sexta-feira, 28 de junho de 2013

HISTÓRIAS DILUVIANAS


HISTÓRIAS DILUVIANAS

Os registros históricos mais antigos que se conhece têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos. São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente digno de nota é o fato de, nas mais variadas culturas, em todos os continentes, existirem tradições que aludem à ocorrência de um dilúvio global com paralelismos espantosos entre sí, tendo sido documentadas mais de 270 em contextos culturais diferentes.

Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanasasiáticassumériasassíriasarmêniasegípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém em algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação.

Observe em linhas gerais no mapa abaixo a distribuição no globo da maioria desses relatos e veja que em todos os continentes há registros diluvianos. Existem algumas considerações a serem feitas, e não é o objetivo deste pequeno artigo, como muitas dessas narrativas serem apenas de inundações de rios locais (no caso dos 1 milhão das narrativas), da questão das causas da inundação (meteoro, tectônica de placas ou mudança dos polos), e a única grande objeção real sobre a altura das ondas por causa do Monte Everest. Um pesquisador sensato e com mente clara irá perceber que todas essas objeções já forma mais que suficientemente resolvidas, restando somente a questão do Everest, mas facilmente respondida com a certeza de que, mesmo que lá não fosse submergido, ninguém subsistiria em sua altitude.

Fiz uma leitura de quase todo o conteúdo principal encontrado na internet e em alguns livros. Também li em páginas de cético ateus sobre o “desmascaramento do dilúvio de Gênesis” e coisas deste tipo. Além de perceber a infantilidade das perguntas que mais parecem com as daquelas crianças que querem saber por onde elas saíram da barriga da mamãe, sendo a resposta tão óbvia para os que são adultos, mas “inexplicável” a “bebês”. Não há como não ver que os achados de fósseis marinhos no Nordeste brasileiro é uma indicação de que o mar invadiu também aquela área. Mesmo que alguns geólogos digam que isto foi a milhões de anos. Se você remover a data inventada, resta a prova do dilúvio.

Uma evidência moderna do poder das águas são os tsunamis. Impressiona-me o estudo do sismo e do tsunami de 2004 na Indonésia. Seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade da crosta terrestre, com mais de 9,0 na Escala de Richter e as águas vieram somente do mar causando ondas entre 10 e 30 metros. Foi um evento tão poderoso que alterou a posição do Polo Norte, modificou a forma do planeta e encurtou o comprimento dos dias em alguns microssegundos (a Terra gira mais rápido agora), além dos milhares de mortos, 15 países diferentes foram afetados diretamente. E isso passou longe de um dilúvio!

Como ouvi em um debate acadêmico entre cientistas evolucionistas e criacionistas na Universidade Mackenkie algum tempo atrás, quando o biólogo evolucionista ao ser indagado se a evolução é um fato incontestável, ele respondeu que não poria desta forma, mas que era algo “altamente corroborado pelas evidências”. Nesta categoria coloco o dilúvio relatado em Gênesis, de forma bem científica: é altamente corroborado pelas evidências!

Carlos Carvalho


sábado, 22 de junho de 2013

Tempo & Datação
Parte 1

J.W. Sire
Podemos classificar os métodos empregados em três grupos:
  • ·         métodos de pesquisa em estratigrafia (paleomagnetismo e estratigrafia);
  • ·         métodos de datação baseados em quantidade de isótopos radioativos e seus derivados (40Ar/39Ar, K/Ar, U/Pb, Rb/Sr, Sm/Nd, Re/Os, 230Th/234U, Séries do U, 14C);
  • ·         métodos baseados em danos de radiação cumulativos causados no material geológico (Traços de Fissão, TL/OSR, ESR).

