domingo, 13 de setembro de 2015

O Homo naledi e a "evolução" humana


O HOMO NALEDI e a evolução humana

Eis a matéria em quase sua totalidade na National Geographic:


Homo naledi: nova espécie de hominídeo é descoberta na África do Sul
Fósseis descobertos em uma caverna na África do Sul reacendem o debate sobre a evolução dos seres humanos
A descoberta de uma nova espécie de hominídeo, Homo naledi, foi anunciada dia10 de setembro pela Universidade Witwatersrand (Wits University), National Geographic Society e South African Department of Science and Technology/ National Research Foundation (DST/NRF). Os fósseis abrem uma nova discussão sobre a evolução dos seres humanos (Homo sapiens).
Composta por mais de 1.550 elementos fósseis, é a maior descoberta de ossadas de hominídeos feita na África. Eles foram encontrados na caverna Rising Star (estrela ascendente), 50 km a nordeste de Johanesburgo, África do Sul, e, aparentemente, foram colocados intencionalmente em uma câmara – comportamento que se pensava ser exclusivo do Homo sapiens. Até agora, ossos de 15 indivíduos foram exumados.
"Com quase todos os ossos do corpo representado várias vezes, Homo naledi é praticamente o membro fóssil mais conhecido de nossa linhagem", disse Lee Berger, professor e pesquisador no Instituto de Estudos Evolutivos da Universidade de Witwatersrand e explorador residente de National Geographic, que liderou as duas expedições que descobriram e recuperaram os fósseis.
A espécie foi batizada em homenagem ao local onde os fósseis foram encontrados. "naledi" significa estrela, em língua sotho, e Homo é o mesmo gênero ao qual pertencem os humanos modernos. "No geral, o Homo naledi parece com um dos membros mais primitivos do nosso gênero, mas também tem algumas características surpreendentemente semelhantes a humanos, suficiente para colocá-lo no gênero Homo", disse John Hawks, da Universidade de Wisconsin-Madison, EUA, um dos autores do artigo que descreve a nova espécie.
O hominídeo tinha um cérebro pequeno, aproximadamente 500 centímetros cúbicos (do tamanho de uma laranja), um corpo esguio, media 1,5 metros de altura e pesava 45 quilos em média. Os dentes são semelhantes aos dos membros mais antigos do género, tais como o Homo habilis, assim como a maioria das características do crânio. Os ombros, no entanto, são mais semelhantes aos dos macacos. "As mãos sugerem capacidade de uso de ferramentas", disse Tracy Kivell da Universidade de Kent, Reino Unido, que fez parte da equipe que estudou este aspecto da anatomia de H. naledi. "Surpreendentemente, H. naledi tem dedos extremamente curvos, mais curvos do que qualquer outra espécie de hominídeo ancestral, o que demonstra claramente habilidades para escalada."
Essa característica contrasta com os pés, que são "virtualmente indistinguíveis dos humanos modernos", disse o Dr. William Harcourt-Smith, da Lehman College, Universidade da Cidade de Nova York, e do Museu Americano de História Natural, que liderou o estudo dos pés de H. naledi. Seus pés, combinados com suas longas pernas, sugerem que a espécie era bem adaptada para caminhadas de longa distância. "A combinação de características anatômicas em H. naledi o distingue de qualquer espécie previamente conhecida", acrescentou Berger.
A idade dos fósseis ainda não foi descoberta, mas é possível que essas criaturas tenham vivido a cerca de 3 milhões de anos atrás e sejam o primeiro grupo do gênero Homo que andou pela Terra. Eles fariam uma ponte entre primatas bípedes mais primitivos e os seres humanos. Com uma mistura de características modernas e primitivas o Homo naledi pode fazer os cientistas repensarem a história da evolução humana.

Homo naledi
Esta é a maneira imaginativa a partir de uma cosmovisão evolutiva que SERIA (porque jamais saberemos) o rosto do Homo naledi.




Estes são os ossos de Homo naledi recolhidos por pesquisadores na caverna Rising Star, na África do Sul - Foto: Robert Clark/National Geographic, Lee Berger/University of the Witwatersrand, que foram a fonte da imagem criada para representá-lo.





Observe friamente e tire suas conclusões!


C. K. Carvalho

Pesquisador autônomo

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