segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quando Deus não intervém

Não sou o primeiro a fazer as perguntas: porque Deus não agiu? Porque Ele não fez nada? Será que Ele não se importa? Ou outras semelhantes. Da mesma forma, não sou o primeiro a tentar respondê-las e procurar dar algum sentido lógico a essa grande “negativa divina” em certos momentos na História e em nossas vidas.
    Certamente Deus não precisa ser defendido por mim ou por ninguém e não necessita de advogados para lutarem por Sua causa, mas eu preciso de algum tipo de resposta que supra minha necessidade intelectual, emocional e até mesmo existencial e que satisfaça os meus anseios mais profundos.
    Se conseguir satisfazer e preencher minha mente com essas respostas, então terei condições de viver, conviver, lutar, resistir, sofrer e esperar por algo melhor ao final da jornada ou quem sabe apenas ao final do dia. Já será suficiente ter nem que seja uma pequena partícula de entendimento mental sobre essa “não-ação” de Deus para assim continuar prosseguindo.
    Quando me debrucei sobre o assunto de Deus não intervir em certos momentos da História ou de minha vida, fiz a Ele em oração alguns comentários sobre certos personagens da Bíblia e questionando porque em determinados momentos da vida deles, naqueles que mais pareciam ser necessários (na minha perspectiva!), Deus não agiu?
    No caso de Adão (Gên.3:6), Deus sabendo que ele iria tomar do fruto proibido, e que Eva iria oferecê-lo a Adão, Deus não interviu. O mesmo Deus que todas as tardes vinha ao Éden para conversar com Adão.
    Depois que teve o trabalho de enviar anjos para retirar a Ló de Sodoma, antes de destruí-la, Deus não impediu que suas filhas o embebedassem e gerassem filhos incestuosos (Gên.19:30-36).
    Deu grandes sonhos a José, e, no final iria fazê-lo governador do Egito, mas não impediu que seus irmãos, por inveja, o vendessem como escravo aos midianitas e se tornasse um objeto de venda comum (Gên.37:26).
    Retirou o reino de Saul e o deu a Davi, permitiu que ele vencesse a Golias e estabelecesse seu reino com tantas vitorias milagrosas, mas não impediu que ele adulterasse com Batseba e desse a ordem para que seu marido fosse colocado na frente de batalha para morrer (II Samuel 11).
    Deu um reino pacífico a Salomão por uma geração, deu-lha uma sabedoria e riqueza que se tornaram lendárias, mas ao fim de sua vida, por causa da quantidade de esposas e concubinas, abandonou sua devoção a Deus e serviu e se prostrou a outros deuses, e Deus não agiu (I Reis 11:1-11).
    Deus dá a Jó uma grande prosperidade, no final de sua tragédia pessoal lhe restitui em dobro o que ele perdeu, lhe fala pessoalmente e longamente acerca da criação num dos mais belos textos poéticos da humanidade, mas não responde a Jó porque permitiu que Satanás fizesse o que fez com ele (Jó 1 e 2).
    Dá a Sadraque, Mesaque e Abdenego um livramento espetacular da fornalha de fogo extremamente aquecida de Nabucodonosor, envia um anjo que lhes salva do fogo dentro do fogo, mas não impede o drama de serem sentenciados a morte por não adorar a outro deus (Daniel 3:20-23).
    Pedro foi escolhido por Jesus para ser o primeiro dos apóstolos, mesmo sendo um dos mais improváveis indivíduos para uma tarefa de tamanha envergadura que ultrapassaria os séculos, andou sobre as águas, fez muitos milagres, mas Deus não o impediu de negar a Cristo (Mateus 25:69-75).
    Estevão foi um dos primeiros diáconos da igreja primitiva, cheio do Espírito Santo, poderoso nas Escrituras e capaz de fazer calar os mais sábios dos judeus religiosos de sua época, mas foi apedrejado em praça pública, e Deus... (Atos 7:57-60).
    Tiago, um dos doze apóstolos de Jesus, sem nenhum motivo aparente, foi aprisionado à revelia por capricho de Herodes Agripa I e foi morto à espada. Deus mais uma vez não interviu (Atos 12:1,2).
    No fim da minha listinha está Paulo, que foi convertido com a aparição do próprio Jesus em glória, usado extraordinariamente por Deus em milagres, exorcismos e curas, mas não foi livre de ser açoitado e trancafiado na prisão, amarrado pelos pés (Atos 16:22-24).
    Quando ao final de minha explanação ao Senhor Deus, lhe pedi perdão por parecer que O estava julgando ou questionando sua majestade e poder, tornando-me um rebelde ou um ateu cínico. Não era esse meu intento, mas sim de lhe pedir alguma resposta, se é que Ele pudesse me oferecer alguma.
    Depois de alguns dias (isso mesmo!), veio ao meu entendimento – e é assim que o Espírito Santo fala comigo – três respostas ao porque Deus não intervém nos momentos que achamos que Ele deveria intervir. Confesso que estas respostas satisfizeram minha mente e podem não fazer o mesmo com você, mas pra mim foi suficiente.