As menções de pesquisa em estratigrafia aparecem em cerca de 34% dos artigos. O método mais citado de pesquisa estratigráfica utiliza a orientação da magnetização das rochas. Supõe-se que a rocha tenha-se formado em alta temperatura e a direção da magnetização da mesma seria a direção do campo magnético terrestre por ocasião do seu resfriamento. Estudos deste tipo indicam diversas reversões do campo magnético terrestre, que são usadas como referência em estratigrafia. Os artigos que mencionam este tipo de estudo foram contados nas colunas sob o título de paleomagnetismo, aparecendo em cerca de 20% dos artigos. Cerca de 70% destes artigos não mencionam métodos de datação para calibrar as inversões magnéticas no tempo.
Dos métodos de datação baseados em quantidades de isótopos radioativos e seus derivados, observa-se que os mais utilizados são os que envolvem o isótopo radioativo 40K (K/Ar e 40Ar/39Ar). Os outros método que se destacam são os métodos do U/Pb, (mais utilizado para tempos maiores do que o tempo atribuído ao Fanerozóico), e o método do C14, que tem utilidade limitada a tempos curtos em datação arqueológica e a parte do período quaternário.
O método de datação por traços de fissão baseia-se nos danos causados na estrutura cristalina da rocha pelas partículas resultantes da fissão espontânea do 238U, sendo aplicado a rochas em qualquer período da sequência estratigráfica. São mencionados em cerca de 5% dos artigos.
Os métodos de TL/OSL e ESR são baseados na criação de defeitos em cristais pela radiação ionizante proveniente do ambiente e de isótopos radioativos na própria rocha, e tem sido utilizados para datação de parte do período quaternário e datações arqueológicas. Deixaram de ser utilizados para outros períodos por não darem resultados compatíveis com o esperado (Ikeya 1983). São mencionados em cerca de 5% dos artigos, mas vários deles tratam apenas de estudos da viabilidade do método para datação geológica ou de estudos dos modelos dos fenômenos de termoluminescência (TL) ou luminescência opticamente estimulada (OSL).
(Continua…)

Carlos Carvalho

Referência citada:

IKEYA, M. (1983) Progress in ESR dating of fossils. PACT Journal 9:421-431.

quinta-feira, 20 de junho de 2013


Inteligência & Ateísmo – novos dados

A maioria (que fique bem claro isto) dos que se dizem ateus no Brasil são bem jovens, na faixa etária entre 14 e 35 anos de idade e, por isso, muitos ainda não possuem experiência de vida e não completaram seus estudos. Apenas para ter uma ideia dos números, o Censo do IBGE 2010[1] nos mostra uma realidade interessante.
Pouco mais de 615 mil pessoas se declaram como ateus, num universo de 190 milhões de habitantes, isto representa 3,09% do total. A pesquisa do instituto mostra algo mais claro: entre as pessoas menos alfabetizadas e que não completaram seus estudos, estão os católicos em sua maioria (principalmente os de idade mais avançadas) e os que se declaram ateus e sem religião.
Entre os mais estudados e alfabetizados estão os evangélicos, protestantes e espíritas, um verdadeiro contrassenso pelo fato de que os religiosos são considerados como pessoas exatamente opostas pelos defensores do ateísmo militante. Para esses, os religiosos são ignorantes, sem conhecimento e destituídos de senso crítico.
Que estranho fato o Censo nos mostra, não? Os religiosos que são o alvo dos ateus são mais inteligentes e mais bem formados do que eles. Para certo ateu e evolucionista, esta “Mas a massa sem educação precisa de um Deus para mantê-la fora do crime ou confortá-la na aflição” (Dawkins, 1994)[2]. Como repito em determinados momentos, a grande maioria dos que se dizem ateus são apenas repetidores e multiplicadores de links e vídeos com respostas prontas e argumentos variados mesclados com palavras que aparentam alguma inteligência.
McGrath afirma que esses argumentos são “factoides convenientemente exagerados para alcançar o impacto máximo e fragilmente organizados para sugerir que constituem um argumento” (McGrath, 2007, p. 18).[3] Em verdade, são construídos com essa finalidade. Mas preciso reconhecer duas coisas: de ambos os lados as coisas são semelhantes em certo aspecto.
Assim como do lado ateísta militante existe grande número de indivíduos que são somente reprodutores de links e imagem prontos porque nunca pensaram de fato nos assuntos que defendem, assim também no meio cristão, há um enorme número que pessoas bem intencionadas (até irritadas com o ateísmo) que são também repetidores de respostas prontas, que no geral, não ajudam a defesa da cosmovisão cristã.
Contudo, um fato permanece, se os ateus desejam lutar contra o Cristianismo e contra o criacionismo tentando insinuar que os cristãos e os religiosos não são inteligentes, sem formação acadêmica e sem formação científica, deveriam ir por outro caminho, pois este, já está superlotado de crentes.

