Nasceu na ilha de Creta, por volta do séc. VI a.C., foi filósofo, profeta e poeta grego. Diz-se que esteve em Atenas no tempo de Sólon, onde os achados históricos, conforme descrito por Diógenes Laertius, lhe atribui ter limpado a cidade de uma praga que a assolava. Diz-se também que já visitara a cidade dez anos antes das guerras com os persas, sendo que as duas visitas estão separadas por mais de cem anos. Todavia, várias autoridades relataram que ele viveu entre 154 e 299 anos.
Algumas teorias infundadas sobre Epimênides alegava que ele podia "viajar fora do seu corpo" e que vivera outras vidas anteriores. Um episódio insólito sobre ele seria o de ter adormecido no interior de uma caverna, lá permanecendo por cerca de 57 anos.
Dito como "homem estranho" pelo seu povo, Edpimênides era um dos poucos da sua época e região que criam em apenas um Deus. Conta-se que Epimênides foi convocado de Knossos, na ilha de Creta, para Atenas, quando os habitantes da cidade enfrentavam uma terrível peste. Nenhum dos deuses de Atenas tinha sido capaz de livrá-los dessa praga e o oráculo de Delfos indicava a existência de um Deus que não estava sendo agradado pelos atenienses. Epimênides sabia como agradar a esse Deus "ofendido e desconhecido". Quando chegou a Atenas, soltou um rebanho de ovelhas no Areópago, orientando a população a erguer um altar "ao Deus desconhecido" no local onde elas parassem para repousar. Vários altares foram construídos e a praga cessou.
Segundo Pausanias, quando Epiménides morreu, sua pele ficou ao descoberto, e se deram conta que estava tatuada com umas figuras estranhas parecidas a escrituras. Isto criou discórdia sobre seu estatus de profeta, porque os gregos reservavam os tatuajes unicamente para os escravos. Hoje em dia alguns eruditos modernos têm visto isto como evidência de que Epiménides era herdeiro das religiões chamánicas da Ásia central, devido a que o ritual do tatuaje se associa com freqüência à iniciación do chamán destas religiões.
Epimênides dizia que todos os Cretenses são mentirosos,citado na epistola de Paulo à Tito(Tito 1:12). A representação dos cretenses como enganadores e mentirosos pode ter surgido da pretensão deles de terem em sua ilha o túmulo de Zeus. Mas a reputação dos cretenses de serem mentirosos a fim de lograr fins egoístas (o contexto do vs 11) era tão amplamente difundida que origem ao substantivo “cretismo”, que quer dizer “conduta cretense” ou “falar como cretense”, significando: “dizer a mentira”, “enganar”.
A expressão “bestas ruins”, demonstra o caráter selvagem e cruel dos cretenses dos dias de Epimênides e dos dias de Paulo e Tito. Costumavam arredar todos de seu caminho para obterem vantagem pessoal.
“Ventres inativos”, estigmatiza os cretenses como glutões, indolentes e ávidos por sexo. Os cretenses, pois, são falsos, egoístas e amantes dos prazeres.
Essa afirmação resulta também num dos mais famosos paradoxos,“todos os cretenses são mentirosos”. Como a afirmação foi feita pelo próprio Epimênides, que era cretense, constitui-se em um paradoxo: se a afirmação é correta, Epimênides, por ser cretense, está mentindo; se Epimênides está mentindo, a afirmação, entretanto, deveria ser falsa.
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