Alguns fatos sobre as libélulas
Elas calculam a velocidade para matar presas
A dinâmica de
capturar um objeto no ar é espantosamente complexa, tanto que normalmente
apenas animais com sistemas nervosos complexos, como gaivotas ou seres humanos,
conseguem fazer isso. Para interceptar algo se movendo a uma velocidade
própria, você tem que ser capaz de prever onde esse “algo” estará no futuro.
Quando os pesquisadores começaram a estudar libélulas em 1999, eles descobriram
que, em vez de “rastrear” sua presa, elas a seguiam no ar até que se
encontravam com a pobre coitada, interceptando-a. Em outras palavras, libélulas
garantem uma caça voando para onde a presa também está voando. Isso indica que
elas calculam três coisas durante uma caçada: a distância de suas presas, a
direção que elas estão se movendo, e a velocidade com que estão voando. No
espaço de milissegundos, a libélula calcula o ângulo de abordagem e, como um
monstro de filme de terror, já está esperando quando a presa infeliz passa por
ela.
Seus olhos são incrivelmente avançados
A maioria dos
insetos tem olhos multifacetados. Moscas domésticas, por exemplo, têm cerca de
6.000 facetas que lhes dão uma vista panorâmica de seus arredores. É a razão
pela qual os seus olhos parecem favos de perto. Mas, com 30.000 facetas
individuais, libélulas ganham de qualquer outro inseto. Cada faceta, ou
omatídeo, cria a sua própria imagem, e o cérebro da libélula tem oito pares de
neurônios visuais para compilar essas milhares de imagens em uma figura.
Libélulas têm sentidos visuais que seriam considerados superpotências para
qualquer ser humano normal. Os olhos humanos têm três proteínas (opsinas) que
sentem a luz e nos dão uma gama de cores de vermelho, verde e azul. Libélulas
podem ter quatro ou cinco opsinas, o que lhes permite perceber o espectro de
cor normal, juntamente com a luz UV e o plano de polarização da luz (efeito
obtido com óculos polarizados). Isso provavelmente as ajuda a navegar e reduzir
o brilho do sol em um corpo de água.
Elas podem ver em todas as direções
Os grandes olhos
protuberantes da libélula também lhes dão uma visão de 360 graus do mundo.
Obviamente, esta é uma ferramenta valiosa para escapar de predadores. O vídeo
acima mostra uma libélula escapando das garras de um sapo que a ataca por trás
e por baixo, o que, na maioria dos insetos, é o seu ponto cego. Libélulas tiram
proveito disso quando interceptam suas próprias presas. Mas como não têm pontos
cegos, são notoriamente difíceis de capturar.
Quando caçam, os
olhos compostos de uma libélula lhes permite classificar “seções” de seu campo
visual. Manter a sua presa na mesma seção a ajuda com essa incrível precisão
quando ela intercepta algo no ar. Para entender essa habilidade, confira esse
exemplo: um ser humano desenha uma grade no para-brisa de seu carro e escolhe
um alvo, por exemplo, uma cabra. Se apontar o carro de forma que a cabra esteja
em um quadrado da grade e dirigir em direção ao animal mantendo-o dentro do
mesmo quadrado, o animal vai ficar maior conforme a distância diminui, mas o
ângulo da pessoa em relação a ele não vai mudar, mesmo que esteja se movendo.
Resultado: o ser humano vai acertar a cabra 100% das vezes.
Elas são eficientes
Libélulas são
extremamente eficientes no que fazem, capturando cerca de 95% das presas que
caçam. Para efeito de comparação, os tubarões, um dos mais ferozes predadores
da natureza, só conseguem pegar cerca de metade das presas que caçam. Leões, os
tubarões da terra, têm a sorte de obter suas garras em apenas um quarto de seus
alvos. Até mesmo os leões não calculam a interceptação de presas: apenas a
perseguem, ziguezagueando pela savana em resposta aos seus movimentos. Se
libélulas fossem grandes o suficiente para comer gazelas, leões morreriam de
fome e se extinguiriam.
Elas podem isolar suas presas dentro de um enxame
O pesquisador R.
M. Olberg, curioso sobre a forma como libélulas caçam, colocou um nano-eletrodo
dentro do neurônio de processamento visual de um desses insetos. Ele então o
posicionou na frente de um monitor de TV com dois objetos em movimento. Em
sistemas nervosos simples, quando vários objetos tendem a aparecer, o inseto
não consegue lidar com a multitarefa de atenção. Mas libélulas têm a capacidade
de mudar sua atenção entre objetos. Sob observação, a libélula focou primeiro
em um objeto, em seguida, deslocou-se para observar o segundo, depois voltou
para o primeiro, nunca perdendo a noção de onde ambos estavam. Esta capacidade
de atenção seletiva permite que a libélula destaque um alvo em um enxame e o
cace exclusivamente, mantendo-se consciente do resto do enxame para evitar uma
colisão.
Elas nunca param de comer
Que bom que
libélulas são tão bem adaptadas à caça, porque são comedoras vorazes. Stacey
Combes, pesquisadora de Harvard (EUA) que usa câmeras de alta velocidade para
estudar os mecanismos de voo desses insetos, afirmou que uma libélula que ela
estava estudando comeu trinta moscas em uma rápida sucessão e teria continuado
a comer se tivesse encontrado mais. Libélulas também variam o que comem, o que
combina com seu estilo predatório. Normalmente, elas comem pequenas moscas ou
mosquitos, presas fáceis, embora também comam borboletas se puderem
derrubá-las. Libélulas menores são mais uma boa opção.
Elas podem manobrar suas asas independentemente
Uma
das características mais marcantes das libélulas é a maneira como suas asas
funcionam. Suas quatro asas trabalham independentemente umas das outras,
permitindo-lhes manobrar no ar como um helicóptero: elas podem pairar, voar
para a frente, para trás, para os lados, mudar de direção instantaneamente e
até voar de cabeça para baixo, se precisarem. Com a exceção de libelinhas (que
pertencem à mesma ordem), libélulas são os únicos insetos com essa quantidade
de controle sobre suas asas. Delicada e poderosa, cada asa está ligada ao tórax
e a um grupo muscular separado. O vídeo acima capta perfeitamente o movimento
aparentemente caótico das asas de uma libélula, uma vez que ela embosca uma
mosca de fruta. Usando mudanças minúsculas e ajustes em cada asa, a libélula
pode mirar perfeitamente, colocando-se diretamente no caminho da presa.
[CC] Observações:
Elas não possuem fósseis que podem ser
demonstrados como espécies que se transformaram na forma da libélula que
conhecemos.
Elas sempre foram libélulas, desde o seu
“aparecimento”.
Evidências da criação.
Carlos Carvalho
Pesquisador
Fontes:
HypeScience
Wikipedia
Google
Foi copiado do hypescience...
ResponderExcluir