MAIS UMA “PROVA” QUE
FALHOU: A HIBRIDIZAÇÃO ENTRE SERES HUMANOS E SÍMIOS
Ilya Ivanov (1870-1932) Foi um
eminente biólogo que conseguiu considerável sucesso no campo da inseminação
artificial de cavalos e outros animais. Considerado como “uma das maiores
autoridades em fecundação artificial”, graduou-se na Universidade de Kharkov em
1896 e passou a lecionar Zoologia em 1907.
Suas técnicas de inseminação
artificial tiveram tanto sucesso que ele foi capaz de fertilizar cerca de 500
éguas com o sêmen deum só garanhão (1). Ivanov foi também pioneiro na
utilização de inseminação artificial para a produção de vários híbridos,
inclusive o de uma zebra com um burro, um rato com um camundongo, um camundongo
com um porco-da-índia, e um antílope com uma vaca. Entretanto, o seu
experimento mais radical foi a tentativa de produzir um híbrido símio-humano.(2)
Ele sentiu que esse feito era
claramente possível, tendo em vista o seu sucesso com os experimentos que havia
feito com outros animais –e como tão próximos então os biólogos evolucionistas
consideravam os símios e o homem. Esses experimentos foram apoiados por alguns
dos mais respeitáveis biólogos da época, incluindo o Professor Hermann Klaatsch
(3)e o Dr. F. G. Crookshank (4). A maior oposição foi a de “duas ou três
publicações religiosas” (5).
Início do seu Projeto
Em meados da década de 1920, o Professor
Ilya Ivanov iniciou o seu projeto, com fundos do Governo Soviético, para a
hibridização de seres humanos e símios, por inseminação artificial (6). Os
recursos financeiros alocados para o projeto totalizaram, em moeda de hoje,
cerca de um milhão de dólares. Ivanov apresentou a sua ideia do experimento de
hibridização símio-humana ao Congresso Mundial de Zoólogos em Graz, e em 1924
completou o seu primeiro experimento na então Guiné Francesa. Sua primeira
tentativa de produzir um híbrido de macho humano com fêmea de chimpanzé falhou.
Ivanov também tentou hibridizar símios machos com fêmeas humanas, mas foi
incapaz de completar o experimento porque pelo menos cinco mulheres morreram.
Por ser então um cientista
respeitado internacionalmente, Ivanov conseguiu obter eminentes patrocinadores
para o seu projeto, incluindo Otto Schmidt, editor da “Grande Enciclopédia
Soviética”, e Nicolai Gorbunov, engenheiro químico e amigo pessoal de Lenine (7).
Após o Professor Ivanov ter
detalhado as razões que sustentavam a sua ideia, o Governo Britânico (terra
natal de Darwin) prometeu arrecadar dinheiro para o projeto. O Governo Russo
contribuiu com os primeiros 10.000 dólares e numerosos eminentes americanos
patrocinadores da ciência também apoiaram o projeto.
Esforços para Apoiar a Evolução
Charles Lee Smith afirmou que o
objetivo dos experimentos de Ivanov foi concluir que “a inseminação artificial
entre humanos e espécies antropóides apoiava a doutrina da evolução, por
estabelecer parentesco próximo entre o homem e os símios superiores” (5). O
projeto foi apoiado pela Associação Americana para o Progresso do Ateísmo,
porque foi visto como “comprovação da evolução humana, e, portanto do ateísmo”.
Ao apresentar ao Governo Soviético sua solicitação de fundos, Ivanov enfatizou
a importância de sua pesquisa para a propaganda anti-religiosa (7).
O advogado Howell S. England
manifestou-se no sentido de que os cientistas envolvidos na assessoria ao
projeto “estão confiantes de que podem ser produzidos os híbridos, e no caso em
que tivermos sucesso, a questão da evolução do homem estará confirmada, a ponto
de satisfazer os mais dogmáticos anti-evolucionistas”, e concluindo que “a
ideia original era que somente híbridos de gorilas seriam férteis” (5).
Não obstante, os cientistas assessores
queriam que os pesquisadores em seus experimentos usassem além de gorilas,
chimpanzés, orangotangos e possivelmente gibões. Os pesquisadores aceitavam a
teoria poligenética da evolução humana, concluindo que os orangotangos podiam
cruzar-se com seres humanos da “raça amarela”, os gorilas com seres humanos da
“raça negra”, e os gibões com “os povos mais braquicéfalos da Europa”
(provavelmente significando os judeus). O propósito era “tentar demonstrar a
relação íntima existente entre seres humanos e ramificações dos símios”
Os cientistas concluíam que esses
acasalamentos assegurariam que os híbridos seriam férteis, porque se acreditava
que a “raça amarela” teria evoluído a partir dos orangotangos, a “raça negra” a
partir dos gorilas, a “raça branca” a partir dos chimpanzés, e os “povos
braquicéfalos” dos gibões.
