segunda-feira, 25 de março de 2013



“Não torcerás a justiça...”

Deuteronômio 16.19

     Se a justiça fosse realmente um ser vivo, estaria aprisionada em algum calabouço obscuro, escondida das vistas do mundo em nossa sociedade atual. Se ela estivesse entre nós, seria caçada como um animal e a colocariam em um quadro empalada para que todos a vissem como um espetáculo do Circo dos Horrores.
     A verdadeira justiça clama em nossas ruas e em nossa pátria, não em passeatas ou manifestações, mas em silêncio, pois ela foi calada e só lhe resta os acenos com as mãos e lábios que nenhum som mais lhe sai. Ela procura um lugar para habitar, mas só encontra repúdio e rejeição.
     Todavia, ela ainda tem seguidores e discípulos nesta terra. Ainda há os que procuram representá-la com todas as limitações que lhes são impostas por um sistema que não foi criado para que a justiça reinasse, e sim, para que certos interesses fossem perpetuados. Mas ainda temos esperança que ela um dia se livre dessas prisões.
     A justiça não é cega, apenas tem uma venda em seus olhos para manter a sua imparcialidade, mas ela vê muito bem. A venda é para que ela ouça os proponentes e discirna as intenções dos corações. A justiça não é cega, na verdade, lhe tiraram a espada e balança, mantiveram-lhe a venda e lhe feriram para andasse manca. Mas ela se curará!

Carlos Carvalho

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