sexta-feira, 15 de março de 2013



Em Deus não há acepção de pessoas.
Romanos 2.11
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”.

Este é um texto interessante, principalmente porque ele aparece exatamente aqui, no contexto de Romanos 2. Neste capítulo, a temática é que aqueles que conhecem a lei de Deus (judeus) e os que não conhecem (gentios) estão todos na mesma situação quando se refere ao juízo de Deus sobre os homens.
O texto nos informa que qualquer que pratica a lei de Deus, seja por conhecê-la (judeus) ou apenas por agir corretamente sem conhecer seus detalhes (gentios), isto será levado em conta no dia do julgamento de todos os seres. Isto significa que a despeito de nossas concepções teológicas restritas, Deus tem uma maneira só dele de julgar.
Essa frase só aparece seis vezes no Novo Testamento, em Atos 10.34, aqui em Romanos, em Efésios 6.9, em Colossenses 3.25, em Tiago 2.1 e 1 Pedro 1.17, mas somente aqui ela destaca algo que os outros textos não nos informam. Este é um texto de acusação e não de defesa das igualdades étnicas. Um texto que revela o destino de todos e não apenas de um grupo em particular.
Quando Paulo diz que Deus não faz acepção de pessoas, ele se refere a toda a classe humana que é igual aos olhos de Deus na questão do julgamento das ações dos homens, ou seja, não se trata de uma defesa da igualdade humana diante de Deus, como alguns gostam de mencionar, mas uma igualdade de condenação e de justiça divina sobre eles.
Direi de outro modo. O contexto anterior e posterior do versículo nos mostra que qualquer pessoa será tratada igualmente pela sentença do julgamento de Deus. Em resumo, tanto o que crê em Deus, como o que não crê, o judeu, o não-judeu, o cristão, o muçulmano, tanto o budista como o ateu, independente de suas crenças pessoais, se aceita a existência de Deus ou não, independente se crê no Deus revelado nas Escrituras ou não, todos serão igualmente julgados por Ele ao final.
É nisto que não há acepção de pessoas. É nisto que todos são iguais perante a face de Deus. O texto não defende aqui uma igualdade e fraternidade entre os homens, nem faz apologia à unidade da humanidade, nem à paz entre os homens, mas sim declara que todos, sem exceção, serão igualmente julgados por suas ações a favor ou contra o modelo ético e moral que Deus deu aos homens: a sua lei.
É claro que em parte dos outros textos que mencionei há a referência sobre a igualdade e a fraternidade entre todos os seres humanos, mas não neste aqui. Isto significa que o conceito bíblico de “não há acepção de pessoas” é bem mais amplo do que estamos acostumados a pensar. Todos os homens são iguais perante Deus, por isso também todos serão um dia julgados igualmente por Ele.

Carlos Carvalho

Um comentário:

  1. O clero católico prega que não se deve fazer acepção de pessoas ou de raças, mas fo justamente o clero católico que FEZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. Por causa do secular ódio aos judeus, pretendendo ser diferentes deles em tudo, o "papa" Libório, o Bispo de Roma, convocou o Concílio de Laodicéia, no ano 364 e o resultado foi a perpétua proibição de guardar o sábado como vinha sendo guardado até ali. E para asseverar isso, decretou severos castigos e até a excomunhão para todos os que teimassem em continuar com a guarda e santificação do sábado.

    E ainda o clero fez TERRÍVEL ACEPÇÃO DE PESSOAS quando fez executar pelo fogo e enforcamento centenas de milhares de pessoas, nos seis terríveis séculos da atroz Inquisição católica.

    Bênção ou Maldição, alerta o Senhor
    http://bencaooumaldicaodizosenhor.blogspot.com.br/ Copie o HTTP e cole no navegador

    Waldecy Antonio Simões walasi@uol.com.br

    ResponderExcluir