Porque Deus não intervém?

Primeiro – Porque ele é Soberano
    Quando lemos a oração de Ana em I Samuel 2:1-10 percebemos sua soberania de forma majestosa e plena. Leia e desfrute da inspiração de uma mulher plenamente agradecida a Deus por seu milagre, que ficaria com ela apenas alguns anos, pois o tinha prometido ao Senhor.
    Sendo assim, Deus não intervém porque Ele é Soberano, Ele É o que É (lembram do Eu sou o que Sou?). Ele não precisa e nem vai dar a nenhum de nós explicações do porque fez ou não fez, simplesmente porque não precisa fazê-lo. Isso é a maior das características da soberania: não precisar dar explicações acerca de seus motivos.
    Nós precisamos dar explicações. Nós precisamos prestar contas. Nós precisamos dar satisfações de nossas vidas e motivos. Deus não.

Segundo – Porque Deus não é passional nem parcial
    Isso é incrível. Somente queremos que Deus aja em certas situações que consideramos injustas ou malignas por causa da nossa passionalidade ou parcialidade de como vemos ou interpretamos as coisas.
    Deus não é movido por paixões, por passionalidade, nem vê as coisas ou pessoas com parcialidade. Ele é perfeito em seus julgamentos e juízos, mas temos dificuldades em aceitar isso porque somos movidos na maioria das vezes por nossas paixões (aqui não em sentido baixo) ou reações.
    Leia os textos de Mateus 5:45 e Romanos 2:11 e perceberá como Deus vê. Ele não interpreta segundo nosso modelo de conceitos. Ele é Deus. Ele não vai agir por impulso, pois sabe qual o melhor momento para agir ou para não agir e deixar as coisas seguirem até o plano por Ele traçado se cumprir.

Terceiro – Porque Ele permite as nossas escolhas
    Tenho dito aos meus ouvintes que, não contando o início de nossa infância, a vida que temos hoje é fruto de nossas escolhas, boas ou ruins. O livre arbítrio foi o maior presente de Deus ao ser humano na sua origem e até os nossos dias o homem não sabe usá-lo.
    Leia todos os versículos de Deuteronômio 30:15-19 e verá que, embora Deus seja soberano e deseja que sua vontade seja feita na terra, não nos privou de escolhas. Desde o início Ele deixa claro a todos que as escolhas de cada um resultam em conseqüências positivas e negativas.
    Poderíamos dizer que é questão de causa e efeito e pareceria algo inteligente, mas mesmo a lei da causa e efeito foi escrita por Deus e ela está também relacionada em muito com as escolhas feitas. Podemos usar exemplos extremos: o Vesúvio explodiu, destruindo Pompéia, mas os habitantes escolheram morar naquela região. Os morros de algumas cidades descem por causa das chuvas e soterram casas e matam pessoas, mas elas escolheram morar ali (não importando a desculpa que se dê!). Os tsunamis arrasam por onde passam, mas pessoas escolheram morar em áreas próximas ao mar e em áreas de alta instabilidade continental. Os exemplos drásticos podem se multiplicar e não quero ser julgado como insensível ou algo parecido.