Carlos Carvalho




[1] Censo IBGE 2010, já disponível em pdf na rede.
[2] Dawkins, Richard. The “know-nothings”, the “know-alls”, and the “no-contests”, 1994.
[3] McGrath, Alister. O delírio de Dawkins. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.

sexta-feira, 14 de junho de 2013


Ateus buscam apoio na ciência durante momentos de estresse

 Por Cesar Grossmann

Já foi demonstrado que a fé religiosa pode ajudar as pessoas a lidar com o estresse e a ansiedade, dando a elas uma sensação de controle em momentos de incertezas. Aparentemente, a “crença” na ciência e uma abordagem racionalista pode fazer o mesmo para as pessoas não religiosas.

Para entender como uma pessoa não religiosa lida com estresse e incerteza, uma equipe de psicólogos da Universidade de Oxford (Reino Unido), liderados pelo professor Miguel Farias, procurou uma área da atividade humana cheia desses elementos: uma competição esportiva. No caso, uma competição de barcos a remo.

Pouco antes da competição, 52 remadores receberam um questionário sobre a “crença na ciência” e, para comparar, um grupo de remadores que estava começando um treino recebeu o mesmo teste. O teste pedia para eles darem uma nota sobre sua concordância com frases como “a ciência é a parte mais valiosa da cultura humana”, além de informar qual seu nível de estresse e qual o grau de sua crença religiosa.

O resultado do teste mostrou que remadores prestes a competir dão uma nota 14% maior à sua crença na ciência do que os que estavam apenas treinando. Mas o trabalho tem suas limitações – ele não mediu se os níveis de estresse baixaram e se os participantes, atletas competitivos que seguem um regime de treinamento racional, provavelmente já tinham uma mentalidade mais racionalista.

Entretanto, o resultado vem se somar a um conjunto crescente de evidências psicológicas que as pessoas buscam conforto em tempos difíceis aproximando-se de certos aspectos de sua visão de mundo – pessoas conservadoras se tornam mais conservadoras, por exemplo, liberais ficam mais liberais, e religiosos ficam mais devotos.

A visão racionalista teria a mesma função, segundo Farias. “Qualquer tipo de sistema de crenças que lhe ajude a estruturar sua percepção da realidade vai permitir que você pense o universo de uma forma significativa particular”, comenta.

O próximo passado dos pesquisadores é realizar estudos com cientistas religiosos, para ver como os dois sistemas de crença interagem em resposta ao estresse. [New Scientist, Journal of Experimental Social Psychology]


Fonte: HypeScience

quarta-feira, 12 de junho de 2013




Larry King e a maior de todas as questões

O apresentador de programa de entrevista pela TV norte-americana King, ao ser perguntado sobre quem ele mais gostaria de entrevistar, entre todos s personagens da História, disse que gostaria de entrevistar Jesus.

“O que você lhe perguntaria?”, quis saber um jornalista. “Eu gostaria de perguntar-lhe se ele de fato nasceu de uma virgem, porque a resposta a essa pergunta definiria a História.” Banal que pareça à primeira vista, Larry King estava absolutamente certo em identificar a coluna sobre a qual toda a História de apoia.

Se verdadeiramente Jesus Cristo é quem dizia que é, qualquer crítica à mensagem cristã é a expressão máxima da inutilidade. Por outro lado, se as suas reivindicações eram falsas, o cristianismo e muito da História foram construídos sobre uma mentira. Por isso a defensabilidade da mensagem cristã ocupa posição especial para todos nós cristãos.

