do crime ou confortá-la na aflição” (Dawkins, 1994)[2]. Como repito em determinados momentos, a grande maioria dos que se dizem ateus são apenas repetidores e multiplicadores de links e vídeos com respostas prontas e argumentos variados mesclados com palavras que aparentam alguma inteligência.
McGrath afirma que esses argumentos são “factoides convenientemente exagerados para alcançar o impacto máximo e fragilmente organizados para sugerir que constituem um argumento” (McGrath, 2007, p. 18).[3] Em verdade, são construídos com essa finalidade. Mas preciso reconhecer duas coisas: de ambos os lados as coisas são semelhantes em certo aspecto.
Assim como do lado ateísta militante existe grande número de indivíduos que são somente reprodutores de links e imagem prontos porque nunca pensaram de fato nos assuntos que defendem, assim também no meio cristão, há um enorme número que pessoas bem intencionadas (até irritadas com o ateísmo) que são também repetidores de respostas prontas, que no geral, não ajudam a defesa da cosmovisão cristã.
Contudo, um fato permanece, se os ateus desejam lutar contra o Cristianismo e contra o criacionismo tentando insinuar que os cristãos e os religiosos não são inteligentes, sem formação acadêmica e sem formação científica, deveriam ir por outro caminho, pois este, já está superlotado de crentes.

Carlos Carvalho




[1] Censo IBGE 2010, já disponível em pdf na rede.
[2] Dawkins, Richard. The “know-nothings”, the “know-alls”, and the “no-contests”, 1994.
[3] McGrath, Alister. O delírio de Dawkins. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.

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