    CONCLUO dizendo que para minha mente questionadora, Deus deu-me algumas respostas satisfatórias. É claro que elas não respondam a tudo, mas já é um começo. Precisamos ter coragem para pensar e refletir sobre isso sem sermos taxados ou estereotipados de gente que não compreende o sofrimento dos outros, de pessoas sem sentimentos ou sem compaixão por tratarmos de certos assuntos.
    Acredito que Deus não intervém por esses motivos acima descritos, mas podem ser apenas conceitos de minha mente e não da mente de Deus. Também não estou dizendo que Ele não vai agir. Acredito da mesma forma que Deus age na História e em nossas vidas nos dias de hoje. Mas mesmo assim, Ele age quando quer, como quer e da forma que bem quer, pois Ele é DEUS. Nós somos apenas homens.
    Como podemos mudar essas situações negativas em nossas vidas? Fazendo escolhas corretas ou compreendendo melhor os fatos que nos cercam. Também acredito que Deus não intervém porque um grande número de coisas não estaria acontecendo conosco se tivéssemos dado tempo suficiente para Ele nos responder ou tivéssemos feitos as escolhas que deveríamos fazer.
    Penso por fim, que Deus não intervém porque existem coisas, e precisaríamos saber disso, que nós temos que resolver e corrigir e não passar a responsabilidade para Ele. Afinal, todos nós queremos liberdade, maturidade e direito a fazer nossas escolhas, mas quando o resultado não é o que esperamos, culpamos a Deus ou culpamos aos outros.
    Como Adão, culpamos a Deus pela mulher que nos deu ou culpamos a mulher que nos ofereceu o fruto proibido, mas não queremos responder pelas conseqüências negativas de nossas escolhas. Deus realmente não vai intervir!
Pense nisso!



Por Carlos Carvalho

Pr. Sênior da Comunidade Batista Bíblica


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A VERDADEIRA POCAHONTAS



Igreja onde se casou índia na vida real é a 1ª protestante do mundo
    Um arqueólogo afirma ter descoberto os restos da igreja protestante mais antiga dos Estados Unidos, onde teria se casado, em 1614, a princesa indígena popularizada pelo filme de Walt Disney, Pocahontas.
    "Esta foi a primeira igreja" protestante das dezenas de milhares que existem, atualmente, nos Estados Unidos, usada entre 1608 e 1616, explicou à AFP William Kelso, chefe do sítio arqueológico de Jamestown, Virgínia, no sudeste de Washington DC. Aqui, "em abril de 1614, casou-se, com um colono inglês, a princesa indígena Pocahontas, filha predileta do chefe Powhatan", disse Kelso.
    Na região, perto do rio James, cem homens desembarcaram no dia 14 de maio de 1607, com a missão de fundar a primeira colônia inglesa na América.
    A zona, cuidadosamente escavada, revelou grandes fundações, de dois metros de profundidade, de onde se elevavam pilares, assim como restos de quatro túmulos.
    Segundo especialistas, outras duas igrejas protestantes foram construídas, mais ou menos na mesma época, nos Estados Unidos, mas não ficou nenhum vestígio delas, tendo sido também encontrados restos de uma igreja católica na Flórida (sudeste), mas Kelso está certo de que a de Jamestown é a mais antiga. "A religião desempenhou um papel importante" na comunidade, disse ele, perto do rio onde pequenas bandeiras marcam o contorno do que foi o edifício. Os colonos "trabalharam muito na construção desta grande igreja, e chegou a ser muito importante para a colônia".
    Levando em conta o tamanho das bases dos pilares de madeira, Kelso disse que o templo era capaz de suportar o telhado pesado do edifício, construído com a técnica de "mud and stud" (barro e madeira).
    De acordo com descrições da igreja registradas em documentos do secretário da colônia, o espaço construído coincide com o que se pode ver, hoje, no sítio arqueológico. "Estou convencido porque corresponde ao tamanho correto", disse Kelso.
     Os quatro túmulos encontrados também coincidem com os dos quatro membros importantes da colônia que teriam sido enterrados perto. Kelso disse que entre eles havia um cavaleiro, dois capitães e o reverendo Robert Hunt, o primeiro clérigo a chegar.
    Kelso também destacou a importância do evento na história colonial, que permitiu novos assentamentos no que era, então, território hostil para os colonos europeus.
    "Com o casamento, os indígenas se retiraram e não houve mais lutas", recordou Kelso.
     Pocahontas é conhecida por muitos pelo desenho animado de Walt Disney, que romanceou seu encontro com o colono inglês John Smith.
    Batizada Rebecca, Pocahontas casou-se mais tarde com outro colono inglês, John Rolfe, antes de morrer na Inglaterra com 21 anos apenas.
    A partir de agora, e nos próximos meses, os arqueólogos vão se dedicar a escavar as sepulturas.
    "Sabemos as idades, temos os registros de batismo", disse Kelso, entusiasmado ante a possibilidade de confirmar as identidades com o estudo dos ossos e da arcada dentária.
Data: 30/11/2011 08:39:19
Fonte: AFP


