HISTÓRIAS DILUVIANAS
Os registros históricos mais antigos que se conhece têm cerca de quatro mil
e quinhentos (4500) anos. São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente
digno de nota é o fato de, nas mais variadas culturas, em todos os continentes,
existirem tradições que aludem à ocorrência de um dilúvio global com
paralelismos espantosos entre sí, tendo sido documentadas mais de 270 em
contextos culturais diferentes.
Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de narrativas do dilúvio em
povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são
no início destas civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais
conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé,
segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas,
entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém em
algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais:
uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita,
e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua
criação enquanto durasse a inundação.
Observe em linhas gerais no mapa abaixo a distribuição no globo da maioria
desses relatos e veja que em todos os continentes há registros diluvianos.
Existem algumas considerações a serem feitas, e não é o objetivo deste pequeno artigo,
como muitas dessas narrativas serem apenas de inundações de rios locais (no
caso dos 1 milhão das narrativas), da questão das causas da inundação (meteoro,
tectônica de placas ou mudança dos polos), e a única grande objeção real sobre
a altura das ondas por causa do Monte Everest. Um pesquisador sensato e com
mente clara irá perceber que todas essas objeções já forma mais que
suficientemente resolvidas, restando somente a questão do Everest, mas
facilmente respondida com a certeza de que, mesmo que lá não fosse submergido,
ninguém subsistiria em sua altitude.
Fiz uma leitura de quase todo o
conteúdo principal encontrado na internet e em alguns livros. Também li em
páginas de cético ateus sobre o “desmascaramento do dilúvio de Gênesis” e
coisas deste tipo. Além de perceber a infantilidade das perguntas que mais
parecem com as daquelas crianças que querem saber por onde elas saíram da
barriga da mamãe, sendo a resposta tão óbvia para os que são adultos, mas “inexplicável”
a “bebês”. Não há como não ver que os achados de fósseis marinhos no Nordeste
brasileiro é uma indicação de que o mar invadiu também aquela área. Mesmo que
alguns geólogos digam que isto foi a milhões de anos. Se você remover a data
inventada, resta a prova do dilúvio.
Uma evidência moderna do poder
das águas são os tsunamis. Impressiona-me o estudo do sismo e do tsunami de
2004 na Indonésia. Seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade da
crosta terrestre, com mais de 9,0 na Escala de Richter e as águas vieram somente
do mar causando ondas entre 10 e 30 metros. Foi um evento tão poderoso que
alterou a posição do Polo Norte, modificou a forma do planeta e encurtou o
comprimento dos dias em alguns microssegundos (a Terra gira mais rápido agora),
além dos milhares de mortos, 15 países diferentes foram afetados diretamente. E
isso passou longe de um dilúvio!
Como ouvi em um debate acadêmico
entre cientistas evolucionistas e criacionistas na Universidade Mackenkie algum
tempo atrás, quando o biólogo evolucionista ao ser indagado se a evolução é um
fato incontestável, ele respondeu que não poria desta forma, mas que era algo “altamente
corroborado pelas evidências”. Nesta categoria coloco o dilúvio relatado em
Gênesis, de forma bem científica: é altamente corroborado pelas evidências!
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