Ravi Zacharias

Carlos Carvalho

terça-feira, 11 de junho de 2013


A Datação dos Fósseis

Sabemos que o registro fóssil tem desempenhado um papel chave no desenvolvimento da teoria da evolução. Mas como, exatamente, alguém chega a datar um fóssil? George Cuvier, o pai da paleontologia moderna, estava em Paris quando a cidade estava sendo reconstruída após a Revolução Francesa. Ele reparou que a rocha sob as ruas estava dividida em camadas, e que cada camada aparentava conter diferentes fósseis.
Mais tarde, durante a Revolução Industrial, Charles Lyell e uma dupla de amigos continuaram de onde Curvier havia parado, e desenvolveram uma teoria de que a vida começou numa forma simples e então se diversificou em criaturas mais complexas (Darwin era um menino nessa época). Eles teorizaram que os fósseis de criaturas simples deveriam, portanto, ser encontrados na camada mais profunda, e que os fósseis de criaturas mais complexas deveriam ser encontrados nas camadas superiores.
Eles tentaram provar sua teoria, analisando as camadas e nomeando-as com base nos fósseis encontrados em cada uma delas. Por fim, Lyell sugeriu doze períodos da Terra e o modelo que ele desenvolveu veio a ser conhecido como colunas geológicas. Hoje, é sobre estas colunas que a datação é baseada.
Entretanto, as colunas geológicas como um todo, criadas na teoria por Lyell, não puderam ser encontradas em qualquer lugar e têm havido casos de várias camadas aparecendo em ordem diferentes, dependendo de onde você estiver escavando. Desde que foram propostas, as colunas geológicas usadas para datar o registro fóssil funcionaram bem na teoria, mas não tão bem à fria e dura luz da realidade.

Peter & Paul Lalonde

Carlos Carvalho

domingo, 9 de junho de 2013



ORIGEM DA VIDA
Maravilha e mistério

Luis Fernandez Cuervo

         Em 1953, dois cientistas, Stanley Miller e Harold Urey, conseguiram, pela primeira vez, a síntese de aminoácidos em condições que, segundo eles, eram como os de uma Terra primitiva. Como os aminoácidos são alguns dos componentes essenciais dos seres vivos, acreditava-se que estava mais perto de compreender como a vida começou e, até posteriormente, como fora fabricada.
 Em 1991, o mesmo Millar disse: "A origem da vida  foi mais complicada do que eu e muitos outros supomos”. Outro cientista famoso, Paul Davies, em seu livro  O Quinto Milagre  (Edit. Crítica, Barcelona, ​​2000), afirma: "Muitos cientistas que trabalham nesta área acreditam que os principais problemas da biogênese foram basicamente resolvidos. Vários livros recentes transmitem a mensagem confiante que a origem da vida não é, afinal, tão misteriosa. Mas eu acho que eles estão errados. Depois de passar um ou dois anos pesquisando neste campo, eu sou agora da opinião de que ainda existe uma grande lacuna no nosso conhecimento. "
         Parte do antigo otimismo de se acreditar estar muito perto da solução a partir da experiência de Urey e Miller, foi baseado em aceitar acriticamente assumindo, como esses cientistas, quando a vida apareceu sobre a Terra. Mas não há concordância hoje entre os cientistas de cómo foram as condições terrestres quando a vida surgiu aqui. Há geofísicos que pensam que a atmosfera primitiva da Terra era oxidante, moderadamente abundante de dióxido de carbono, nitrogênio e água, ambiente muito diferente das simulações em laboratório. Há outros que levantam a hipótese de que a vida, de forma muito simples, não surgiu no nosso planeta, mas foi semeada a partir do espaço exterior, o que é criticado pela maioria. O fato é que o mistério continua e se amplia.
         Então, quando perguntado em 2003, com Christian de Duve (Prémio Nobel da Medicina em 1974) em que ponto estavam os cientistas de entender a origem da vida, disse:  "Nós não estamos em qualquer ponto, não sabemos nada."  Da mesma forma, John Horgan, respondeu que a solução para a origem da vida  "parece mais longe do que nunca. A bactéria é um complicador elemental tão maldito, do ponto de vista químico, que é quase impossível imaginar como ela surgiu”.
         Não só não sabemos quando ou como a vida se originou na Terra, mas não se sabe, do ponto de vista da ciência experimental, o que é a vida. Então, quando Werner Arber, Prêmio Nobel de Medicina em 1978, foi convidado, em 2000, a respoder o que era a vida, disse: "Eu não posso responder a essa pergunta. Não entendo como todas essas moléculas foram combinadas para formar esses organismos inicialmente unicelulares ou multicelulares. Eu apenas não entendo. Como cientista eu tenho que ser honesto, então eu devo confessar que estou longe de compreender plenamente o que é a vida. "

