Alessandro Volta
270 anos de seu
nascimento, 188 anos de sua morte
Alessandro Giuseppe Antonio
Anastasio Volta (Como, 18 de fevereiro de 1745 — Como, 5 de março de 1827) foi
um físico italiano, conhecido especialmente pela invenção da pilha elétrica.
Mais tarde, viria a receber o título de conde.
Volta nasceu e foi educado em
Como, Itália, onde se tornou professor de física na Escola Real em 1774. Sua
paixão foi sempre o estudo da eletricidade, e já como um jovem estudante ele
escreveu um poema em latim na sua nova fascinante descoberta. De vi attractiva
ignis electrici ac phaenomenis inde pendentibus foi seu primeiro livro
científico. Apesar de sua genialidade desde jovem, começou a falar somente aos
quatro anos de idade.
Em 1751, com seis anos de idade,
foi encaminhado pela família para a escola jesuítica, pois era de interesse
familiar que seguisse carreira eclesiástica, porém, em 1759, com quatorze anos
decidiu estudar física, e dois anos depois abandonou a escola jesuítica e
desistiu da carreira eclesiástica. Em 1775 aprimorou o eletróforo, uma máquina
que produz eletricidade estática. Volta é comumente creditado como o inventor
dessa máquina que foi de fato inventada três anos antes.
Estudou a química de gases entre
1776 e 1778. Após ler um ensaio de Benjamin Franklin sobre "ar
inflamável" e cuidadosamente procurá-lo na Itália, Volta descobriu o
metano. Em novembro de 1776, Volta encontrou metano no lago Maior; em 1778 ele conseguiu
isolar o metano.
Em 1779 tornou-se professor de
física na Universidade de Pavia, posição que ocupou por 25 anos. Em 1794 Volta
casou com Teresa Peregrini, filha do conde Ludovico Peregrini. O casal teve
três filhos.
Em setembro de 1801, Volta viajou
até Paris aceitando um convite do próprio imperador Napoleão Bonaparte, para
mostrar as características de seu invento (a pilha) no Institut de France. E,
em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão nomeou Volta conde
em 1810.
Em 1815, o imperador da Áustria
nomeou Volta professor de filosofia na Universidade de Pádua. Volta está
enterrado na cidade de Como, Itália. O "Templo Voltiano" perto do
lago de Como é um museu devotado ao trabalho do físico italiano: seus
instrumentos e publicações originais estão à mostra lá.
Em 1800, como resultado de uma
discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani
(segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em contato com
tecido animal), Volta desenvolveu a primeira pilha elétrica (comprovando que,
para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era
necessária), um predecessor da bateria elétrica. Volta determinou que os
melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram
zinco e prata.
Inicialmente, Volta experimentou
células individuais em série, cada célula sendo um cálice de vinho cheio de
salmoura na qual dois electrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha
elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmora. O número de
células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava
limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a
salmora do cartão da célula de baixo.
Em 1881, uma unidade elétrica
fundamental, o volt, foi nomeada em homenagem a Volta. Volta aparecia nas
antigas notas de dez mil liras italianas, hoje fora de circulação. Também em
sua homenagem, uma cratera lunar recebeu este nome.
São dele as palavras abaixo:
"Submeti as verdades
fundamentais da fé a um estudo minucioso. Li as obras dos apologetas e de seus
adversários, avaliei as razões a favor e contra e assim obtive argumentos
relevantes que tornam a religião (bíblica) tão digna de confiança ao espírito
científico que uma alma com pensamentos nobres ainda não pervertida por pecado
e paixão não pode senão abraçá-la e afeiçoar-se a ela. Peço a Deus que minha
profissão de fé, que me foi solicitada e que eu forneço com alegria, escrita de
próprio punho e por mim assinada, possa ser apresentada a todos, pois não me
envergonho do Evangelho."
Fontes:
Uma descoberta eletrizante. Ciência Hoje. vol. 26, nº 155. ps. 75-77.
Grandes cientistas e a fé. Disponível em: http://www.freewebs.com/kienitz/declara.htm.
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