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Preceitos para uma Vida Espiritual Bem-sucedida

I Tessalonicenses 5:12-25



Em quase todas as áreas do setor produtivo e também do acadêmico temos como aferir os resultados desejados a partir de modelos básicos. Em qualquer indústria que se preze há o setor que responde pela qualidade de seus produtos. Isso significa que é normal encontrar praticamente em qualquer área como se pode conferir que a produtividade, a qualidade e o devido sucesso, sejam demonstrados e mensurados.

Não seria estranho se no nível pessoal e espiritual da vida não tivéssemos como aferir os resultados que desejamos? Em outras palavras, não seria completamente absurdo que justamente nas áreas mais necessárias não pudéssemos averiguar se alguém está tendo sucesso ou não? Penso que este é o maior desastre que o Cristianismo vem sofrendo nestes tempos.

É justamente por não estarmos dando atenção aos fatores espirituais que verdadeiramente contribuem para o sucesso, para o crescimento interior e para a vida espiritual bem-sucedida que temos visto tanta coisa grotesca e monstruosa nos arraiais cristãos. É por não darmos atenção aos preceitos bíblicos que vemos muita gente que se diz cristã, agir como ímpios que não conhecem o Senhor.

Tomando por base o texto de Tessalonicenses, vamos estabelecer alguns princípios e preceitos que certamente nos farão perceber e discernir se alguém está sendo bem-sucedido em sua caminhada espiritual ou não. Vejamos o significado de vida bem-sucedida nos termos das Escrituras e façamos, então, comparação com o que temos visto.

Descrevi à minha maneira de pensar, 12 preceitos de vida espiritual bem-sucedida e ministrei em um domingo na nossa Comunidade. A pergunta que perpassa esses princípios é: quais as características demonstráveis de vida espiritual bem-sucedida que devemos encontrar em alguém? Lembrando-nos que absolutamente ninguém é perfeito e que essas características devem ser vistas como alvos e objetivos a serem alcançados.



1 – Possuir uma correta relação com seus superiores (v.12,13) – é interessante que Paulo inicie suas exortações finais nesta carta justamente orientando os irmãos a terem o trato correto com as autoridades na igreja. Ele usa expressões como reconhecê-los, estimá-los e amá-los. Ora, sabemos que os nossos líderes e pastores não são perfeitos e nem sempre acertam em tudo, mas não somos autorizados em parte alguma das Escrituras a não respeitá-los, mas a dar aos mesmos o devido reconhecimento de sua vocação.