Carlos Carvalho
Pesquisador


Fonte: Arvo Net

segunda-feira, 3 de junho de 2013




1.      Como a vida surgiu? O evolucionista Paul Davies admitiu: “Ninguém sabe como uma mistura de químicos sem vida espontaneamente se organizou de modo a gerar a primeira célula” (Australian Centre for Astrobiology, Sydney, New Scientist 179(2403):32, 2003). Andrew Knoll, professor de Biologia em Harvard, disse: “Na verdade, nós não sabemos como é que a vida se originou neste planeta” (PBS Nova interview, How Did Life Begin?, July 1, 2004). Por menor que a célula possa ser, ela necessita de centenas de proteínas para poder levar a cabo as funções mais básicas. Mesmo que todos os átomos do Universo fossem uma experiência com todos os aminoácidos presentes para todas as vibrações moleculares possíveis na suposta idade evolutiva do Universo, nem uma única proteína funcional se formaria. Então, como é que a vida, com centenas de proteínas, se originou apenas como efeito das forças da química (sem design inteligente)?

2.      Como surgiu o código genético? Código é um sistema de linguagem sofisticado com letras e palavras em que o significado das palavras é independente das propriedades químicas das letras – tal como a informação neste texto não é produto das propriedades químicas da tinta (ou pixels na tela). Que outro sistema de código existe que não tenha sido efeito de designinteligente? Como o sistema de código do DNA surgiu sem ser obra de design inteligente?
 
3.      Como as mutações – acidentes na cópia (“letras” do DNA trocadas, apagadas ou acrescentadas, duplicação de genes, inversão cromossómica, etc.) – geraram os enormes volumes de informação de DNA nos sistemas biológicos? Como esses erros poderiam gerar três bilhões de letras de informação DNA de modo a transformar um micróbio em um microbiólogo? Há informação para construir proteínas, mas também para controlar seu uso – assim como um livro de culinária possui os ingredientes, mas também a forma como usá-los. Um sem o outro não serve para nada. As mutações são conhecidas pelo seu poder destrutivo, incluindo mais de mil doenças, como a hemofilia. Muito raramente elas são fonte de algum tipo de ajuda. Como a mistura de informação existente no DNA poderia gerar novos caminhos bioquímicos ou nanomáquinas biológicas?

4. Por que seleção natural, um princípio sugerido por um criacionista 25 anos antes de Darwin, é ensinada como “evolução”, como se isso explicasse a origem e a diversidade da vida? Por definição, a seleção natural (SN) é um processo seletivo (que “escolhe” entre a informação genética já existente) e, como tal, não se trata de um processo criativo. A SN pode explicar a sobrevivência dos mais aptos (como certos genes beneficiam certo tipo de criaturas para que vivam num ecossistema específico), mas não explica a origem dos mais aptos. A morte de formas de vida mal adaptadas a um ecossistema, bem como a sobrevivência dos mais bem adaptados não explicam a origem das características que tornam um organismo mais bem ajustado a um meio ambiente.

