Animal extinto é
encontrado vivo
Uma história
que pode se estender por cerca de “170 milhões de anos” e nenhuma mudança.
Varredura de microscópio eletrônico
das aberturas que o Protulophila vive
No dia 24 de maio passado uma pequena matéria na Hype Science
divulgava a nova descoberta do título acima. Segue o texto:
Um pequeno animal
marinho que os cientistas pensavam estar extinto pelos últimos quatro milhões
de anos acaba de ser encontrado vivinho da silva na Nova Zelândia. Este “fóssil
vivo” é um pólipo de tentáculos do gênero Protulophila. Anteriormente, ele só
havia sido encontrado em depósitos fósseis no hemisfério norte, especificamente
na Europa e no Oriente Médio.
Os cientistas pensam que sua história se estende 170 milhões
de anos de atrás, no Jurássico Médio, antes de eles terem sido supostamente
“extintos” no Plioceno. O último vestígio conhecido desses animais foi visto em
rochas de quatro milhões de anos de idade. Os paleontólogos pensavam que os
Protulophila eram hidróides coloniais (semelhantes a uma hidra) relacionados
com os corais e anêmonas do mar. O animal forma uma rede de canais e furos
microscópicos no interior de tubos de vermes marinhos chamados de serpulídeos.
Este ano, exemplos fósseis mais novos foram descobertos por
pesquisadores do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova
Zelândia, do Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra, e da
Universidade de Oslo, na Noruega, durante um trabalho de campo em Wanganui, na
costa oeste da Ilha do Norte, na Nova Zelândia.
Eles encontraram evidências fósseis de pequenos pólipos
Protulophila em tubos fossilizados em rochas jovens (geologicamente falando),
com menos de um milhão de anos de idade. Depois de encontrar os animais
“extintos” nessas rochas, a equipe examinou o interior de tubos serpulídeos da
coleção do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica e encontrou
exemplos de Protulophila que tinham sido negligenciados.
Essas amostras tinham sido coletadas tão recentemente quanto
em 2008, em águas com profundidade de 20 metros perto da cidade de Picton, no
canto nordeste da Ilha do Sul, na Nova Zelândia. Agora, os cientistas sugerem
que Protulophila seja a fase de pólipo de um hidróide cujo apenas o estágio de
medusa é conhecido.
“Muitas espécies de hidrozoários
têm um ciclo de vida de dois estágios e, em muitos casos, essas duas fases
acabam não sendo relacionadas [pelos cientistas]. Nossa descoberta pode,
portanto, significar a resolução de dois quebra-cabeças ao mesmo tempo”,
explica Dennis Gordon, do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da
Nova Zelândia. A equipe agora espera coletar amostras frescas do animal
“ressuscitado” para realizar um sequenciamento genético. [IFLS]
Fala sério, vai!
C. K. Carvalho
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