sexta-feira, 14 de março de 2014


CINCO GRANDES PERGUNTAS AINDA NÃO RESPONDIDAS

A minha ideia primordial com este texto que foi baseado em outros, como da HypeScience ou da Science Magazine, não é o de criticar ou fomentar a inserção de um “Deus das lacunas” como alguns acusam os religiosos, mormente os cristãos de fazê-lo nestes assuntos. Não creio em um Deus de lacunas, mas em um Deus Criador capaz de sustentar todas as coisas criadas, mesmo que ainda não tenhamos o conhecimento científico adequado para teorizar sobre isso, como em todas as áreas das ciências temos nossas deficiências.
Eis aqui cinco de todas as questões científicas que até o momento não temos respostas adequadas para elas (porque as perguntas são muitas!):

1.      Qual é a natureza da matéria e da energia escuras?

96% do universo é feito de coisas que não sabemos muito bem o que são: aproximadamente 70% é constituído de energia negra, enquanto 26% corresponde à matéria negra (restando somente 4% para  a formação das estrelas, planetas, seres humanos e tudo mais). A matéria e a energia escuras são, de uma maneira geral, soluções propostas para explicar alguns fenômenos gravitacionais e, até onde se sabe, são coisas distintas. O enigma vem do fato de que só sabemos de sua existência por meios indiretos, ao observar seus efeitos sobre o universo e ao tentar deduzir suas propriedades a partir deles.

2.      Estamos sozinhos no universo?

Mais do que entender do que nosso universo é formado, somos obcecados por saber se existe vida além do nosso planeta. Recentemente, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, identificou dois sistemas planetários que podem abrigar vida fora do sistema solar. Dos cinco corpos que orbitam a estrela Kepler-62, que fica a 1.200 anos-luz de distância da Terra, há chances de dois deles terem água líquida na superfície. Mas essa é a só a ponta do iceberg. Dos 1.235 planetas suspeitos até agora, cerca de um terço estão em sistemas multiplanetários solares como o nosso. Mas com toda a tecnologia que dispomos ainda não foi possível confirmar a existência de vida inteligente em outro planeta até aqui.

3.      O que é o tempo?

Estamos tão acostumados com ele, que raramente paramos para refletir sobre o tempo. Afinal, a passagem do tempo é muito clara: ontem foi passado, hoje é o presente e amanhã será futuro. Será tão simples assim? A ideia de que o tempo é uma linha ligando o passado, o presente e o futuro traz um questionamento: seria o tempo uma “direção”? Afinal, nós parecemos estar nos movendo para frente no tempo, mas só podemos ver eventos que já ocorreram. O que acontece é que medimos a passagem do tempo com base no movimento. Temos a impressão de que o tempo está indo para frente, mas podemos muito bem estar andando em círculos. O que é o tempo é uma pergunta ainda longe de ser respondida.

4.      Quais mudanças genéticas nos fizeram diferentes dos outros animais?

Cada geração de antropólogos se propõe a explorar a questão e tentar respondê-la: “O que nos torna humanos?”. O famoso paleontólogo Louis Leakey acreditava que fosse a capacidade de construir ferramentas que nos tornava únicos. Por isso, quando ele descobriu ossos de hominídeos perto de ferramentas de pedra na Tanzânia, em 1960, ele batizou o suposto grupo responsável pelas ferramentas de Homo habilis, o mais antigo membro do gênero humano. No entanto, pouco tempo depois, a primatologista Jane Goodall demonstrou que chimpanzés também usam tipos de ferramentas, e hoje a discussão entre os pesquisadores é se os Homo habilis realmente pertencem ao gênero Homo. E a coisa não para por aí.
As diferenças genéticas reveladas entre humanos e chimpanzés podem ser profundas, apesar de as estatísticas apontarem que apenas cerca de 1,2% do nosso DNA é diferente. Isso porque uma simples mudança de 1% pode afetar milhares de genes – e a diferença percentual se torna muito maior se você contar as inserções e deleções de cada um. Apenas metade dos genes que nos diferenciam dos macacos é que pode definir um chimpanzé, em vez de um ser humano. Como é que podemos saber quais são eles?

5.      É possível unificar as leis da física?

Para Charles Seife, da revista especializada “Science”, o Modelo Padrão da física de partículas é um poema inacabado. “A maioria das peças está lá e, mesmo inacabada, é sem dúvida a obra mais brilhante na literatura da física. Com grande precisão, descreve toda a matéria conhecida, incluindo todas as partículas subatômicas, como quarks e léptons, bem como as forças por meio das quais as partículas interagem umas com as outras”, diz. As forças a que se refere são o eletromagnetismo, que descreve como objetos carregados sentem a influência de outros; a força fraca, que explica como as partículas podem mudar suas identidades; e a força forte, que descreve como quarks se unem para formar prótons e outras partículas compostas.
O problema é que algumas dessas peças que fazem parte do grande quebra-cabeça da física estão faltando – e algumas presentes não se encaixam muito bem. É o caso da gravidade, por exemplo. Essas diferenças, entretanto, podem ser superficiais. O eletromagnetismo e a força fraca parecem muito diferentes entre si. Entretanto, ainda na década de 1960, os físicos mostraram que, em altas temperaturas, essas duas forças se “unificam”.
Torna-se evidente que o eletromagnetismo e a força fraca são realmente a mesma coisa, assim como fica óbvio que o gelo e água em estado líquido são a mesma substância se você aquecê-los juntos. Essa conexão deu aos físicos a esperança de que a força forte também pudesse ser unificada com as outras duas forças, produzindo uma grande teoria – um dos grandes mistérios da física atualmente.
Mantive muitas palavras e explicações como as encontrei em minha leitura por considerar não ser necessário reescreve-las com receio de ser acusado de plágio literário. Mas um texto tão bem claro e límpido não precisa ser reformulado, mas sim reproduzido e passado adiante.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo

Fontes:
HypeScience

Science Magazine

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