2 – Praticar a exortação e consolação mútuas (v.14) – que preceito interessante. Deve-se corrigir os que praticam desordem, deve-se animar os de baixa estima e depressivos, deve-se apoiar e ser suporte dos mais fracos na vida e nas circunstâncias e deve-se ter paciência com todos. Isso é sucesso espiritual.

3 – Excluir a vinganças de nossas relações (v.15) – quem é bem-sucedido na vida espiritual não se pode dar ao luxo (ou ao des-luxo) de se deixar levar por sentimentos de vingança e retaliação, mesmo quando quiser justificar suas ações como válidas contra alguém que lhe fez mal. Retribuir vingativamente faz mal ao outro (que pode até mesmo merecer, na concepção da maioria) e a nós também.

4 – Sorria de tudo (v.16) – regozijar é estar em um estado de alegria constante, independente das circunstâncias que nos cercam. Sorrir é o melhor remédio em muitas situações, exceto na morte (por que nela há luto envolvido). Mas quando orientamos as pessoas a sorrirem estamos querendo dizer que elas devem estar sempre contentes e alegres nas situações corriqueiras da vida, mesmo quando estas não lhes favorecem. Isso não é fácil pra ninguém, mas é algo a se alcançar.

5 – Possuir uma vida diária de oração (v.17) – todas as religiões e filosofias no mundo reiteram o valor especial das orações, meditações e períodos de isolamento diário. Isso não é exclusivo do Cristianismo ou do Judaísmo, mas penso que os cristãos são os que menos têm orado hoje. A prática da oração diária foi substituída por uma série de coisas, até mesmo coisas que parecem com orações, mas não são. Digo que da oração não se tira férias. Saímos em férias, mas nunca da oração.

6 – Adquirir um espírito de gratidão (v.18) – gratidão é uma coisa escassa. Só agradecemos a Deus quando recebemos as bênçãos materiais como o carro, a casa, o emprego que queremos, um bom casamento, a cura e afins. Não damos graças quando o carro quebra e por isso não olhamos em volta para ver se há algum propósito nisso; não agradecemos quando ficamos doentes e precisamos ir ao médico, e não pensamos que isso é um processo de cura de algo que nem sabíamos que estava em nós e Deus nos revelou para nos curar; não agradecemos quando perdemos o emprego e não vemos isso como uma parada necessária que Deus nos dá para o buscarmos mais. Posso escrever várias páginas sobre esse tema.

7 – Manter comunhão com o Espírito Santo (v.19) – Jesus nos disse que Ele e o Pai viram para habitar em nós (João 14.23), isso só é possível por causa do Espírito Santo. Ele é o poder da criação, o conhecedor da plena vontade do Pai e do Filho, Aquele que nos capacita com os dons sobrenaturais e é o selo que nos garante a eternidade ao lado de Deus, mas é o que a grande maioria dos cristãos ainda menos entende e com quem menos se relaciona. Deus veio morar em nós, e não sabemos o que isso significa ainda hoje.

8 – Não rejeite a espiritualidade dos outros (v.20) – todos podem profetizar, ter dons e serem usados por Deus na igreja. Não podemos fazer acepção de pessoas e nem podemos considerar que outros irmãos não são aptos para serem canais divinos em nosso meio. Não há algo como uma hierarquia espiritual ou preparo adequado para ser usado nos dons do Espírito. Ele usa quem quer a hora que quer e no lugar que desejar. Devemos ser humildes e prontos para compreender e aceitar que outras pessoas também são usadas por Deus além de nós.

9 – Ser positivamente crítico, não destrutivamente crítico (v.21) – reter o que é bom significa exatamente isso, reter o que é bom. A orientação de Paulo é apenas essa, examinar e reter, não criticar ou rejeitar prontamente. Se há críticas para serem feitas, devem ser feitas num espírito construtivo, não para destruir o ânimo ou a busca do outro. Somos “rápidos no gatilho” para atirar sem pensar ou não refletir o que estamos ouvindo, mas ao contrário, precisamos nos disciplinar para ouvir, refletir e reter o que é bom.

