CINCO GRANDES PERGUNTAS
AINDA NÃO RESPONDIDAS
A minha ideia
primordial com este texto que foi baseado em outros, como da HypeScience ou da
Science Magazine, não é o de criticar ou fomentar a inserção de um “Deus das
lacunas” como alguns acusam os religiosos, mormente os cristãos de fazê-lo
nestes assuntos. Não creio em um Deus de lacunas, mas em um Deus Criador capaz
de sustentar todas as coisas criadas, mesmo que ainda não tenhamos o
conhecimento científico adequado para teorizar sobre isso, como em todas as
áreas das ciências temos nossas deficiências.
Eis aqui cinco
de todas as questões científicas que até o momento não temos respostas
adequadas para elas (porque as perguntas são muitas!):
1.
Qual
é a natureza da matéria e da energia escuras?
96% do
universo é feito de coisas que não sabemos muito bem o que são: aproximadamente
70% é constituído de energia negra, enquanto 26% corresponde à matéria negra (restando
somente 4% para a formação das estrelas,
planetas, seres humanos e tudo mais). A matéria e a energia escuras são, de uma
maneira geral, soluções propostas para explicar alguns fenômenos gravitacionais
e, até onde se sabe, são coisas distintas. O enigma vem do fato de que só
sabemos de sua existência por meios indiretos, ao observar seus efeitos sobre o
universo e ao tentar deduzir suas propriedades a partir deles.
2.
Estamos
sozinhos no universo?
Mais do que entender
do que nosso universo é formado, somos obcecados por saber se existe vida além
do nosso planeta. Recentemente, o telescópio espacial Kepler, da Nasa,
identificou dois sistemas planetários que podem abrigar vida fora do sistema
solar. Dos cinco corpos que orbitam a estrela Kepler-62, que fica a 1.200
anos-luz de distância da Terra, há chances de dois deles terem água líquida na
superfície. Mas essa é a só a ponta do iceberg. Dos 1.235 planetas suspeitos
até agora, cerca de um terço estão em sistemas multiplanetários solares como o
nosso. Mas com toda a tecnologia que dispomos ainda não foi possível confirmar
a existência de vida inteligente em outro planeta até aqui.
3.
O que
é o tempo?
Estamos tão
acostumados com ele, que raramente paramos para refletir sobre o tempo. Afinal,
a passagem do tempo é muito clara: ontem foi passado, hoje é o presente e
amanhã será futuro. Será tão simples assim? A ideia de que o tempo é uma linha
ligando o passado, o presente e o futuro traz um questionamento: seria o tempo
uma “direção”? Afinal, nós parecemos estar nos movendo para frente no tempo,
mas só podemos ver eventos que já ocorreram. O que acontece é que medimos a
passagem do tempo com base no movimento. Temos a impressão de que o tempo está
indo para frente, mas podemos muito bem estar andando em círculos. O que é o tempo
é uma pergunta ainda longe de ser respondida.
4.
Quais
mudanças genéticas nos fizeram diferentes dos outros animais?
Cada geração
de antropólogos se propõe a explorar a questão e tentar respondê-la: “O que nos
torna humanos?”. O famoso paleontólogo Louis Leakey acreditava que fosse a
capacidade de construir ferramentas que nos tornava únicos. Por isso, quando
ele descobriu ossos de hominídeos perto de ferramentas de pedra na Tanzânia, em
1960, ele batizou o suposto grupo responsável pelas ferramentas de Homo
habilis, o mais antigo membro do gênero humano. No entanto, pouco tempo depois,
a primatologista Jane Goodall demonstrou que chimpanzés também usam tipos de
ferramentas, e hoje a discussão entre os pesquisadores é se os Homo habilis
realmente pertencem ao gênero Homo. E a coisa não para por aí.
As diferenças
genéticas reveladas entre humanos e chimpanzés podem ser profundas, apesar de
as estatísticas apontarem que apenas cerca de 1,2% do nosso DNA é diferente.
Isso porque uma simples mudança de 1% pode afetar milhares de genes – e a
diferença percentual se torna muito maior se você contar as inserções e
deleções de cada um. Apenas metade dos genes que nos diferenciam dos macacos é
que pode definir um chimpanzé, em vez de um ser humano. Como é que podemos
saber quais são eles?
5.
É
possível unificar as leis da física?
Para Charles
Seife, da revista especializada “Science”, o Modelo Padrão da física de
partículas é um poema inacabado. “A maioria das peças está lá e, mesmo
inacabada, é sem dúvida a obra mais brilhante na literatura da física. Com
grande precisão, descreve toda a matéria conhecida, incluindo todas as partículas
subatômicas, como quarks e léptons, bem como as forças por meio das quais as
partículas interagem umas com as outras”, diz. As forças a que se refere são o
eletromagnetismo, que descreve como objetos carregados sentem a influência de
outros; a força fraca, que explica como as partículas podem mudar suas
identidades; e a força forte, que descreve como quarks se unem para formar
prótons e outras partículas compostas.
O problema é
que algumas dessas peças que fazem parte do grande quebra-cabeça da física estão
faltando – e algumas presentes não se encaixam muito bem. É o caso da
gravidade, por exemplo. Essas diferenças, entretanto, podem ser superficiais. O
eletromagnetismo e a força fraca parecem muito diferentes entre si. Entretanto,
ainda na década de 1960, os físicos mostraram que, em altas temperaturas, essas
duas forças se “unificam”.
Torna-se
evidente que o eletromagnetismo e a força fraca são realmente a mesma coisa,
assim como fica óbvio que o gelo e água em estado líquido são a mesma
substância se você aquecê-los juntos. Essa conexão deu aos físicos a esperança
de que a força forte também pudesse ser unificada com as outras duas forças,
produzindo uma grande teoria – um dos grandes mistérios da física atualmente.
Mantive muitas
palavras e explicações como as encontrei em minha leitura por considerar não
ser necessário reescreve-las com receio de ser acusado de plágio literário. Mas
um texto tão bem claro e límpido não precisa ser reformulado, mas sim
reproduzido e passado adiante.
Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo
Fontes:
HypeScience
Science Magazine
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