As Bases da Tolerância Religiosa estão
no Cristianismo Protestante da Reforma
Tenho estudado
cada vez mais o período anterior e o imediatamente posterior da Reforma no
século XVI e, apesar de grandes e extensos volumes sobre o período, ainda não
temos visto um compêndio com os benefícios que ela deu à humanidade e hoje,
permanentemente, desfrutamos de seus frutos de liberdade no Ocidente em virtude
de sua luta.
O Professor
Geoffrey Blainey, das Universidades de Harvard e de Melbourne, que já recebeu o
prêmio International Britannica Award,
em Nova York, por seu excelente trabalho na disseminação do conhecimento em
favor da humanidade, escreveu mais de 35 livros e um best-seller, publicou também “Uma breve história do Cristianismo”,
pela Editora Fundamento em 2012, e descreve com maestria nossa contribuição desta
forma:
“Um aspecto
que nos intriga atualmente é o fato de a tolerância não figurar, naquela época,
como objetivo do universo de cristãos, hindus, budistas, chineses, astecas ou
incas. A ampla tolerância religiosa é quase uma invenção dos tempos modernos –
praticamente impensável séculos atrás.
O importante
era sustentar a visão religiosa apropriada, e não a liberdade de rejeitá-la. O
direito de desobedecer ao governo e à Igreja, o direito de ser livre em matéria
de consciência, são preceitos que surgiram muito lentamente, depois das fortes
tensões provocadas pela Reforma. [...] Com ou sem intenção, os provocadores da
Reforma lançaram a pedra fundamental da tolerância religiosa.” (p.221s)
Como tenho argumentado,
devemos sempre, antes de julgar uma dada época e seus atos, ter a certeza de
que compreendemos a cultura, os motivos, o sistema social do período estudado
antes de fazer asseverações e declarações que fogem ao ou alteram o contexto do
fato.
Carlos Carvalho
28 de março de 2013
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