Eles até mesmo concluíam que
“seria possível produzir a cadeia completa de espécimes, desde o perfeito
antropoide até o perfeito homem” (7). Howell S. England escreveu que o Dr.
Crookshank, de Londres, que “tinha feito minucioso estudo anatômico dos três
maiores antropoides”, está convencido, pelas suas pesquisas, que, se o
orangotango pode ser “hibridizado com sucesso com a raça amarela, o gorila com
a raça negra, e o chimpanzé com a raça branca, todos os três híbridos poderão
cruzar-se entre si”.
Em sua opinião, cada espécie de
antropoide está mais proximamente relacionada com o tipo humano correspondente,
do que com quaisquer outros antropoides. Em outras palavras ... os chimpanzés
mantêm relação mais próxima com a raça branca do que com os gorilas ou os
orangotangos. O gibão ... tem o seu tipo humano correspondente nos povos mais
braquicéfalos da Europa” (10).
England observou que a equipe de
pesquisa teria de prosseguir ao longo dessas linhas porque os cientistas
envolvidos estavam todos em completo acordo com os pontos de vista do Dr.
Crookshank. Para atingir seus objetivos, os cientistas lançaram mão de meios
enganosos. Por exemplo, Ivanov tentou “inseminar mulheres com esperma de símios
sem o seu consentimento prévio, sob o pretexto de exame médico no hospital
local
O Governo francês, entretanto,
proibiu-o de levar a cabo parte de seu projeto. Ivanov, porém, não via nenhum
problema moral no projeto. Acremente reportou-se aos seus patrocinadores no
Kremlin, queixando-se dos temores primitivos dos pretos e do preconceito burguês
dos franceses. (7)
A revista Time opinou que,
se o experimento falhasse, a Evolução ainda não seria invalidada, porque esse
“teste da Evolução somente seria decisivo no caso em que a gestação fosse
induzida, com ou sem a geração de prole saudável”. Se o experimento fosse bem
sucedido, “nova e final evidência teria estabelecido que seres humanos e
antropoides pertencem a um gênero comum de vida animal”. Ainda mais, para
estabelecer a evolução humana a partir dos símios como um fato mais confiável,
a “fertilização híbrida teria de ser tentada com fêmeas de ambas as espécies – a
humana e a símia.
Suposta árvore evolutiva dos seres humanos
Se resultasse descendência
saudável, plenamente formada, ela não seria considerada como “elos perdidos”,
mas como comprovação viva de que seres humanos e símios são espécies tão
próximas entre si como cavalos e jumentos, que podem hibridizar-se para
produzir mulos ou mulas. Se um macaco-homem ou homem-macaco híbrido fosse
fértil, ficaria comprovada a relação das duas espécies ancestrais de modo mais
próximo ainda do que suposto atualmente. Se não resultasse descendência, a
Evolução não cairia, de maneira nenhuma; a distância de símios e seres humanos
relativamente a um ancestral comum seria demonstrada meramente como que hoje
ela é estimada. (10)
Finalmente, o experimento falhou,
e nunca mais foi tentado, pelo menos abertamente. Sabemos hoje que ele não será
bem sucedido, por muitas razões, e por essas razões as tentativas do Professor
Ivanov constituíram um grande embaraço para a Ciência.
Um dos problemas existentes é que
os seres humanos têm 46 cromossomos e os símios 48, e por essa razão os
cromossomos não se emparelham de maneira adequada mesmo que um zigoto seja
formado.
Outro problema é a diferença
estimada conservadoramente em 40 milhões de pares de bases entre os seres
humanos e nossos pretensos parentes evolucionários mais próximos, os
chimpanzés. Experimentos como esses são o resultado do pensamento
evolucionista, e falharam porque sua premissa básica é falha (11).
Dr. Jerry Bergman - Adjunct Associate Professor at the University of Toledo Medical School in Ohio (USA);
Obs: As referências constam no artigo do próprio boletim por não ter sido possível colocá-las aqui.
Fonte:
BOLETIM SCB Nº 23 Maio/2014. p. 3-7. disponível em: www.scb.org.br.