quarta-feira, 19 de março de 2014

ÁGUAS NAS PROFUNDEZAS DO PLANETA

No dia 17 de março (2014), o site da HypeScience reproduziu uma matéria da LiveScience onde o título era exatamente esse: “Há um oceano de água no interior da Terra, conclui estudo com diamante brasileiro”. O título se justifica por causa de um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, onde um diamante encontrado no Brasil confirmou uma antiga teoria: o manto da Terra tem água equivalente aos oceanos da sua superfície. “É a confirmação de que há uma grande quantidade de água presa em uma camada muito distinta no interior do planeta”, disse Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico daquela Universidade.

O diamante contém um pequeno pedaço de um mineral de olivina chamado ringwoodite. Ele se forma apenas sob pressão extrema, como a cerca de 515 km de profundidade no manto da Terra. A maior parte do volume da Terra é manto, a camada de rocha quente entre a crosta e o núcleo. Muito profundo para perfurar, a composição do manto é um mistério fermentado por duas pistas: meteoritos e pedaços de rocha que chegaram a superfície por vulcões. Os cientistas pensam que a composição do manto da Terra é semelhante ao de meteoritos chamados condritos, que são principalmente feitos de olivina. Lava expelida por vulcões às vezes passa pelo manto, trazendo pedaços de minerais que fazem alusão ao calor intenso e a olivina nas entranhas da Terra, assim descreve o artigo.

O ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson sem querer, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial na cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso. O diamante confirmou que os modelos estavam corretos: olivina é ringwoodite a essa profundidade. Além disso, resolveu um longo debate sobre a água na zona de transição do manto. O ringwoodite é feito de 1,5% de água, presente não como líquido, mas como hidróxido de íons (moléculas de oxigênio e hidrogênio ligadas).

Isto significa que os resultados do estudo sugerem que poderia haver um vasto estoque de água na zona de transição do manto, que se estende de 410 a 660 km de profundidade. “Isso se traduz em uma massa muito, muito grande de água, aproximando-se do tipo de massa de água que está presente em todos os oceanos do mundo”, fala Pearson. É excitante ler e descobrir coisas como essas, principalmente quando estamos continuamente procurando provas de muitas das declarações bíblicas. Essa pesquisa provê prova cabal a uma declaração do livro de Gênesis acerca do dilúvio:

No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
Gênesis 7.11

As fontes do grande abismo se referem tanto aos depósitos subterrâneos de água, como a água encontrada nas profundezas do planeta como o estudo sugere. É incrível como que um pouco de pesquisa séria, centrada e imparcial podem nos dar conhecimentos e percepções plenas da verdade sobre a História. Investimentos e patrocínios bem feitos em pesquisas desta natureza são vitais não somente para estabelecer fatos bíblicos, mas também eliminar preconceitos insensatos contra narrativas que, por mais que não possamos ainda saber de todos os fatos minuciosos sobre o evento ou a época, não deixam de ser reais e verdadeiros.

Carlos Carvalho
Pesquisador autônomo

Referências:

HypeSience. Há um oceano de água no interior da Terra, conclui estudo com diamante brasileiro. Disponível em:
http://hypescience.com/ha-um-oceano-de-agua-no-interior-da-terra-conclui-estudo-com-diamante-brasileiro/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

CHAMPLIN, Russell Norman, O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo, volume 1 / Russell Norman Champlin. – 2.ed. – São Paulo: Hagnos, 2001.

Imagem. Cena do filme Noé. Trailer oficial - Dublado em português. Paramount Pictures International Paramount Pictures International.  https://www.youtube.com/watch?v=VG34gXdqR-4


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