5. Como se originaram as novas reações bioquímicas, que envolvem múltiplas enzimas operando em sincronia? Para funcionar, todas as reações químicas (bem como as nanomáquinas) requerem múltiplos componentes “proteína + enzima”. Como é que acidentes fortuitos teriam criado apenas uma das tais estruturas? O bioquímico evolucionista Franklin Harold escreveu: “Temos que admitir que atualmente não existe nenhuma explicação darwiniana em torno da evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular – apenas uma variedade de especulações esperançosas” (Franklin M. Harold [emeritus biochemistry Colorado State University], The way of the cell: molecules, organisms and the order of life, Oxford University Press, New York, 2001, p. 205). Por que as escolas públicas – pagas por todos – escondem esse tipo de declarações?

6. Os seres vivos têm a aparência de terem sido criados? Como os evolucionistas sabem que eles não foram? O militante ateu e evolucionista Richard Dawkins escreveu: “A Biologia é o estudo de coisas complicadas que possuem a aparência de terem sido projetadas [criadas] com um propósito” (Richard Dawkins, The Blind Watchmaker, W.W. Norton & Company, New York, p. 1, 1986). Francis Crick, outro militante ateu e fervoroso evolucionista (co-descobridor da estrutura de dupla hélice do DNA), escreveu: “Os biólogos têm que se lembrar constantemente de que o que eles observam não foi criado mas, em vez disso, evoluiu” (Francis Crick, “What mad pursuit: a Personal View of Scientific Discovery”, Sloan Foundation Science, London, 1988, p. 138.) O problema para os evolucionistas é que os seres vivos revelam muito design. Quem levanta objeções a um arqueólogo quando ele declara que certo tipo de cerâmica aponta para design intencional e inteligente? No entanto, e numa total inversão da lógica e da ciência, os evolucionistas rejeitam qualquer interpretação da biologia que aponte para o Design Inteligente. Por que as origens da biosfera se devem restringir apenas e somente a causas que estejam de acordo com a versão atual do naturalismo?

7. Como vida multicelular surgiu? Como é que as células adaptadas para a sobrevivência individual “aprenderam” a cooperar para formar plantas e animais complexos?
 
8. Como o sexo surgiu? A reprodução assexuada produz o dobro do sucesso reprodutivo que a reprodução sexuada. Dada essa situação, como é que a última se tornou suficientemente vantajosa para ser selecionada? Como as forças da física e da química conseguiram, ao mesmo tempo e na mesma área geográfica, “inventar” o aparato complementar necessário para a reprodução sexual? É importante não esquecer que processos não inteligentes não conseguem planejar futura coordenação entre macho e fêmea.

9. Por que os esperados incontáveis milhões de fósseis transicionais ainda estão em falta?Darwin ressalvou o problema, mas ele ainda se mantém. As árvores evolutivas dos livros escolares se baseiam na imaginação dos evolucionistas e não nos fósseis em si. O famoso evolucionista e paleontólogo Stephen Jay Gould escreveu: “A extrema raridade das formas transicionais no registo fóssil continua a ser o segredo comercial da paleontologia” (Stephen Jay Gould, “Evolution’s erratic pace”, Natural History 86[5]14, May 1977). Outros evolucionistas afirmam essencialmente o mesmo.

10. Como os “fósseis vivos” permanecem essencialmente da mesma forma durante os supostos “milhões de anos”, se a evolução transformou minhocas em seres humanos durante o mesmo período? O evolucionista Gould escreveu: “A persistência da estabilidade entre as espécies tem que ser considerada um problema evolutivo” (S. J. Gould and N. Eldredge, “Punctuated equilibrium comes of age”, Nature 366:223–224, 1993). Não seria do interesse dos alunos saber que o padrão da vida não está de acordo com as expectativas evolutivas?
 
11. Como a química cega gerou a mente, a inteligência, o propósito, o altruísmo e a moralidade? Se tudo evoluiu e o ser humano inventou Deus, qual é o propósito e o significado da vida – se é que há algum? Devem os estudantes receber aulas de niilismo (a vida não tem sentido) nas aulas de ciência?

