quarta-feira, 20 de março de 2013



O Propósito dos Mandamentos

Deuteronômio 5.33

“Andareis em todo o caminho que vos manda o SENHOR vosso Deus, para que vivais e bem vos suceda, e prolongueis os dias na terra que haveis de possuir.”

Equivocadamente, certas pessoas ao imaginarem a expressão “mandamentos”, logo fazem uma conexão com algo negativo, punitivo, regras de conduta moralista, falta de liberdade de expressão e essas associações seguem em longa lista, de acordo com cada pessoa. Mas quero tentar expressar aqui qual o real propósito dos mandamentos de Deus e os motivos pelos quais Ele os outorgou a nós.
Esse versículo é o último de um capítulo que repetiu para o povo de Israel as leis que o Senhor tinha ordenado quarenta anos antes. O livro de Deuteronômio tem essa conotação de “repetição da lei”, justamente porque após quarenta anos de jornada no deserto a população que saíra do Egito não estava mais viva e seus filhos e filhas é quem estavam ali na entrada da terra da promessa, isso fez necessário que eles ouvissem novamente toda a lei de Deus.
Tenho declarado que os Dez Mandamentos são o maior testemunho de ética e de moral da humanidade, isto porque acredito que se os homens cumprissem tão poucos mandamentos os problemas da humanidade seriam eliminados na ordem de 70%. Os Dez Mandamentos também são, em minha opinião, a mais antiga declaração dos direitos humanos que se tem conhecimento, pois os assuntos tratados em dez pontos abordam quase que a totalidade de tudo o que a moderna Declaração dos Direitos Humanos da ONU fala em trinta.
Porque os mandamentos? Qual a intenção do Criador com eles? Penso que de três maneiras podemos compreender os propósitos dos Dez Mandamentos, baseados no último versículo do capítulo cinco:
Primeira – os mandamentos foram dados para que a vida humana fosse preservada. Quando o Senhor diz: “para que vivais”, a intenção não é trazer a morte, mas sim dar continuidade à vida das pessoas. A vida vem em primeiro lugar, sempre.
Segunda – os mandamentos foram dados para que essa vida seja boa, ou seja, o motivo original das leis de Deus era para que a vida dos homens fosse bem sucedida. Ao contrário do que se pensa as regras e leis não são prioritariamente para punição e regramento da conduta do homem, mas primeiramente para a sua segurança e bem estar. Não seria diferente que Deus desejasse o inverso.
Terceira – os mandamentos foram dados para o prolongamento da vida na terra. A intenção de Deus jamais foi encurtam a vida humana, mas sim, prolongá-la. Os mandamentos servem a esse propósito. Quando cumprimos essas regras básicas de preservação e manutenção da vida, até mesmo em nossa alimentação e cuidados de higiene, o óbvio é que nosso tempo de vida aumente, é só perguntar a um médico ou a um nutricionista sobre esses benefícios.
Portanto, os mandamentos de Deus nunca intencionaram a morte, o prejuízo da vida ou a destruição de quem quer que seja. Pessoas mal intencionadas, erráticas quanto ao sentido do texto bíblico e libertinas, poderão tentar disseminar uma falsa interpretação dos mandamentos com o intuito de continuar com suas vidas desregradas, imoral e sem padrões.
Mas em qualquer sociedade ou instituição, por menor que seja o índice de “civilidade” existem leis e regras de conduta que procuram harmonizar o convívio e as relações humanas, porque quando isso parte do Criador, soa estranho? Qualquer produto que compramos vem com um manual de instrução ou de montagem, porque que os seres humanos não teriam um?
Tudo, e digo tudo mesmo em nosso corpo segue regras restritas de funcionamento biológico e químico e, quando há mal funcionamento das diretrizes básicas, já sabemos o trabalho e o sofrimento que teremos na busca de cura e de saúde. Isto porque o organismo entrou em colapso naquela área e as normas de funcionamento adequado não estão mais sendo seguidas. Como seria diferente com a vida?
Os Dez Mandamentos foram dados para o nosso bem e é extremamente fácil discernir que, se não seguirmos as orientações básicas para a sustentação e preservação da vida, esta se encontrará em dificuldades, podendo trazer a morte, e depois não podemos culpar a Deus ou a sua palavra por as coisas darem errado.

Carlos Carvalho

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