10 – Em relação ao mal, se posicionar assim: “na dúvida, lança fora!” (v.22) – essa é a melhor posição que podemos tomar em relação às coisas que nos trazem dúvidas existenciais ou nos fazem coxear entre dois pensamentos: não levar em consideração e lançar fora. Se o que está diante de nós apenas aparenta algo maligno, e temos convicção disso, então não devemos continuar a considerá-lo, devemos nos afastar. Afastar-se de toda a aparência do mal é coisa sábia a se fazer. Não podemos brincar de pular fogueira com ele.

11 – Procurar honrar a Deus com sua santidade pessoal (v.23) – este é um dos mais fortes problemas do mundo atual. É um dos maiores problemas na igreja, e não poderia ser diferente, pois estamos neste mundo também. O tema da santidade, da santidade do corpo e da vida é algo extremamente chocante para as pessoas, sejam cristãs ou não. Deus não deseja só a alma e o coração das pessoas, Ele também tem planos para o corpo delas. De alguma forma, tornou-se comum não levar em consideração a santidade do corpo como algo especial. Não só nas questões sexuais, mas também na ingestão do álcool, do cigarro, das drogas e na exposição deliberada do corpo ao perigo, a humanidade tem agredido constantemente uma das mais importantes leis divinas, a do cuidado do seu templo físico, esquecendo-se que prestarão a Deus contas pelo que fizeram com ele (I Coríntios 3:17).

12 – Orar pelos outros (v.25) – bom, se alguns cristãos têm deixado a vida pessoal de oração, o que dizer, então, do imperativo de orar pelos seus irmãos. Se a oração pessoal ocupa lugar último, a intercessão, nem lugar encontra. É comum nas reuniões de oração da igreja de hoje, orar apenas por si, por seus desejos pessoais, por seu sucesso profissional e financeiro, por seu casamento e por tudo em que o “eu ou o “meu” esteja em foco. Não digo que orar por essas coisas seja errado, pode e deve-se orar a Deus por isso, mas também se deve orar pelos outros irmãos, por aqueles que não fazem parte de sua família imediata, por aqueles que não fazem parte de seu círculo de amizade na igreja, por fim, por toda a igreja. Deve-se orar pelo mundo para que se converta, pelos governantes para que sejam sábios, contra todo o sistema opressivo e violente ao nosso redor e pelas coisas que ocupam o coração de Deus, como as missões, a volta de Cristo, o avivamento e etc.

Ter vida espiritual bem-sucedida é fácil no falar, mas no agir diário, é uma forte disciplina. Ninguém será bem-sucedido na vida sem disciplina e esforço, também na vida espiritual não será diferente. Aqui, nesta exposição, temos algumas coisas pra refletir e nos corrigir. Não desanime, inicie a jornada.

Pense nisso!



Por Carlos Carvalho

domingo, 4 de dezembro de 2011

Adorando Errado







A Primeira Igreja Batista de Orlando (EUA) fez paródias, a partir de algumas canções bastante conhecidas, ministradas, traduzidas e apreciadas no meio Cristão Protestante mundialmente.
 
São canções lindas em suas origens, pelas quais muitas vidas foram levadas em adoração. Entretanto, essas paródias refletem o que outras muitas vidas sentem ao ouvi-las e cantá-las.
 
Ninguém de fato assume tais paródias. Ninguém, posso afirmar, dirá: "É verdade, assim que eu canto.", ou "Assim que penso", e as assumirá como realidade em suas vidas. Por isso, é importante que todos, façamos uma avaliação acerca da própria adoração.
 
