sábado, 8 de março de 2014


A “Evolução” da Criação

Lendo um artigo publicado na Cardiovascular Science Forum, uma das revistas especializadas em publicações de Congressos Científicos, Fóruns e pesquisas da área cirúrgica cardiovascular brasileira, do Prof. Dr. Otoni M. Gomes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), chamou-me a atenção algumas de suas declarações acerca da criação e sua relação com a ciência.

Depois de definir os conceitos de ontogenia e filogenia, ele descreve em breve relato uma parte do estudo do desenvolvimento da circulação sanguínea humana, dando ênfase ao tubo cardíaco e suas semelhanças em outros seres. Encerra essa parte declarando que não seria possível o coração de uma espécie evoluir para outra. O Dr. Otoni assevera que há uma grande contradição científica nas teorias das espécies de transição e as extinções. Ele diz:

“Como afirmar a existência do que nunca pode ser provado, ou seja, das formas de transição, simplesmente alegando que foram extintas, sendo que pela própria teoria das espécies transicionais seriam mais capazes para sobreviverem do que as formas originais?”

Ele também crê que a evolução da criação é absolutamente diferente da evolução da adaptação, pois nenhum animal novo surgiu depois do homem. O doutor afirma que no próprio título do “Origem das Espécies” está constatado um erro básico na evolução como proposta por Darwin, porque as espécies que nos “antecederam” na filogênese estão praticamente todas sobrevivendo e multiplicando-se, desde algas marinhas, o anfioxo, os tubarões, os sapos, répteis, aves, mamíferos, sem falar que existem mais formigas e invertebrados na Terra do que homens. Nossos “ancestrais” estão sobrevivendo igual a quando foram criados e reproduzindo-se mais que nós, humanos.

O Prof. Otoni também faz referência ao primeiro capítulo do livro de Gênesis e crê firmemente que ali está descrito a sequência cientifica de eventos que nos trouxeram até aqui. Ele descreve 12 sequências de eventos que são narradas nos seis dias da criação. Óbvio que para ele os dias não são literais[1], mas apresenta magistralmente os eventos como segue:

1 – A criação do universo físico (espaço, tempo, matéria, energia, galáxias, estrelas, planetas, etc.).
2 – Criação da Via-Láctea.
3 – Criação da atmosfera terrestre de opaca e translúcida.
4 – Formação de um ciclo estável de águas.
5 – Separação entre oceanos e continentes.
6 – Produção de plantas no continente.
7 – Transformação da atmosfera translúcida para transparente, com o sol, a lua e as estrelas ficando visíveis pela primeira vez.
8 – Produção dos animais marinhos pequenos.
9 – Criação dos mamíferos marinhos.
10 – Criação dos pássaros.
11 – Formação dos animais terrestres (selvagens, domésticos e roedores).
12 – Criação da espécie humana (Adão).

O Dr. Otoni exemplifica essas afirmações dizendo que todos os estudos científicos, mais avançados hoje, atestam que na fase de sua formação a poeira cósmica impedia a passagem de qualquer luz para a superfície da terra (em Gênesis “as trevas cobriam o abismo”). Que também se afirma que no princípio, toda a superfície do planeta era coberta pelas águas e larvas vulcânicas (“E o Espírito de Deus pairava sobre as águas”). Num momento seguinte toda a superfície da terra ficou dividida em apenas duas partes: um oceano e um só continente gigantesco – a essa continente a Geologia o chama de Pangea (em Gênesis “Reúnam-se as águas em um só lugar e apareça a terra”). Esse continente persistiu por um tempo único e foi-se dividindo e separando-se até a forma que conhecemos hoje.

O Professor declara que Moisés escreveu com precisão científica todas as fases da vida sobre a Terra e todas as fases da sequência da criação do Universo e da Terra, e muito desse conhecimento só nos foi possível de comprovação nas últimas décadas com poderosos telescópios espaciais. Ele assevera que se não houvesse a interferência da revelação de Deus, seria impossível a Moisés fazer a descrição desses eventos.

Portanto, há muito que pensar, há muito que aprender e não podemos depender de alguns acadêmicos preconceituosos e de mídias vendidas a uma visão equivocada e única do universo e da vida, porque simplesmente rejeitam, sem argumentos sérios, a cosmovisão bíblica.


Carlos Carvalho
Pesquisador

Referência:
A Evolução da Criação. Otoni M. Gomes. Publicado na Cardiovascular Sceince Forum. Jan./Mar. 2009 – vol. 4 – number 1. p.15ss.




[1] Mesmo que alguns estudiosos e teólogos aceitem os dias de Gênesis 1 como dias literais em virtude da palavra  hebraica “yon” referir-se a um dia de 24 horas, é evidente que o tempo estava se organizando em nos primeiros versos de Gênesis e Moisés estava distante dos eventos inicias, conhecendo somente a palavra “yon” para se referir ao tempo naquele momento em que escrevia. O tempo de 24 horas como conhecemos está relacionado ao Sol, à Lua e à rotação da Terra, coisas que ainda estavam em forma embrionária ali.

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