sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ateus infantis


A internet tornou-se um poderoso instrumento de veiculação de notícias, de imagens, dos mais variados tipos de materiais de consulta e de comércio. É a própria vida sendo expandida aos cantos mais remotos do planeta e nos lugares mais restritos dele: o quarto ou uma sala em qualquer local.
Esta forma simbiótica e tecno-orgânica (pois os seres humanos se conectam às suas máquinas) de comunicação não têm precedentes na história e tampouco chegamos ao limite do que ela pode nos proporcionar. Ao mesmo tempo é uma tecnologia de comunicação que não pode ser mais controlada, dada sua extensão hoje.
Nela encontramos todos os tipos de pessoas, de conceitos, de crenças e todos os tipos de gostos, e não poderia ser diferente. Na rede encontramos o que denomino de ateus infantis, são os filhos dos ateus da geração passada. Indivíduos que propagam e repercutem as idéias de seus antecessores, mas como crianças, são apenas meros papagaios de seus “pais”.
Os filhos dos ateus são aqueles que, desejando um momento de fama midiática, gravam uma série de vídeos nos quais postam as supostas “teorias” libertadoras da “ciência” que levarão os seres humanos a ficarem livres da “maligna” e “aterradora”, da “destruidora da vida”: a famigerada “religião” ou do “inviável e improvável Deus”. Mais precisamente do Cristianismo e do Deus de Jesus Cristo.
Deflagram e vociferam “verdades” incríveis, novas “descobertas”, teorias das mais absurdas, tudo para fazer convencer seus expectadores que acreditar em Deus, em Jesus ou ser um membro de qualquer igreja ou ser religioso é estar enganado, ludibriado, entorpecido e por aí vai. Isso quando não se utilizam de palavras impróprias, inadequadas e extremamente baixas para indivíduos que se dizem “educados” e de “mente superior”.
Os filhotes de ateus usam de enredo antigo e bem conhecido dos defensores da fé, todavia, aos que não estão acostumados com eles, podem gerar alguns estragos nas mentes daqueles que não estão treinados para reconhecer esses argumentos falhos, caducos, antiquados e prestes a serem eliminados por uma ciência séria e madura. Infantes nas ciências, imaturos no conhecimento, desejam serem vistos por todos como se soubessem de fato aquilo que tanto alardeiam.
Como filhotes de lobos em tempo de fome e escassez, clamam por alimento, mas não resistem à rigidez do frio ou do calor quando estes lhes sobrevêm. Assim são os filhotes de ateus: falam, gritam, e fazem barulho desesperadamente, mas não conseguem ser ouvidos por aqueles dos quais desejam a atenção.


Por Carlos Carvalho

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