O CRISTIANISMO
Uma síntese histórica dos fundamentos
da civilização ocidental
“Somente o Cristianismo é o
fundamento máximo da liberdade, da consciência, dos direitos humanos e da
democracia, os referenciais da civilização ocidental. Continuamos a nos nutrir
desta fonte.”
Jürgen Habermas
A civilização ocidental foi
edificada pelo Cristianismo. O problema não é que nossos jovens sabem muito
sobre o Cristianismo, mas que eles sabem muito pouco. O Ocidente foi construído
sobre dois pilares: Atenas e Jerusalém, das duas a mais importante é Jerusalém.
A Atenas que conhecemos e amamos não é a que realmente era, mas sim, a Atenas
vista pelos olhos de Jerusalém.
Alguns acusam – como Edward
Gibbon – que o Cristianismo substituiu a civilização clássica greco-romana pelo
barbarismo religioso. Porém, não foram os cristãos que destruíram a civilização
romana, foram os hunos, os godos, os vândalos e os visigodos que fizeram isso. Com
o passar do tempo, o Cristianismo converteu e civilizou esses povos rudes.
O Cristianismo é responsável pelo
modo de vida e pela organização de nossa sociedade. Até as muitas grandes obras
das artes, como a capela Sistina, a Pietà
de Michelangelo, a Última Ceia de da
Vinci, o Cristo em Emaús ou Simeão no templo de Rembrandt, os murais
espetaculares em Veneza de Veronese, Titian e Tintoretto, o Messias de Handel, o Réquiem de Mozart e a composição de
Bach. O que dizer das catedrais góticas feitas com pedra e vidro, e as
produções de Dante e Shakespeare. As grandes obras destes homens não teriam
existido sem o Cristianismo.
“Se o Cristianismo não tivesse
nascido do Judaísmo, é possível eu ainda estivéssemos vivendo na Era das
Trevas.”
Rodney Stark
“É possível que nenhum de nós
fosse o que é hoje se um punhado de judeus há quase dois mil anos atrás não tivesse
acreditado que haviam conhecido um grande mestre, que o haviam visto
crucificado, morto e enterrado, e depois ressuscitado.”
J. M. Roberts
Não dá para imaginar nem nossos
maiores céticos e ateus – como Voltaire e Nietzsche – sem o Cristianismo
(Voltaire foi educado por jesuítas; o pai de Nietzsche era pastor e o título de
sua autobiografia, Ecce Homo, é uma
referência ao que Pilatos disse sobre Cristo: “Eis o homem”).
Mesmo a palavra “secular” – tão celebrada
hoje em dia – é um termo cristão. Era usado para o catolicismo se referir ao
modelo de vida dos sacerdotes em relação à sociedade. Havia os que se uniam a
uma ordem “religiosa” e os que vivam na paróquia entre as pessoas comuns, e
eram chamados de “secular”. O secularismo é uma invenção do Cristianismo e os
valores seculares são seus produtos, mesmo que tenham sido separados de sua
fonte original.
Portanto, os jovens ateus,
céticos e secularistas deveriam ter mais respeito pelo Cristianismo e honrar suas
origens e pressupostos, mesmo que não se convertam à nossa crença.
C. K. Carvalho
Pesquisador autônomo, Teólogo e Cientista Social
Fonte:
D’Souza, Dinesh. A
verdade sobre o Cristianismo. Thomas Nelson Brasil: Rio de Janeiro, 2008. Do
capítulo 5: Dêem a César: A base espiritual do governo limitado. p.61-75.
Imagem: O Cristo em
Emaús de Rembrandt.
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