Adorar é mais do que cantar, ou tocar. Adorar vai além das emoções e dos sentimentos cotidianos, antes, é um estilo de vida, um resultado dos nossos sentimentos pelo próprio Deus. O amamos, O apreciamos, e por isso O adoramos. E quando O amamos, e apreciamos, reconhecemos Sua grandeza, bondade, e perfeição e enxergamos em nós o oposto de tais características.

Avaliemos então, a nós mesmos, ouçamos o que canta nosso coração, nossas atitudes e nossa forma de viver, enquanto nossa boca profere: "Cantarei Teu amor pra sempre", "E eu, eu nada sou sem Ti", "Cristo move as montanhas, e tem poder pra Salvar(...)". Na segunda, na terça, na quarta, quinta e na sexta-feira, longe da Igreja e dos nossos líderes, sozinhos em nosso quarto, ou cercados em nosso trabalho, escola, faculdade precisamos viver em adoração plena, porque o Espírito procura verdadeiros Adoradores, que O adorem em Espírito e em Verdade, de coração quebrantado e contrito, dispostos e serem humilhados pelo mundo por causa dEle. "Porque dEle, por Ele, e para Ele são TODAS as coisas. A Ele a Glória, pra Sempre", assim, todo o nosso Espírito, Alma e Corpo precisam Cantar e Viver.

O Poder do Sol



   Quase todos os dias, nós que moramos nesta parte do hemisfério, podemos sentir a força do calor emitido pelos raios do Sol que chegam até nós. Apesar de este poderoso astro estar a cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra, sua luz leva um pouco mais do que 18 segundos para chegar aqui e sua temperatura na superfície é superior a 6 mil graus centígrados, o suficiente para vaporizar qualquer tipo de rocha.
    O nosso planeta caberia mais de 1 milhão de vezes dentro do Sol e ele é responsável por nossa temperatura e pelo clima. Todos os seres humanos no planeta necessitam, segundo pesquisadores, de um total de 16 terawatts – 1 terawatt é igual a 1 trilhão de watts – e a energia solar que chega à parte sólida da Terra é de 120 mil terawatts, isso é gigantescamente absurdo.
    Isto significa que se nós conseguíssemos captar apenas uma pequena quantidade de toda essa energia liberada, nunca mais teríamos problemas energéticos em nosso mundo, e não somente isso, essa energia é limpa e não poluente. Também é gratuita, e talvez por isso os investimentos sejam tão pífios globalmente, dando imensa lucratividade aos que exploram gananciosamente as reservas naturais de nosso mundo, às custas da destruição ambiental cada vez mais impiedosa.
    Já é certo que se expor aos raios solares por uns 15 ou 30 minutos no dia é a maneira adequada como nosso corpo foi projetado para sintetizar a vitamina D, isso serve para fixar o cálcio no organismo, prevenir a osteoporose e fortalecer nosso sistema imunológico. Dá mesma forma que todos os seres vivos e o planeta dependem direta ou indiretamente do Sol, nós os humanos também dele precisamos.
    O rei Davi, extasiado e maravilhado com a criação descreve ela e o Sol assim:

“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.
Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz.
Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. Nos céus ele armou uma tenda para o sol,
que é como um noivo que sai de seu aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói.
Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor.”
Salmos 19:1-7 (na Bíblia Católica o 18)

    O escritor do livro do Gênesis ao narrar a trajetória da criação, referindo ao quarto momento criativo, lhe chama de “luminar maior” (versículo 16, do capítulo 1), e não para menos isso, pois o Sol sozinho, é responsável por mais de 99% da massa do nosso Sistema Solar.
    Estamos longe de descobrir e desfrutar de todo o poder e benefícios advindos do Sol, mas estamos avançando na direção correta, se mantivermos nossa perspectiva na energia limpa, num meio ambiente saudável, na consciência do reaproveitamento das coisas reaproveitáveis, e quem sabe, um dia, possuiremos a tecnologia adequada para extrairmos todo o potencial – ao menos a parte benéfica – da força de nosso astro maior.

Por Carlos Carvalho