terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Cristianismo: Uma síntese histórica dos fundamentos da civilização ociidental

O CRISTIANISMO

Uma síntese histórica dos fundamentos da civilização ocidental


“Somente o Cristianismo é o fundamento máximo da liberdade, da consciência, dos direitos humanos e da democracia, os referenciais da civilização ocidental. Continuamos a nos nutrir desta fonte.”
Jürgen Habermas

A civilização ocidental foi edificada pelo Cristianismo. O problema não é que nossos jovens sabem muito sobre o Cristianismo, mas que eles sabem muito pouco. O Ocidente foi construído sobre dois pilares: Atenas e Jerusalém, das duas a mais importante é Jerusalém. A Atenas que conhecemos e amamos não é a que realmente era, mas sim, a Atenas vista pelos olhos de Jerusalém.

Alguns acusam – como Edward Gibbon – que o Cristianismo substituiu a civilização clássica greco-romana pelo barbarismo religioso. Porém, não foram os cristãos que destruíram a civilização romana, foram os hunos, os godos, os vândalos e os visigodos que fizeram isso. Com o passar do tempo, o Cristianismo converteu e civilizou esses povos rudes.

O Cristianismo é responsável pelo modo de vida e pela organização de nossa sociedade. Até as muitas grandes obras das artes, como a capela Sistina, a Pietà de Michelangelo, a Última Ceia de da Vinci, o Cristo em Emaús ou Simeão no templo de Rembrandt, os murais espetaculares em Veneza de Veronese, Titian e Tintoretto, o Messias de Handel, o Réquiem de Mozart e a composição de Bach. O que dizer das catedrais góticas feitas com pedra e vidro, e as produções de Dante e Shakespeare. As grandes obras destes homens não teriam existido sem o Cristianismo.

“Se o Cristianismo não tivesse nascido do Judaísmo, é possível eu ainda estivéssemos vivendo na Era das Trevas.”
Rodney Stark

“É possível que nenhum de nós fosse o que é hoje se um punhado de judeus há quase dois mil anos atrás não tivesse acreditado que haviam conhecido um grande mestre, que o haviam visto crucificado, morto e enterrado, e depois ressuscitado.”
J. M. Roberts

Não dá para imaginar nem nossos maiores céticos e ateus – como Voltaire e Nietzsche – sem o Cristianismo (Voltaire foi educado por jesuítas; o pai de Nietzsche era pastor e o título de sua autobiografia, Ecce Homo, é uma referência ao que Pilatos disse sobre Cristo: “Eis o homem”).

Mesmo a palavra “secular” – tão celebrada hoje em dia – é um termo cristão. Era usado para o catolicismo se referir ao modelo de vida dos sacerdotes em relação à sociedade. Havia os que se uniam a uma ordem “religiosa” e os que vivam na paróquia entre as pessoas comuns, e eram chamados de “secular”. O secularismo é uma invenção do Cristianismo e os valores seculares são seus produtos, mesmo que tenham sido separados de sua fonte original.

Portanto, os jovens ateus, céticos e secularistas deveriam ter mais respeito pelo Cristianismo e honrar suas origens e pressupostos, mesmo que não se convertam à nossa crença.


C. K. Carvalho
Pesquisador autônomo, Teólogo e Cientista Social

Fonte:

D’Souza, Dinesh. A verdade sobre o Cristianismo. Thomas Nelson Brasil: Rio de Janeiro, 2008. Do capítulo 5: Dêem a César: A base espiritual do governo limitado. p.61-75.


Imagem: O Cristo em Emaús de Rembrandt.

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