A “Evolução” da Criação
Lendo um
artigo publicado na Cardiovascular Science Forum, uma das revistas
especializadas em publicações de Congressos Científicos, Fóruns e pesquisas da
área cirúrgica cardiovascular brasileira, do Prof. Dr. Otoni M. Gomes da UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais), chamou-me a atenção algumas de suas
declarações acerca da criação e sua relação com a ciência.
Depois de
definir os conceitos de ontogenia e filogenia, ele descreve em breve relato uma
parte do estudo do desenvolvimento da circulação sanguínea humana, dando ênfase
ao tubo cardíaco e suas semelhanças em outros seres. Encerra essa parte
declarando que não seria possível o coração de uma espécie evoluir para outra.
O Dr. Otoni assevera que há uma grande contradição científica nas teorias das
espécies de transição e as extinções. Ele diz:
“Como afirmar a
existência do que nunca pode ser provado, ou seja, das formas de transição,
simplesmente alegando que foram extintas, sendo que pela própria teoria das
espécies transicionais seriam mais capazes para sobreviverem do que as formas
originais?”
Ele também crê
que a evolução da criação é absolutamente diferente da evolução da adaptação,
pois nenhum animal novo surgiu depois do homem. O doutor afirma que no próprio título
do “Origem das Espécies” está constatado um erro básico na evolução como
proposta por Darwin, porque as espécies que nos “antecederam” na filogênese
estão praticamente todas sobrevivendo e multiplicando-se, desde algas marinhas,
o anfioxo, os tubarões, os sapos, répteis, aves, mamíferos, sem falar que
existem mais formigas e invertebrados na Terra do que homens. Nossos
“ancestrais” estão sobrevivendo igual a quando foram criados e reproduzindo-se
mais que nós, humanos.
O Prof. Otoni também
faz referência ao primeiro capítulo do livro de Gênesis e crê firmemente que
ali está descrito a sequência cientifica de eventos que nos trouxeram até aqui.
Ele descreve 12 sequências de eventos que são narradas nos seis dias da
criação. Óbvio que para ele os dias não são literais[1],
mas apresenta magistralmente os eventos como segue:
1 – A criação
do universo físico (espaço, tempo, matéria, energia, galáxias, estrelas,
planetas, etc.).
2 – Criação da
Via-Láctea.
3 – Criação da
atmosfera terrestre de opaca e translúcida.
4 – Formação de
um ciclo estável de águas.
5 – Separação
entre oceanos e continentes.
6 – Produção de
plantas no continente.
7 –
Transformação da atmosfera translúcida para transparente, com o sol, a lua e as
estrelas ficando visíveis pela primeira vez.
8 – Produção
dos animais marinhos pequenos.
9 – Criação dos
mamíferos marinhos.
10 – Criação
dos pássaros.
11 – Formação
dos animais terrestres (selvagens, domésticos e roedores).
12 – Criação da
espécie humana (Adão).
O Dr. Otoni
exemplifica essas afirmações dizendo que todos os estudos científicos, mais
avançados hoje, atestam que na fase de sua formação a poeira cósmica impedia a
passagem de qualquer luz para a superfície da terra (em Gênesis “as trevas
cobriam o abismo”). Que também se afirma que no princípio, toda a superfície do
planeta era coberta pelas águas e larvas vulcânicas (“E o Espírito de Deus
pairava sobre as águas”). Num momento seguinte toda a superfície da terra ficou
dividida em apenas duas partes: um oceano e um só continente gigantesco – a
essa continente a Geologia o chama de Pangea (em Gênesis “Reúnam-se as águas em
um só lugar e apareça a terra”). Esse continente persistiu por um tempo único e
foi-se dividindo e separando-se até a forma que conhecemos hoje.
O Professor declara que Moisés escreveu com precisão científica todas as fases da vida
sobre a Terra e todas as fases da sequência da criação do Universo e da Terra,
e muito desse conhecimento só nos foi possível de comprovação nas últimas décadas
com poderosos telescópios espaciais. Ele assevera que se não houvesse a
interferência da revelação de Deus, seria impossível a Moisés fazer a descrição
desses eventos.
Portanto, há
muito que pensar, há muito que aprender e não podemos depender de alguns
acadêmicos preconceituosos e de mídias vendidas a uma visão equivocada e única
do universo e da vida, porque simplesmente rejeitam, sem argumentos sérios, a
cosmovisão bíblica.
Carlos Carvalho
Pesquisador
Referência:
A Evolução da Criação. Otoni M. Gomes. Publicado na Cardiovascular
Sceince Forum. Jan./Mar. 2009 – vol. 4 – number 1. p.15ss.
[1] Mesmo
que alguns estudiosos e teólogos aceitem os dias de Gênesis 1 como dias
literais em virtude da palavra hebraica
“yon” referir-se a um dia de 24 horas, é evidente que o tempo estava se
organizando em nos primeiros versos de Gênesis e Moisés estava distante dos
eventos inicias, conhecendo somente a palavra “yon” para se referir ao tempo naquele
momento em que escrevia. O tempo de 24 horas como conhecemos está relacionado
ao Sol, à Lua e à rotação da Terra, coisas que ainda estavam em forma
embrionária ali.
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