quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

BREVE COMENTÁRIO SOBRE O VOO DE AVES MIGRATÓRIAS


BREVE COMENTÁRIO SOBRE O VOO DE AVES MIGRATÓRIAS

As aves migratórias apresentam uma interessante particularidade aerodinâmica em seu voo migratório – a formação ―em V. Essa formação possibilita a cada ave o aproveitamento do escoamento vertical ascendente do ar provocado pelo bater de asas da ave que está à sua frente, o que lhe possibilita gastar menos energia para voar em formação com as demais aves, em comparação com o que gastaria se estivesse voando sozinha.

O movimento das asas para baixo provoca a formação de um vórtice de corrente. Desta forma, a distribuição das velocidades desse vórtice tem o sentido para baixo sob as asas e para cima nas imediações laterais da asa

Aves em grupo, voando em formação, colocam-se de tal maneira a aproveitar esse escoamento ascendente originado pelo vórtice provocado pela ave à sua frente, para consumir menos energia em seu voo. A economia de energia resultante dessa estratégia, que, em igualdade de condições, permite o grupo percorrer ininterruptamente trajetos muito mais longos do que uma ave sozinha poderia cobrir.

ACASO OU PLANEJAMENTO?

Como cada espécie de ave estabelece o tempo certo para iniciar seu voo migratório?
Como cada espécie de ave escolhe seu destino final ou conhece a sua rota de migração?
Como e com que instrumentação as aves mantêm perfeitamente a sua rota, não obstante a ação de ventos aleatórios ou outros eventos climáticos?
Como cada ave sabe se posicionar em seu devido lugar para seu voo migratório?
Como cada ave sabe qual será o seu consumo específico de energia e o momento exato em que a que se encontra no vértice da formação deva trocar de posição para ser substituída por outra?
Como, para o voo migratório, escolhem elas a sua velocidade de cruzeiro compatível?

A resposta a essas poucas dentre as muitas perguntas que qualquer observador atento faria, certamente aponta para um planejamento inteligente e para a obra de um Criador.


Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; (Jó 12.7)



Fonte:

Boletim. Sociedade Criacionista Brasileira. Ano III, n.31. Janeiro/2015.

sábado, 17 de janeiro de 2015


AS ORIGENS DO UNIVERSO E DA VIDA

"No princípio criou Deus os céus e a terra". Gênesis 1:1

Existem atualmente dois modelos científicos objetivando oferecer uma explicação para a origem do universo e da vida, a saber: o Criacionismo e o Evolucionismo, com os seus respectivos submodelos.

I - Conceitos:
O Criacionismo afirma que, em uma época do passado, o Criador, Inteligência Infinita, Todo Poderoso e Eterno, criou do nada, todas as coisas, com planejamento, finalidade e ordem, na complexidade universal. Quanto aos seres vivos, há variantes procedentes dos seres básicos criados, ou seja, a formação de subespécies entre os tipos originais.

Entretanto, não ocorrem transformações dentro das espécies básicas, para formarem outra espécie diferente. Exemplificando: O cão pastor alemão e o pequinês. Apesar das diferenças entre ambos, continuam sendo cães (Canis), não se transformam em leões, por exemplo. A Genética confirma este postulado criacionista.

O zoólogo Richard Lewontin assevera que os organismos "parecem ter sido projetados de forma cuidadosa e engenhosa". Por isto, “ele os considera a principal evidência de um Projetista Supremo”.

O Evolucionismo declara que tudo surgiu por acaso, mediante processos evolutivos ocorridos sem a intervenção de qualquer Deus ou força externa. Não há qualquer finalidade dirigida. No que tange à evolução orgânica, em resumo, "significa que a vida progrediu de organismos unicelulares para seu estado mais elevado, o ser humano, por meio de uma série de transformações biológicas, ocorridas durante milhões de anos”. A teoria sintética pode ser resumida em mutações e seleção natural.