12. Por que os evolucionistas toleram histórias da carochinha? Os evolucionistas usam com frequência histórias maleáveis e imaginativas como forma de “explicar” uma observação que contradiga a teoria da evolução. O falecido professor de Química Dr. Philip Skell escreveu: “As explicações darwinistas para coisas como essas são usualmente demasiado flexíveis: a seleção natural torna os homens mais egocêntricos e agressivos, exceto – exceto quando os torna mais altruístas e pacíficos. Ou a seleção natural produz homens viris que estão desejosos de disseminar sua semente – exceto quando a seleção prefere homens que são protetores fiéis. Quando uma explicação é assim tão flexível que pode explicar qualquer tipo de comportamento, torna-se difícil testá-la empiricamente – muito menos usá-la como catalisadora de descobertas científicas” (P. S. Skell, “Why do we invoke Darwin? Evolutionary theory contributes little to experimental biology”, The Scientist 19[16]:10, 2005). Se uma teoria (evolução) explica dois comportamentos ou duas observações mutuamente exclusivas, será que se pode considerá-la uma teoria “científica”?
 
13. Onde estão os avanços científicos causados pela teoria da evolução? Dr. Marc Kirschner, fundador do Departamento de Biologia Sistemática, na Universidade de Harvard, diz: “De fato, durante os últimos cem anos, praticamente toda a biologia progrediu independentemente da teoria da evolução, exceto a própria biologia evolucionária. A Biologia Molecular, a Bioquímica e a Fisiologia não tiveram em conta a teoria da evolução” (citado no “Boston Globe”, 23 de outubro 2005). O Dr. Skell escreveu: “É o nosso conhecimento da operacionalidade das formas de vida – e não especulações sobre a forma como elas surgiram há milhões de anos – que é essencial para os médicos, veterinários, agricultores” (P. S. Skell, “The dangers of overselling evolution, Forbes magazine, 23 de fevereiro de 2009). Na verdade, a teoria da evolução impede o avanço científico. Por que, então, as escolas e as universidades ensinam o darwinismo de forma tão dogmática, retirando tempo da biologia experimental que tanto tem beneficiado a humanidade?
 
14. Ciência envolve experimentação como método de descobrir a forma como as coisas funcionam. Por que a evolução, uma “teoria” sobre o passado, é ensinada como se fosse o mesmo que ciência operacional? Não podemos experimentar – ou observar – o que ocorreu no passado. Quando questionado se a evolução alguma vez havia sido observada, o militante ateu e evolucionista Richard Dawkins disse: “A evolução já foi observada; ela só não foi observada durante o período em que estava ocorrendo” (pbs.org/now/printable/transcript349_full_print.html, 3 de dezembro de 2004). Não seria benéfico se os evolucionistas fossem honestos e revelassem ao mundo que sua teoria é uma hipótese (entre muitas) sobre o que supostamente ocorreu no passado?

15. Por que uma ideia fundamentalmente religiosa, um sistema de crenças que falha em explicar as evidências, é ensinada nas aulas de ciência? Karl Popper, famoso filósofo da ciência, disse: “O darwinismo não é ciência testável, mas, sim, um programa metafísico [religioso] de pesquisa” (K. Popper, Unended Quest, Fontana, Collins, Glasgow, p. 151, 1976). Michael Ruse, fervoroso evolucionista, declarou: “A evolução é promovida pelos seus aderentes como algo mais do que ciência. A evolução é promovida como uma ideologia, uma religião secular – uma alternativa ao Cristianismo, com propósito e moralidade. Sou um ardente evolucionista e um ex-cristão, mas tenho que admitir que nessa queixa – e o sr. [Duane] Gish é um dos que a faz – os literalistas [criacionistas] estão corretos. A evolução é uma religião. Isso foi assim em relação à evolução no princípio e é assim em relação à evolução hoje” (Michael Ruse, “Saving darwinism from the darwinians”, National Post [May 13, 2000).


Fonte: Criacionismo