quinta-feira, 28 de março de 2013


As Bases da Tolerância Religiosa estão no Cristianismo Protestante da Reforma


Tenho estudado cada vez mais o período anterior e o imediatamente posterior da Reforma no século XVI e, apesar de grandes e extensos volumes sobre o período, ainda não temos visto um compêndio com os benefícios que ela deu à humanidade e hoje, permanentemente, desfrutamos de seus frutos de liberdade no Ocidente em virtude de sua luta.
O Professor Geoffrey Blainey, das Universidades de Harvard e de Melbourne, que já recebeu o prêmio International Britannica Award, em Nova York, por seu excelente trabalho na disseminação do conhecimento em favor da humanidade, escreveu mais de 35 livros e um best-seller, publicou também “Uma breve história do Cristianismo”, pela Editora Fundamento em 2012, e descreve com maestria nossa contribuição desta forma:

“Um aspecto que nos intriga atualmente é o fato de a tolerância não figurar, naquela época, como objetivo do universo de cristãos, hindus, budistas, chineses, astecas ou incas. A ampla tolerância religiosa é quase uma invenção dos tempos modernos – praticamente impensável séculos atrás.
O importante era sustentar a visão religiosa apropriada, e não a liberdade de rejeitá-la. O direito de desobedecer ao governo e à Igreja, o direito de ser livre em matéria de consciência, são preceitos que surgiram muito lentamente, depois das fortes tensões provocadas pela Reforma. [...] Com ou sem intenção, os provocadores da Reforma lançaram a pedra fundamental da tolerância religiosa.” (p.221s)

Como tenho argumentado, devemos sempre, antes de julgar uma dada época e seus atos, ter a certeza de que compreendemos a cultura, os motivos, o sistema social do período estudado antes de fazer asseverações e declarações que fogem ao ou alteram o contexto do fato.

Carlos Carvalho
28 de março de 2013

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