II - A origem dos seres vivos:
Na predição do modelo criacionista, já referido, a vida foi criada pelo Criador, ao passo que, na predição evolucionista ela evoluiu da matéria inanimada pela evolução química fortuita.

a) Geração espontânea química
Convém analisar essa evolução química fortuita para saber se tem fundamento sólido científico, ou se não passa de uma mera hipótese. Louis Pasteur, famoso cientista, já demonstrou a impossibilidade da geração espontânea. Entretanto, a maioria dos evolucionistas, tenta escapar da referida demonstração, alegando a geração espontânea química, que nada mais é do que uma explicação ateísta da origem da vida. Segundo esta, a primeira célula da vida teria surgido de substâncias inorgânicas, por processos chamados de evolução bioquímica.

Teve como ardorosos defensores o bioquímico russo A. I. Oparin, seguido de outros como S. Miller, S. Fox, etc. Suas experiências de laboratório resultaram na obtenção de coacervados e/ou aminoácidos, os quais, segundo aqueles cientistas, poderiam ter dado origem aos primeiros organismos vivos simples.


Entretanto é fundamental para o bom êxito de tais experiências, que sejam realizadas em atmosfera redutora (sem oxigênio livre), ao invés de oxidante (contendo oxigênio livre). O próprio S. Miller reconheceu que: “A síntese dos compostos de interesse biológico, só ocorre sob redução (ausência de oxigênio livre na atmosfera)”.

Mesmo supondo-se que a atmosfera da terra primitiva fosse redutora, como assim pretende o Evolucionismo, tal hipótese teria que superar a barreira dos raios cósmicos e também a da impossibilidade química. O Evolucionismo se vê confrontado com o seguinte dilema apresentado por Hitching: "Havendo oxigênio no ar, o primeiro aminoácido jamais teria começado. Sem oxigênio, ele teria sido extirpado pelos raios cósmicos".

b) Objeções químicas à geração espontânea
O Dr. Duane Gish, cientista geoquímico, refutou as hipóteses da geração espontânea química, conforme se percebe no seguinte trecho de sua autoria (A Challenge to Education 2 B – p. 52):

“Não há evidência real de que a Terra houvesse tido uma atmosfera redutora e a evidência geoquímica não dá indicação de que a Terra tivesse uma atmosfera diferente da que tem hoje em dia. A maior parte dos geólogos acredita que a atmosfera primitiva da Terra proveio de desprendimento de gases do seu interior. Mas os gases que saem dos vulcões consistem, na maior parte, de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), mais algum monóxido de carbono (CO), nitrogênio (N2), dióxido de enxofre (SO2), e cloreto de hidrogênio (HCl). Se a atmosfera primitiva da Terra assim postulada veio da emanação de gases, ela, portanto, teria sido oxidante, ao invés de redutora, uma vez que os mencionados gases são oxidantes e não redutores.

 

Além disso, há boa evidência de que grandes quantidades de oxigênio geradas pela decomposição fotolítica da água na atmosfera superior, pela luz ultravioleta, teria se acumulado, bem cedo na história da hipotética Terra primitiva. O hidrogênio gerado por esse processo, sendo o mais leve elemento conhecido, rapidamente escapa da atmosfera da Terra, mas o oxigênio, que é 16 vezes mais pesado que o hidrogênio, não pode escapar e assim, acumula-se. Consequentemente, a atmosfera da Terra teria sido oxidante desde os tempos mais primitivos e a origem da vida por meios puramente naturalísticos, teria sido, portanto, impossível."




Assim, descartada cientificamente a hipótese evolucionista ateísta supracitada de Oparin e outros, só resta ao observador imparcial aceitar os postulados do Criacionismo, que apresenta a Inteligência Infinita, o Planejador e Criador de todas as coisas, inclusive a maravilha da natureza que é o homem criado à imagem e semelhança de Deus.

Dr. Antônio Pessoa Leite

Referência:

LEITE, Antônio Pessoa. As Origens do Universo e da Vida. Boletim Sociedade Criacionista Brasileira. Ano III, n.24. Junho/2014, p.3ss.